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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Mais de 700 famílias que vivem em ocupações na Grande BH podem receber terreno

TJMG negocia acordo com o Estado para doação de lotes em Santa Luzia, na região metropolitana; órgão ainda quer viabilizar recursos para construção das casas

Em busca de uma solução para três ocupações urbanas localizadas em Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realizou nesta quinta-feira (30) reuniões virtuais para dar um fim à queda de braço entre o Estado, as prefeituras e os moradores. As negociações são lideradas pelo 3º vice presidente do órgão, o desembargador Newton Teixeira.
Em busca de uma solução para três ocupações urbanas localizadas em Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realizou nesta quinta-feira (30) reuniões virtuais para dar um fim à queda de braço entre o Estado, as prefeituras e os moradores. As negociações são lideradas pelo 3º vice presidente do órgão, o desembargador Newton Teixeira.


A expectativa do TJMG é retomar as discussões nos próximos 20 dias. Conforme a Justiça, mais de 700 famílias vivem nas ocupações Vicentão e Maria Carolina de Jesus, em imóveis no Centro da capital mineira, e também na William Rosa, que ocupa um imóvel único em Contagem. O acordo que deve ser fechado prevê a doação de um terreno em Santa Luzia para os moradores.

O espaço já estaria loteado e conta com boas condições para que as famílias sejam instaladas – a previsão é que sejam de três a quatro por lote. Além dos representantes das prefeituras, participaram do encontro online Defensoria Pública do Estado, Ministério Público e o presidente da Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab), Bruno Alencar. 

“Conseguimos reunir três grandes movimentos e percebemos que o Estado de Minas Gerais, representando pela Cohab, que já possui o terreno a ser repassado para as famílias. Agora é fechar o acordo e viabilizar a escritura. O próximo passou é conseguir recursos para que as famílias possam construir suas casas. O certo é que elas serão proprietárias de seus terrenos”, declarou o desembargador.

Como a Cohab é uma empresa de economia mista, o terreno não pode ser doado diretamente para as famílias. “O Estado e as prefeituras deverão adquirir o terreno. Eles sim, de acordo com a lei, podem realizar políticas públicas doando o terreno para as famílias dos movimentos”, enfatizou.

Município é contrário

O desembargador Newton Teixeira lembrou ainda que o município de Santa Luzia se posicionou de forma contrária à moradia das famílias no terreno. Porém, o magistrado afirmou que essa questão será resolvida nas próximas reuniões. “O importante é chegarmos a um acordo com os movimentos. Depois envolveremos a Prefeitura de Santa Luzia”, acrescentou.

Falta de pagamento da Bolsa Moradia

Durante as reuniões, os participantes ainda discutiram um outro problema que afeta duramente a população mais vulnerável: a falta de pagamento regular do Bolsa Moradia em meio à pandemia do coronavírus e o crescimento do desemprego. Já o representante da Prefeitura de Contagem, Rafael Braga, está preocupado com o destino das famílias após a doação dos terrenos. “Política pública não se faz apenas com doação. Se faz com outras medidas que possibilitem a construção das casas que vão abrigar as famílias. Se isso não for feito, posteriormente elas baterão novamente na porta da Prefeitura cobrando novas medidas”, alerta.

Por fim, os representantes pediram um cronograma sobre os próximos passos e a viabilização de verbas para que o loteamento não se torne uma cidade coberta por lonas.

Fonte: O Tempo

Bolsonaro diz que Mandetta foi uma “desgraça” no Ministério da Saúde

No momento em que o País tem mais de 91 mil mortos por covid-19, o presidente disse que Pazuello está fazendo um ‘trabalho excepcional’

O presidente Jair Bolsonaro disse que Luiz Henrique Mandetta foi uma “desgraça” no comando do Ministério da Saúde. A declaração foi dada em sua live semanal nesta quinta-feira 30, no momento em que defendia a gestão do general Eduardo Pazuello, ministro interino da pasta.
“Tem gente que fica discutindo se o Pazuello tinha que ser substituído por um médico. Tivemos um primeiro médico lá, olha a desgraça que foi”, disse o presidente.
O presidente Jair Bolsonaro disse que Luiz Henrique Mandetta foi uma “desgraça” no comando do Ministério da Saúde. A declaração foi dada em sua live semanal nesta quinta-feira 30, no momento em que defendia a gestão do general Eduardo Pazuello, ministro interino da pasta.

“Tem gente que fica discutindo se o Pazuello tinha que ser substituído por um médico. Tivemos um primeiro médico lá, olha a desgraça que foi”, disse o presidente.

Bolsonaro afirmou que o general tem feito um trabalho “excepcional” pela saúde do País. “Tá funcionando”, disse, ao emendar que o general é disponível para atender demandas de recursos pedidos por prefeitos. “Têm até alguns que pedem a cloroquina, ele tem feito chegar”, disse.

O presidente também rebateu as críticas que integrantes da área de Saúde têm feito a Pazuello por entregar cargos da área a generais.

“São cinco mil pessoas atuando, ele levou quinze militares pra lá. É a equipe dele, pô, por coincidência militares”, rebateu.

“O pessoal tem que ver: se o ministério está dando errado, aí  não interessa se é militar, se é a paisana, não interessa quem é. Ou bota a casa em ordem ou dá a casa pra outro”, completou, defendendo o atual ministro interino.

O presidente reservou um curto espaço de tempo para reafirmar que o Brasil está participando do consórcio de vacina comandado pela Universidade de Oxford, que pode render 100 milhões de doses de vacinas ao País.


“Não é daquele outro país, tá ok, pessoal?”, declarou, em clara crítica à parceria estabelecida entre o governo do estado de São Paulo e um laboratório chinês.

O País soma 91.263 mortos por coronavírus e ultrapassou a marca de 2,6 milhões de casos.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Polícia quebra casas e prende acampado do MST em Minas Gerais

Segundo agricultor, mais de 20 policiais estiveram no local e revistaram casas, mesmo em meio a riscos da covid-19

Mais de 20 policiais invadiram casas no acampamento Quilombo Campo Grande, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no município de Campo do Meio, no sul de Minas Gerais, no começo da manhã desta quinta-feira (30).

Segundo relatos de acampados, os agentes entraram nos imóveis que ficam no limite da sede, armados de fuzis e pistolas, quebrando portas e janelas. Eles prenderam o acampado Celso Augusto, conhecido como Celsão.

“Sete carros de polícia entraram nos nossos acampamentos, invadiram a casa do nosso companheiro Celso. Esse companheiro tem problemas psiquiátricos, mora conosco e nós cuidamos dele há quase 20 anos. Coagiram ele, foram quebrando janela, arrebentando a porta e [Celsão] acabou sendo preso e levado pela polícia”, relata Tuira Tule, da coordenação do MST.

A PM também entrou na casa do acampado João da Silva, conhecido como Joãozinho. Ele afirma que houve ameaças e truculência.

“Tive minha casa invadida, fuviaram minha casa toda. Teve um menino que passou mal, eu também não fiquei bom. Minha mulher também esteve ruim. Vou pedir para o governo do estado ou federal: na hora que quiser mandar a polícia lá em casa, manda uma pessoa sozinha, porque nós não devemos nada à polícia”, clama o acampado.

A ação ocorre em meio a uma ordem de despejo da vila de moradores e da escola do acampamento, emitida pela Justiça estadual mesmo sob decreto de calamidade pública em Minas Gerais, por causa da pandemia de coronavírus.


A decisão descumpre acordo firmado em mesa de diálogo sobre conflitos de terra, para que as famílias permanecem no local ao menos enquanto houvesse necessidade de isolamento social, ainda segundo o MST.

Despejo

A ação de reintegração de posse prevê a retirada da vila de moradores e da estrutura da Escola Popular Eduardo Galeano, que oferece educação popular aos jovens, crianças e adultos. Durante a pandemia, a escola tem cumprido o papel de acompanhar as crianças que estão em regime de educação a distância.

No acampamento Quilombo Campo Grande residem 450 famílias, que produzem o café Guaií. São mais 20 anos de resistência e construção da reforma agrária popular na área.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Aulas presenciais para aumentar o genocídio?

Falar em retorno presencial hoje significa mandar deliberadamente 60 milhões de crianças e adolescentes para dentro de câmaras de gás, as salas de aula. Isso tem nome: genocídio...

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC e os currículos dela decorrentes – todos os 26 estados mais o Distrito Federal já tem currículos próprios aprovados e já em fase de implementação – estabelecem alguns princípios fundamentais para a educação no país. Dentre eles está a busca permanente pela igualdade de condições de acesso e permanência, respeito às diferenças, mas também a perseguição da equidade como um dos objetivos centrais da educação pública. Isso visa garantir uma educação integral para a formação de sujeitos capazes de se relacionar autonomamente consigo mesmos e com o mundo à sua volta, seja no exercício das práticas cotidianas, na sua formação como cidadãos ou para o mundo do trabalho.
"A Base Nacional Comum Curricular – BNCC e os currículos dela decorrentes – todos os 26 estados mais o Distrito Federal já tem currículos próprios aprovados e já em fase de implementação – estabelecem alguns princípios fundamentais para a educação no país. Dentre eles está a busca permanente pela igualdade de condições de acesso e permanência, respeito às diferenças, mas também a perseguição da equidade como um dos objetivos centrais da educação pública. Isso visa garantir uma educação integral para a formação de sujeitos capazes de se relacionar autonomamente consigo mesmos e com o mundo à sua volta, seja no exercício das práticas cotidianas, na sua formação como cidadãos ou para o mundo do trabalho."

Wagner Geminiano dos Santos, doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), professor das redes municipais de ensino de São José da Coroa Grande e Água Preta (PE)

Essa formação não pode deixar de prescindir da escola como instituição social responsável não só pela oferta de ensino; mas, sobretudo, como espaço de socialização e de acesso à vida pública. No entanto, esses objetivos foram seriamente comprometidos pela emergência da pandemia de COVID-19, uma vez que o acesso à vida pública e, portanto, ao espaço escolar, foi interditado em função das políticas de isolamento e distanciamento social. Desse modo, a COVID nos lançou num cenário assustador e sem muitos horizontes possíveis a prognosticar, ao menos no curto prazo. A educação foi uma das primeiras a parar, literalmente. E deverá ser uma das últimas atividades a voltar, ao menos assim deveria ser. Diante disso quero pontuar algumas questões e ir encaminhando comentários acerca da proposta de retomada das aulas presenciais ainda para o ano letivo de 2020:

1 – Comecemos pelo óbvio, que infelizmente a maioria não quer admitir: não haverá pós-pandemia para nós brasileiros em 2020. Se não há uma vacina e se as medidas para controle do contágio (testagem em massa e isolamento social rigoroso) não foram e não estão sendo feitas a contento (apesar dos esforços iniciais de governadores e prefeitos, mas que já cederam às pressões e entraram numa flexibilização apressada), dificilmente diminuiremos nossas curvas de infectados e de mortos, não nos próximos três ou quatro meses, como apontam a maioria dos estudos. Estudos esses que indicam que chegaremos a dezembro com o assombroso número de 250 a 300 mil mortos e algo próximo dos 10 milhões de infectados no país. No momento que escrevo esse texto estamos beirando os 90 mil mortos e mais de 2,4 milhões de infectados. Início de agosto teremos ultrapassado a macabra marca de 100 mil mortos e mais de 2,5 milhões de infectados, o que nos rende uma taxa de letalidade de 5%, com uma média de cerca de 1.100 mortes/dia.

2 – Diante disso, desse quadro e desse futuro tenebroso, torna-se quase desumano falar em retorno às aulas de modo presencial. Nossas escolas não estão estruturadas fisicamente para um cenário pós-pandemia, ainda mais para um cenário de plena pandemia. Na maioria dos municípios as salas de aula dos anos iniciais aos finais têm quase sempre mais de 30 alunos cada. Impossível estabelecer qualquer medida de distanciamento social. Impossível não haver aglomerações. Como manter crianças e adolescentes sentados e em distanciamento social, usando máscaras por, no mínimo, quatro horas? A escola é espaço de socialização, de trocas, de contato, de interação. Além disso, é preciso pensar nos inúmeros professores e profissionais da educação que têm comorbidades e são de algum grupo de risco. Sem falar dos próprios alunos e suas famílias, que ficariam ainda mais expostas ao risco de contágio e de morte de algum parente desses grupos. Quem se responsabilizará por esses riscos? O retorno às aulas presenciais esse ano vale a pena, mesmo diante de se colocar em risco a saúde e a vida das pessoas? Admitamos, para 2020 não há possibilidade de retorno com aulas presenciais. A não ser que alguém esteja disposto a assumir todos os riscos e contribuir para sepultar mais algumas centenas de milhares.


Não quero acreditar que quem faz educação esteja disposto a pagar esse preço apenas pelo suposto imperativo da manutenção do “ano letivo”. Quem assinará os protocolos da morte? Qual governador? Qual secretário estadual de educação? Qual prefeito ou secretário municipal? Qual cumpridor de ordens arriscará assumir o argumento de Eichmann e dirá apenas seguir ordens, quando se sabe mandar milhões ao risco do abate? Falar em retorno presencial nessa altura do campeonato significa mandar deliberadamente 60 milhões de crianças e adolescentes para dentro de câmaras de gás, digo, salas de aula. Com uma taxa de letalidade de 5% como a nossa, é só fazer as contas; isso tem nome: genocídio. Passo ao terceiro ponto;

3 – Sei que todo mundo está atordoado pela pandemia, mas isso não pode ser pretexto para perdermos a sensibilidade e a humanidade. A educação não se resume a produtivismo conteudista e ao imperativo da manutenção do ano letivo. A educação significa formar cidadãos, formar sujeitos, construir valores. E os valores para os quais essa retomada abrupta aponta, mesmo cheia de boas vontades, não nos torna melhores que Bolsonaro, por que no fundo estamos dizendo, como ele diz em relação à economia, que a educação também não pode parar, que as coisas tem que voltar o mais rapidamente possível ao normal. Mesmo que para isso tenhamos que dizer, em silêncio: e daí se estão morrendo mil pessoas dia? E daí se em agosto já serão 150 mil brasileiros mortos? E daí se alguns deles são ou serão professores, se são ou serão alunos? É isso que, deliberadamente, estamos dizendo quando aduzimos em silêncio a essa urgência de querer retorno de aulas presenciais ainda para esse ano.

Precisamos parar para compreender que estamos diante da maior catástrofe da nossa história. É preciso ter a consciência disso e não nos desumanizarmos, não nós que fazemos a educação pública desse país. Justo ela que ainda aponta para uma possibilidade de futuro no presente. Não sejamos nós a querer matá-lo ampliando ainda mais, com os protocolos de retomada, a que chamo de protocolos da morte, o nosso já doloroso genocídio. Sensibilidade senhor@s…sensibilidade e empatia com a dor e o sofrimento do outro, é disso que precisamos para atravessar com mais parcimônia, menos pressa e o menor número de perdas possíveis – se ainda nos é possível afirmar isso – esses tempos tristes e dolorosos. A paciência talvez seja, hoje, a principal das virtudes pedagógicas. Nosso tempo urge por ela!!!

terça-feira, 28 de julho de 2020

Sete das dez imagens mais compartilhadas em grupos de WhatsApp durante a pandemia são falsas Parte #02

A disseminação no WhatsApp de conteúdos que tentam negar a gravidade da pandemia de Covid-19 também foi monitorada em uma parceira do Eleições sem Fake com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). Os grupos analisaram áudios que circularam entre os dias 24 e 28 de março e constataram que, entre os 20 áudios com maior circulação, cinco negavam a gravidade da pandemia.

O sexto áudio mais compartilhado trata do mesmo caso do borracheiro que teria sido contabilizado como vítima de coronavírus. Outro áudio, o quarto mais compartilhado no período, nega o número de mortes e diz que sobram caixões na cidade de Lindoeste (PR), já que está morrendo menos gente do que antes – o que não é verdade.

As conversas em grupos de WhatsApp durante a pandemia falaram também muito sobre as manifestações ocorridas entre março e junho pelo país. Das cem imagens mais compartilhadas, 29 tinham como tema principal algumas dessas manifestações – desde os panelaços, passando pelas carreatas pela reabertura do comércio em cidades pequenas, até os atos antidemocráticos em Brasília, investigados pelo STF.

Uma corrente de imagens chamava para manifestações em pelo menos 14 cidades do Brasil nos dias 31 de maio e 7 de junho. Nessas datas, apoiadores do presidente saíram às ruas contra inquéritos no STF que investigavam a disseminação de notícias falsas e pedindo por intervenção militar. “Apoio ao presidente Bolsonaro e às FFAA, Fora Congresso Nacional e STF, Diga não ao comunismo” eram as pautas dos atos listadas nas imagens mais compartilhadas nos grupos.


Ataques e críticas ao STF e ao Congresso foram tema de 12 das cem imagens mais populares. Entre elas, algumas disseminavam informações falsas a respeito de ministros. “Contra fotos (ops) fatos, não há argumentos… Juiz Marco Aurélio e seu amigo Fidel. #foramarcoaurelio #forastf”, dizia uma corrente acompanhada de foto de Fidel Castro com um jovem com traços parecidos aos do ministro Marco Aurélio. Na verdade, se trata do jornalista Ricardo Noblat, conforme checado pelo Fato ou Fake.

Apesar de falsa, a imagem foi encaminhada 138 vezes a 87 grupos de WhatsApp entre março e junho de 2020.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que rompeu com o presidente em 25 de março, foi identificado falsamente como o agressor de um idoso em uma foto compartilhada em grupos de WhatsApp. A imagem foi compartilhada cem vezes em 54 grupos.

Outros políticos da oposição e de esquerda foram atacados em 12 das cem imagens mais compartilhadas pelo WhatsApp, que chegaram juntas a um total de 1.846 compartilhamentos.

Uma das mais difundidas, com um total de 154 compartilhamentos em 84 grupos, é um print de um suposto grupo chamado “RESISTÊNCIA PARÁ”, em que participantes com nomes como Psol Uepa ou #LulaLivre bolam um plano para infectar outras pessoas e “mostrar que Bolsonaro é genocida”. A imagem foi checada pelo Boatos.org e desmentida pelo Psol no estado.

Jornalistas e veículos de imprensa também foram alvos de ataques em quatro das cem imagens mais populares.

A 12ª imagem mais compartilhada no WhatsApp entre 1o de março e 30 de junho de 2020 trazia uma manchete do site bolsonarista Senso Incomum. “Esperança: Quatro pacientes foram curados em SP com o uso da hidroxicloroquina”, dizia o texto compartilhado 290 vezes para 95 grupos distintos.

A hidroxicloroquina, ou cloroquina, também foi apresentada como possível cura para o coronavírus em outras duas das cem imagens mais compartilhadas no período, mesmo sem haver nenhuma comprovação científica da eficácia do medicamento para o tratamento da doença.

Também estiveram entre as cem mais compartilhadas imagens que visavam defender o presidente Bolsonaro (3) e a reabertura da economia (6). “Fique em casa e assista de camarote seu país ruir”, dizia uma das mais compartilhadas, que anunciava a falência da empresa de transporte Itapemirim. Como revelado pelo Fato ou Fake, a empresa não faliu e está em processo de recuperação judicial desde 2016. A imagem chegou a 95 compartilhamentos em 67 grupos, envolvendo 80 usuários.

Grupos de WhatsApp seguem ações do presidente

Os 522 grupos de WhatsApp analisados tiveram mais atividade em dias nos quais a Presidência da República também marcou presença nas redes sociais. O dia mais ativo foi 28 de março – logo após a divulgação da campanha “O Brasil não Pode Parar”, pela Secretaria de Comunicação do governo.

Um segundo pico ocorreu entre 3 e 5 de abril, com o compartilhamento das imagens que associam falsamente governadores e políticos da oposição a suposto criminoso chinês. No dia 2 de abril, o presidente havia compartilhado um vídeo no qual uma apoiadora sua critica os governadores pelas medidas de isolamento adotadas no combate ao coronavírus.

Já o dia menos ativo – 23 de abril – ocorreu na véspera da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, apontado como o ministro mais popular do governo. “Moro já é comunista na Austrália”, ironizava a imagem mais compartilhada na data, encaminhada apenas cinco vezes entre os grupos analisados.



 Apesar de o dia menos ativo ter ocorrido em abril, esse foi o mês de maior atividade nos grupos de WhatsApp. Foi também nesse período que manifestações a favor do governo, contra as medidas de isolamento social e contra as instituições democráticas começaram a se espalhar pelo país. Bolsonaro esteve presente nos dias 19 de abril, 3 de maio e 31 de maio.

Já o mês de menor atividade nos grupos foi junho, quando aliados do governo começaram a ser investigados pelo STF nos inquéritos que apuram a disseminação de notícias falsas e organização de atos antidemocráticos. Ainda em 27 de maio, políticos e influenciadores ligados a Bolsonaro foram alvos de operação da Polícia Federal. Em 16 de junho, outra operação mirou empresários governistas suspeitos de financiar manifestações que pediam o fechamento do Congresso e do STF.

Veja a parte 1 AQUI!

Sete das dez imagens mais compartilhadas em grupos de WhatsApp durante a pandemia são falsas parte #01

E 60% delas relacionavam a pandemia a uma conspiração chinesa; leia levantamento inédito das cem imagens mais populares em 522 grupos
A foto de uma reunião do governador de São Paulo, João Doria, com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, ocorrida no dia 29 de maio de 2019, foi a imagem mais compartilhada em centenas de grupos de WhatsApp entre março e junho de 2020, durante o avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil.
 
A foto de uma reunião do governador de São Paulo, João Doria, com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, ocorrida no dia 29 de maio de 2019, foi a imagem mais compartilhada em centenas de grupos de WhatsApp entre março e junho de 2020, durante o avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil.
 
A foto foi enviada nada menos que 874 vezes a 152 grupos diferentes, sendo 80% delas entre os dias 3 e 5 de abril. Ela vinha acompanhada de diferentes versões sobre os acontecimentos – e nenhuma delas era verdadeira.
 
Um texto dizia que o governador havia firmado contrato com uma farmacêutica chinesa para a produção de vacina contra o coronavírus ainda em 2019, ou seja, de alguma maneira o governador teria informações “privilegiadas” sobre a pandemia mesmo antes de ela ter acontecido; a foto seria prova desse acordo. A informação é falsa, conforme checado pelo G1.
Outra mensagem, também falsa, dizia que o homem ao lado de João Doria seria um “chinês preso com carga roubada de material para tratamento de Covid-19”. A imagem sugeria uma ligação entre o governador e um roubo de máscaras e testes de Covid do aeroporto de Guarulhos, feito, segundo a polícia, por uma quadrilha de chineses. A corrente diz que o homem do lado de Doria faria parte dessa quadrilha, quando na verdade se trata do embaixador da China no Brasil.
Ao longo da evolução da epidemia, o governador paulista tornou-se um dos maiores opositores do governo Bolsonaro; os dois chegaram a bater boca durante uma reunião virtual entre governadores e o presidente. Não por acaso, Doria foi alvo de mensagens falsas ligando-o a uma conspiração chinesa relacionada ao vírus. Como a Agência Pública já demonstrou, influenciadores bolsonaristas, incluindo os filhos do presidente, usando até mesmo robôs, espalharam em março uma hashtag que ligava o vírus ao governo chinês.
Outros políticos que antagonizaram com o presidente foram alvo da mesma fake news. Os governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que adotaram medidas de isolamento social criticadas por Jair Bolsonaro como prejudiciais à economia, também tiveram suas fotos ao lado do embaixador chinês circulando com o mesmo boato. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados que impôs diversas derrotas políticas ao governo, estampou algumas fotos com a mesma história, assim como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que chegou a pedir a renúncia de Jair Bolsonaro em meio à crise.
Essas fotos fora de contexto, espalhando a mesma fake news, foram cinco das dez imagens mais compartilhadas no período, segundo levantamento da Pública.
A reportagem analisou as cem imagens mais compartilhadas entre 1o de março de 2020 e 30 de junho de 2020 na base de grupos de WhatsApp do projeto Eleições sem Fake, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A amostra inclui 522 grupos públicos de WhatsApp relacionados à política – de diferentes espectros – e mais de 18 mil usuários ativos.

“É a maior coleta de grupos públicos”, explica Fabrício Benevenuto, pesquisador responsável pelo projeto. Embora a amostra seja robusta, não é possível saber quanto ela representa do total, por causa da falta de transparência da plataforma. “O WhatsApp não libera números, nem de quantos grupos públicos existem, ou números de usuários, quantas mensagens acontecem”, diz ele.

Benevenuto afirma que “há uma máquina de desinformação em operação dentro do WhatsApp”. Mensagens com “fator bombástico, revoltante, algo divisível, repugnante ou que colocam o outro como inimigo têm um poder de espalhamento muito mais forte”. Por isso, ele explica, as notícias falsas são mais compartilhadas que as verdadeiras.

A reportagem concluiu que das dez imagens mais compartilhadas no período analisado, sete continham informações falsas ou foram usadas para disseminar desinformação.

Entre elas, apenas uma não tinha a ver com a China. A segunda imagem mais compartilhada foi a de um atestado de óbito constando “coronavírus” como causa de morte de um homem no dia 23 de março de 2020. A foto do documento foi enviada 757 vezes a 189 grupos diferentes, e 94% desses envios foram feitos nos dias 28 e 29 de março.

A imagem foi utilizada em diferentes redes sociais para desacreditar o número oficial de vítimas por Covid-19, que até então tinha tirado 114 vidas no Brasil (hoje já são mais de 87 mil mortos). Textos e áudios compartilhados junto com o atestado de óbito afirmavam que se tratava de uma morte causada por explosão de pneu, ou outras fatalidades, e que teria sido registrada como morte por coronavírus por decisão dos governos municipais ou estaduais para inflar os números.

Políticos e influenciadores também compartilharam a história em suas redes sociais. “Neste link, a verdadeira história da morte do borracheiro que não morreu de coronavírus mas cujo atestado de óbito afirma que sim”, publicou a deputada federal governista Bia Kicis (PSL-DF). “A quem interessa que um hospital coloque uma causa da morte falsa?”, insinuou a parlamentar investigada nos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram a disseminação de notícias falsas e a organização de atos antidemocráticos.

De fato, o documento foi preenchido com erro, conforme esclareceu a Secretaria Estadual de Pernambuco, mas a morte jamais foi contabilizada nos números oficiais de mortes por coronavírus no estado. O homem faleceu de influenza A, e não de acidente. Trata-se de uma história deturpada, conforme checou o Uol no dia 29 de março. Depois disso, a imagem ainda circulou pelo menos outras 41 vezes pelos grupos de WhatsApp.

“A mentira continua acontecendo, independente de se foi checado. Não acabou o problema”, diz Benevenuto.

Atenuando a gravidade da crise
Entre as cem imagens analisadas, 40 trataram da crise da Covid-19 e foram responsáveis por 56,5% dos compartilhamentos. Destas, 14 eram imagens que tentavam negar a gravidade da pandemia no Brasil, insinuando que a taxa de mortes estava inflada ou comemorando o número de curados, sem contextualizar a curva de crescimento da doença.

Juntas, as imagens que disseminaram esse discurso foram encaminhadas 3.345 vezes – 20% do total de compartilhamentos.

Veja a parte 2 AQUI!


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Instituto Butantan distribuirá vacina chinesa gratuitamente a partir de janeiro

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (27) que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã, em parceria com a chinesa Sinovac, deve ser distribuída gratuitamente a partir de janeiro de 2021.
Anúncio foi feito pelo governador João Doria. Os testes da fase 3, realizados em 9 mil voluntários, devem ser concluídos em outubro

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (27) que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã, em parceria com a chinesa Sinovac, deve ser distribuída gratuitamente a partir de janeiro de 2021.

“A quantidade necessária para iniciar a imunização da população brasileira, pode ser aplicada já no início de janeiro com o SUS, com aplicação gratuita em toda população. A melhor notícia que poderíamos ter é a vacina”, declarou o governador em entrevista à Rádio Itatiaia.

O tucano declarou ainda que os testes da fase 3, realizados em 9 mil voluntários, devem ser concluídos em outubro. Com isso, a vacina deve obter autorização para distribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até os primeiros dias de dezembro.

“Abril do ano que vem já teremos, com toda segurança, a imunização e a tranquilidade que as pessoas poderão celebrar festas, atividades, eventos musicais ou esportivos, sem risco para sua saúde ou sua vida”, disse Doria.

"Me sinto sozinha e oprimida", diz repórter da Globo demitida por denunciar assédio

"Apresentei o telejornal por uma hora querendo chorar. Estou à base de remédios". Repórter da Globo é demitida após denunciar assédio de diretor de jornalismo

Ellen, que chegou até a apresentar o “Jornal Nacional” em outubro do ano passado (imagem acima), foi vítima de perseguição por ter denunciado um ex-chefe de jornalismo do canal, Edison Castro, acusando-o de assédio moral e sexual.

A jornalista Ellen Ferreira ficou 20 dias afastada da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo em Roraima, após testar positivo para o novo coronavírus. Ao retornar, ela foi recepcionada na emissora com o aviso de sua demissão.

Ellen, que chegou até a apresentar o “Jornal Nacional” em outubro do ano passado (imagem acima), foi vítima de perseguição por ter denunciado um ex-chefe de jornalismo do canal, Edison Castro, acusando-o de assédio moral e sexual.

“Óbvio que o que aconteceu foi uma perseguição. Eu estava havia uns três meses, junto com outros funcionários, levando para o Sindicato dos Jornalistas do estado e para o Ministério Público do Trabalho situações graves de assédio sexual e moral que enfrentamos lá dentro. Situações vexatórias, de racismo, homofobia, gordofobia. Ele é um psicopata”, contou.

A jornalista conta que o comportamento de Edison não era novidade para quem trabalhou com ele. Ela afirma ter conversado com funcionários de afiliadas da Globo em Goiás, em Tocantins e no Maranhão, por onde ele também tinha passado, e diz que ouviu relatos semelhantes.

“Teve uma apresentadora em Tocantins que tentou se matar pelo assédio que sofreu. Ele obrigava uma outra funcionária a tomar remédios tarja preta, porque ela era gorda. Ele não era profissional. Tinha gente que queria bater nele na rua! Resolvemos ir atrás dos nossos direitos”, acrescentou.

Os ataques a ela também eram constantes. A jornalista chegou a desenvolver uma crise de ansiedade este ano por conta da relação que mantinha com o superior. “Ele dizia que eu era repugnante, gorda, que me vestia mal. Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de o João de Deus da redação. Havia gente que desejava bater nele”, relata.

Confira a íntegra da denúncia publicada por Ellen:

“Essa mensagem é um desabafo. Apenas um breve relato do que a praça de Roraima tem vivido. Eu ainda estou de luto em família. Estamos no limite com a situação de coronavírus e estamos trabalhando com muita garra diante de um fade grande, no meu caso de 1h20 minutos.

Com tantas coisas acontecendo, o Edison, chefe de Roraima, ameaça, cria briga entre funcionários, deturpa as coisas e situações e estamos exaustos de tanta pressão psicológica. Ele repete que vai me demitir (também ameaça a outras pessoas ) e, no meu plantão de sábado passado, repetiu todo tempo que ia me demitir e que minha situação ‘estava complicada ‘. Não sou de faltar, cumpro minhas obrigações, produzo, apresento, faço reportagens, e nunca me vi como agora com pavor e mandando mensagens de ajuda. E me sinto sozinha e oprimida.

Se ouvissem os funcionários, mas não nos ouvem, estamos no limite. Reforço que estamos dando o nosso máximo na cobertura jornalística. Mas viver com medo e sensação de que vamos perder emprego é algo sufocante e ruim.

Ele faz fofocas, intrigas, joga um contra o outro. Estou esgotada. Quando ele chegou a Roraima, pensávamos que seria uma nova era e estamos frustrados com tanta humilhação. Comigo fez uma fofoca e sou a bola da vez, onde me trata um dia bem, outro não, vira a cara e faz ameaças. Para os chefes maiores, é o cara, lúcido, visionário e persuasivo. Pra nós, meros funcionários, perseguidor e eu estou à base de remédios.

De fato, ele entende de TV. Mas com as pessoas tem criado clima insustentável e não podemos falar, fazer nada, porque somos oprimidos. Ele afirma às pessoas: ‘A empresa tá do meu lado’, e a gente engole seco. Quando me deu aumento de 500 reais, fiquei feliz demais, mas repetidas vezes jogou na minha cara o aumento e pensei em ir no RH pra voltar meu salário antigo.

Ele reverte tudo. Ele faz uma artimanha de humilhar, bater na pessoa e, no dia seguinte da flores, elogiar. Isso é desgastante. Doentio. É acusado de assédio sexual também, a moça levou pro RH de Manaus, mas acabou desistindo por medo dele. E eu só quero trabalhar em paz, sem pressão e humilhação, assim como os funcionários desta emissora que vivem com medo.

Na quinta feira, durante uma entrevista pela internet, ele que cria situações pra me desestabilizar no JRR1 , mandou eu repetir sobrenome do entrevistado que eu tinha dito certo. Pois ele atrapalhou duas vezes a minha entrevista indo ao estúdio dizer que quem manda é ele.

Eu apresentei por 1h20 querendo chorar. Angustiada e pedindo força pra Deus. Quem vê, não mexe porque ele disse que a empresa está do lado dele. Por fim, pedi ajuda de Manaus, daqui de Roraima e só me sugeriram demissão. E segunda-feira eu terei a resposta. Jamais imaginei enfrentar tudo isso e me sentir só mesmo sabendo que não sou errada e estou sendo assediada mas não tenho voz . Estou em pânico. Não sei mais o que fazer. Obrigada”.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Justiça suspende liminar e bares e restaurantes são proibidos de reabrir em BH

O presidente do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), desembargador Gilson Soares Lemes, determinou, na tarde desta quarta-feira (22), a suspensão de liminar concedida em mandado de segurança coletivo, impetrado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em Minas Gerais contra ato do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
Do TJMG

O presidente do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), desembargador Gilson Soares Lemes, determinou, na tarde desta quarta-feira (22), a suspensão de liminar concedida em mandado de segurança coletivo, impetrado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em Minas Gerais contra ato do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

A liminar autorizava a reabertura de restaurantes e lanchonetes da capital mineira e foi concedida na segunda-feira (20), em razão do fechamento determinado em decreto municipal como forma de conter o avanço da pandemia de Covid-19 na capital mineira (relembre aqui). A suspensão da medida foi pedida em recurso à decisão de primeira instância da Justiça, pela Prefeitura de Belo Horizonte, que alegou a necessidade de conter o avanço do coronavírus na cidade.

Em sua decisão, o presidente do TJMG, Gilson Lemes, destacou que a liminar é ofensiva à Deliberação nº 17/2020, elaborada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, e ainda à cautelar provisória concedida em Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 1000020459246-3/000, que foi concedida pela desembargadora Márcia Milanez.

Além disso, destacou o presidente, “a decisão hostilizada não atende plenamente os interesses da Abrasel, conforme por ela mesmo declarado, e também não se mostra adequada para o momento, tendo em vista o avanço da pandemia no município.”


Fonte: BHAZ

Sobre a experiência do inédito e do Outro em uma aula remota

O “novo normal” da aula remota parecia já assinalado por um efeito de sentido, uma opção semântica de “futuro antecipado” antes da crise pandêmica. Todavia, é possível contrariar o que vem se mostrando como um “futuro que chegou”, tal como uma profecia, problematizando a questão do valor do inédito na experiência com o outro.
O “novo normal” da aula remota parecia já assinalado por um efeito de sentido, uma opção semântica de “futuro antecipado” antes da crise pandêmica. Todavia, é possível contrariar o que vem se mostrando como um “futuro que chegou”, tal como uma profecia, problematizando a questão do valor do inédito na experiência com o outro.

Tenho visto colegas aflitos e tomados de ansiedade acerca da retomada das aulas. Este texto é em parte especialmente dirigido a estes.

Em tempos de pandemia global do novo coronavírus houve o embate de dois discursos acerca da aula como modo operacional norteador da Educação, que remexeu o debate e um possível “novo modo de ser”.

Aqueles que tentam pegar carona no “novo normal” (expressão até o momento, aparentemente à deriva, clamando por sentidos) e os que para além de muitas ressalvas percebem como o alcance de um novo estandarte de “normalidade” disfarça a manipulação de contingências de uma conjuntura já em curso antes da crise. A opção pelo segundo nos faz renitente à dominação engrenada do sentido dominante de “novo normal”.

O “novo normal” da aula remota parecia já assinalado por um efeito de sentido, uma opção semântica de “futuro antecipado” antes da crise pandêmica. Todavia, é possível contrariar o que vem se mostrando como um “futuro que chegou”, tal como uma profecia, problematizando a questão do valor do inédito na experiência com o outro.

Em uma aula convencional, temos esta experiência no ensino básico e nos seus relativos avanços sobre a concessão da fala e a (nem sempre garantida) tomada de posição pelo aluno; e no ensino universitário em que se intensifica a expectativa de que a experiência do inédito em um debate seja um dos eixos norteadores da transformação.

É a experiência do inédito que possibilita mudar de posição diante de um tema, assunto, relato, conceito. A mudança de posição, de idéia, de opinião, de visão sobre um tema, o enfrentamento da dificuldade na resolução de um cálculo complexo ou na escrita de um texto desafiador transcorre sempre com a aceitação do desconhecido e o testemunho e apoio do outro. A natureza da presença do Outro é tautológica. O outro é grande Outro, todavia. Não se reduz ao outro empírico, concreto, mas depende da alteridade do Outro, cujo diferencial está em uma relação que se estabelece.

Não houvesse esta natureza, este valor e esta envergadura com a quantidade que temos de aulas já postadas no portal youtube e que são, sem dúvida de muita valia para ampliar a capilaridade do conhecimento, dariam conta de ter resolvido todos os dilemas da Educação formal.

Diante deste cenário, contudo, sempre continuará como parte do enigma, da experiência quase telúrica de educar, a experiência do inédito também como modo de se partilhar a experiência também como transmissão do enigma de parte do já vivido. Valem em parte as indagações ordinárias: “Como você fez? Me ensina?” Em face do que a resposta, muitas vezes, é reticente porque comporta mistério.

Isto porque, calado, na memória coletiva, este mistério re-organiza (de forma também misteriosa, e aqui vale a redundância) modos de ser sempre comprometidos com a coletividade. Aqui valem duas máximas. Uma da Psicanálise sobre a transferência como fascínio, aproximação e distanciamento do Outro e a das teorias da enunciação sobre o falar de si e para si mesmo sempre pela presença de um terceiro presente/ausente na fala. Mesmo no autodidatismo e no monólogo há Outro.

É crucial que diante de todas estas nuances, estejamos aflitos e reticentes à disseminação da denominada aula remota e a sua implantação. É obrigatório também lembrar que uma dada conjuntura sociopolítica e histórica já definia o valor e alcance desta modalidade: os gananciosos do “mercado da Educação” pouco preocupados com qualidade do debate e do ensino e ávidos por mais EaD.

A escola brasileira que mal tem dado conta de defender um debate plural, com respeito aos direitos humanos, e de possibilitar o estranhamento do que parece evidente, corre o risco de atropelamento pela manipulação cínica. Vide a repercussão das fake news. Parte desta é sintoma de um mal-estar que aglutina nosso fracasso na formação de leitores.

As lives, por um lado, tem despontado em parte como requisito de produtividade do meio universitário neste período, e embora tenham podido aliviar um pouco a angústia, contam com a possibilidade de configurar públicos que não caberiam em muitos auditórios, permitindo certa sistematicidade e organização no calor do acontecimento histórico.

Junto disso, nossos colegas trabalhadores da educação básica sofrem com a pressão pelo “dever cumprido” dos “patrões” da rede privada. Por outro lado, as lives despontam neste contexto de forma preocupante como se dessem conta de recobrir o trabalho intelectual e sua natureza complexa que em parte contempla recolhimento para concentração. Sem contar que o sentido de live também faz parecer que o que fazíamos “antes” estaria em razoável zona de morbidez.

A aula presencial não é mero fetiche como se tem dito. Isto porque talvez seja um fetiche com especial valor político. Neste ponto de vista, é insubstituível porque somente com a presença concreta fazemos política e com a epifania da política podem vir transformações. A propósito, continuaríamos com este governo bárbaro caso as manifestações de rua seguissem seu curso?

Em tempos de onda de moralização autoritária das escolas “sem partido”, o avanço da aula remota pode flertar ainda mais com o autoritarismo que clama pela supressão de adversários, como sintoma do enfraquecimento da democracia e do senso de Outro. Caberia inclusive perguntar: como seria “ver” um experimento, ligar-se ou distanciar-se do outro, contemplar um quadro ou bulir com um texto poético em uma aula remota?

No geral, gabamos: “Frequentei tal museu, parque, auditório de instituições”. Sempre limitadas, as experiências remotas nunca substituirão a lotação dos parques, museus e ruas. As anódinas visitas online abrem questão também sobre o empobrecimento ainda maior da fantasia.

Esta expectativa de “novo normal” disfarça o sucateamento e os ataques de um “autoritarismo liberal” (conforme expressão de Achille Mbembe) e com o qual já sofríamos, e que tenta se reinventar nos bastidores da pandemia para naturalizar o distanciamento do Outro.

O distanciamento real misturado com o disfarce virtual faz parecer que a imposição da indiferença como modo “natural de ser só” é o que estava previsto. Seria uma nova etapa já profetizada. Entretanto, vale alertar que esta teleologia do absurdo se alinha ao esquadrão da morte da riqueza do calor do debate, debate este que incomoda a vociferação de absurdos que no Brasil atual ainda sustenta um governo anti-civilização.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Por que a mídia comercial continua dando tanto cartaz a Deltan Dallagnol?

Enquanto o julgamento do caso PowerPoint é mais uma vez adiado, procurador ganha amplo espaço para se defender da colaboração com o FBI


Inicio fazendo um mea culpa, porque me sinto corroborando aquilo que criticarei a seguir: o cartaz dado pela mídia comercial a Deltan Dallagnol. Enquanto o julgamento do caso do PowerPoint, em processo movido pela defesa de Lula, foi adiado 40 vezes e prescreve em setembro, o chefe da Força-Tarefa ganhou amplo espaço midiático para se defender da acusação de que policiais do FBI participaram ativamente da operação Lava-Jato.
Inicio fazendo um mea culpa, porque me sinto corroborando aquilo que criticarei a seguir: o cartaz dado pela mídia comercial a Deltan Dallagnol. Enquanto o julgamento do caso do PowerPoint, em processo movido pela defesa de Lula, foi adiado 40 vezes e prescreve em setembro, o chefe da Força-Tarefa ganhou amplo espaço midiático para se defender da acusação de que policiais do FBI participaram ativamente da operação Lava-Jato.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Áurea Carolina tenta formar frente de esquerda para eleição de BH

Pré-candidata do PSOL busca apoio de legendas do campo progressistas, mas lançamentos de candidaturas próprias é obstáculo para aliança


A pouco mais de dois meses do início da campanha eleitoral, a deputada federal Áurea Carolina (PSOL), pré-candidata à Prefeitura de Belo Horizonte, segue tentando viabilizar a construção de uma frente unificada de esquerda com o objetivo de frear o avanço da direita na cidade.
A pouco mais de dois meses do início da campanha eleitoral, a deputada federal Áurea Carolina (PSOL), pré-candidata à Prefeitura de Belo Horizonte, segue tentando viabilizar a construção de uma frente unificada de esquerda com o objetivo de frear o avanço da direita na cidade.

Pró-Esia - Fábrica de Versos... MATEMÁTICO E ARTISTA

Como tantos outros artistas do Renascimento, Piero della Francesca se sentiu estimulado pelas possibilidades pictóricas abertas com as formulações da teoria da perspectiva.
Como tantos outros artistas do Renascimento, Piero della Francesca se sentiu estimulado pelas possibilidades pictóricas abertas com as formulações da teoria da perspectiva.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Índia é terceiro país do mundo a superar 1 milhão de casos de covid-19

Governo impôs um dos mais severos regimes de distanciamento do mundo, mas flexibilizou regras após danos à economia


Com os dados, o gigante asiático continua sendo o terceiro país do mundo mais afetado pela pandemia, depois de Brasil, que superou os 2 milhões nesta quinta-feira, e Estados Unidos, com mais de 3,5 milhões de casos confirmados, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
A Índia se tornou nesta sexta-feira (17/07) o terceiro país do mundo a superar um milhão de casos confirmados de covid-19 e o primeiro na Ásia, que pode se transformar no novo foco da pandemia.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

História - SALA MEDIEVAL: O CURIOSO CASO DO CASAL QUE ENCONTROU UM POÇO DA IDADE MÉDIA DENTRO DE CASA

Enquanto realizava uma reforma no principal cômodo da casa, os ingleses se depararam com um pedaço da história no chão — mas a descoberta foi impedida pela esposa por 24 anos


Em 2012, Colin Steer, na época com 61 anos, tinha finalmente a oportunidade de matar uma de suas maiores curiosidades; toda vez que passava pela sala de casa, notava um ecoante oco no chão, próximo ao sofá. Aquilo não apenas encheu o homem de dúvidas em relação ao estado de sua casa, mas o entusiasmou para a descoberta — impedida por 24 anos.

Estátua de escravocrata é substituída por uma de manifestante negra no Reino Unido

Escultura do traficante de escravos Edward Colston foi derrubada e jogada no rio durante protestos do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) em junho.


A estátua de Edward Colston, que fez fortuna comercializando escravos da África Ocidental, foi derrubada e atirada no rio da cidade do sudoeste da Inglaterra no mês passado por manifestantes que protestavam contra a morte do norte-americano George Floyd, um homem negro de 46 anos, sob custódia da polícia da cidade de Mineápolis, em 25 de maio.
A escultura de uma manifestante negra com o punho erguido foi instalada em uma operação noturna secreta no lugar daquela de um mercador de escravos do século 17, cuja estátua fora derrubada por manifestantes antirracismo na cidade portuária de Bristol, na Inglaterra.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Senador denuncia Bolsonaro na ONU por descaso na proteção dos povos indígenas

Fabiano Contarato cita os vetos do presidente que tirou a obrigação de fornecer água potável e leitos a índios durante a pandemia
O documento assinado será enviado nesta terça-feira 14 para a sede da ONU em Genebra, na Suíça. Nele, Contarato cita os vetos do presidente na lei com medidas de proteção a povos indígenas em meio à pandemia. Entre vários pontos vetados, Bolsonaro tirou o trecho que obrigava o governo a fornecer aos povos indígenas “acesso a água potável” e “distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e de desinfecção para as aldeias”.
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) entrará com uma denuncia na Organização das Nações Unidas contra o presidente Jair Bolsonaro por descaso em proteger os povos indígenas durante a pandemia do novo coronavírus.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Artistas de Cuba e EUA fazem live inédita para condenar bloqueio à ilha

Evento prevê a participação de inúmeros artistas de Cuba e dos EUA como Dionne Warwick, Los Van Van, Omara Portuondo, Michael Mc Donald, Jon Cleary, Danny Glover, Michael Moore, entre outros


O Instituto de Música Cubana Alexander Abreu anunciou, para os dias 18 e 19 de julho, o Concerto para Cuba, uma iniciativa on-line do Chicago Hot House, que reunirá inúmeras vozes da América do Norte, Europa e Caribe.
O Instituto de Música Cubana Alexander Abreu anunciou, para os dias 18 e 19 de julho, o Concerto para Cuba, uma iniciativa on-line do Chicago Hot House, que reunirá inúmeras vozes da América do Norte, Europa e Caribe.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Fudeu!!! Aguentaaaaaa!!!


Vacina para a Covid: Rússia conclui testes e quer iniciar distribuição em agosto

Pesquisadores preveem início da distribuição em massa entre os dias 12 e 24 do mês que vem


A Rússia pode ser o primeiro país no mundo a distribuir, em massa, vacinas contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O antídoto deve começar a ser distribuído em agosto, conforme informação divulgada nesta segunda-feira (13) pela agência de notícias do governo do país.
A Rússia pode ser o primeiro país no mundo a distribuir, em massa, vacinas contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O antídoto deve começar a ser distribuído em agosto, conforme informação divulgada nesta segunda-feira (13) pela agência de notícias do governo do país.

sábado, 11 de julho de 2020

Prô C Votá Direitim #03

🗯O que é Esquerda? O que eles querem para nós? Quais são os partidos de Esquerda?...💭

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Fudeu!!! E convence?


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Artistas, professores e lideranças de BH lançam manifesto em apoio à Áurea

O documento conta com cerca de 550 assinaturas, entre elas da escritora Djamila Ribeiro, do jurista e professor Silvio Almeida, e dos atores Gregório Duvivier e Wagner Moura.


Artistas, professores, lideranças comunitárias e religiosas de Belo Horizonte e do país lançaram o manifesto "Juntas pela Democracia e Contra o Fascismo", em apoio à pré-candidatura da deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG) para Prefeitura de Belo Horizonte. O documento conta com cerca de 550 assinaturas, entre elas da escritora Djamila Ribeiro, do jurista e professor Silvio Almeida, e dos atores Gregório Duvivier e Wagner Moura.

Empresários ligados ao MBL são presos em investigação de lavagem de dinheiro em SP, diz MP; movimento nega relação com detidos

Sede do MBL foi alvo de buscas. Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso foram presos em operação na manhã desta sexta (10).


Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos na manhã desta sexta-feira (10) em São Paulo em uma investigação de um esquema milionário de lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público. O grupo nega relação com eles. A operação é realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal.
Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos na manhã desta sexta-feira (10) em São Paulo em uma investigação de um esquema milionário de lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público. O grupo nega relação com eles. A operação é realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Fundador da Ricardo Eletro é solto após prestar depoimento

Advogado do empresário argumenta que "dever tributo não é crime" e diz que seu cliente vai responder ao processo em liberdade


O fundador da rede de lojas Ricardo Eletro, empresário Ricardo Nunes, teve o pedido de prisão temporária revogado pela Justiça de Minas Gerais na tarde desta quinta-feira (9). A informação foi confirmada pelo advogado Marcelo Leonardo. Ricardo foi solto após prestar depoimento em Contagem, na Grande Belo Horizonte.
O fundador da rede de lojas Ricardo Eletro, empresário Ricardo Nunes, teve o pedido de prisão temporária revogado pela Justiça de Minas Gerais na tarde desta quinta-feira (9). A informação foi confirmada pelo advogado Marcelo Leonardo. Ricardo foi solto após prestar depoimento em Contagem, na Grande Belo Horizonte.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Fundador da Ricardo Eletro é preso em SP em operação contra sonegação fiscal em MG

De acordo com as investigações, aproximadamente R$ 400 milhões foram sonegados. G1 entrou em contato com Ricardo Nunes, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem. Filha do empresário também foi presa.
Ricardo Nunes, fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro, foi preso no estado de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (8), em operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A força-tarefa é composta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil.

Ricardo Nunes, fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro, foi preso no estado de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (8), em operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A força-tarefa é composta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil.

FÃS DE K-POP ESTÃO SE ENVOLVENDO NA POLÍTICA DOS EUA. AFINAL, SÃO ATIVISTAS?

À medida que os protestos nos Estados Unidos ganhavam destaque após o assassinato de George Floyd pela polícia de Minneapolis, fãs de música pop coreana, ou k-pop, chamaram a atenção após bloquearem um aplicativo lançado pelo Departamento de Polícia de Dallas chamado iWatch Dallas, que deveria ser um portal para enviar vídeos de manifestantes. Os fãs de k-pop encheram o aplicativo de “fancams”, vídeos de apresentações com um dos integrantes ou um conjunto inteiro de k-pop. Em poucas horas, o aplicativo foi desativado por “dificuldades técnicas”, segundo atribuiu o departamento de polícia.

Entrevista com Sofia Scasserra: teletrabalho e direitos trabalhistas

O debate sobre o teletrabalho já está na agenda. A economista e pesquisadora Sofía Scasserra conversou com o programa de rádio argentino “El Círculo Rojo” sobre os direitos trabalhistas que estão em jogo.


Sofia Scasserra é uma economista, professora e pesquisadora do Instituto Mundo do Trabalho Julio Godio da UNTREF (Universidade Nacional de Tres de Febrero). Ela é autora do livro “Cuando el jefe se tomó el buque. El algoritmo toma el control” (Quando o chefe pegou o navio. O algoritmo toma o controle) e é colunista de “Feas, Sucias y Malas”, transmitido pela Rádio Gráfica, rádio argentina. Também é assessora em questões de comércio econômico e internacional da Secretaria de Assuntos Internacionais, FAECYS
Sofia Scasserra é uma economista, professora e pesquisadora do Instituto Mundo do Trabalho Julio Godio da UNTREF (Universidade Nacional de Tres de Febrero). Ela é autora do livro “Cuando el jefe se tomó el buque. El algoritmo toma el control” (Quando o chefe pegou o navio. O algoritmo toma o controle) e é colunista de “Feas, Sucias y Malas”, transmitido pela Rádio Gráfica, rádio argentina. Também é assessora em questões de comércio econômico e internacional da Secretaria de Assuntos Internacionais, FAECYS.