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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Empresário é preso após amarrar morador de rua em carro e arrastá-lo até a morte em São Luís

A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, é de que ele teria furtado por várias vezes quentinhas no estabelecimento. Além do dono do restaurante, um vigilante também foi preso. O delegado Felipe César Mendonça, do Departamento de Proteção à Pessoa, informou que o crime ocorreu por volta das 2h do dia 17 de maio deste ano, mas o vídeo de câmera de segurança que mostra o crime só foi divulgado nesta quarta-feira (28). Imagens conseguidas pela Polícia mostram morador de rua, identificado como Carlos Alberto Santos, 36, amarrado na traseira de uma Hilux.

O dono de um restaurante foi preso suspeito de ter assassinado um morador de rua em São Luís (MA), nesta terça-feira (27). O homem em situação de rua foi amarrado em um veículo e arrastado por cerca de 1 km pelas ruas do centro da cidade. 

A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, é de que ele teria furtado por várias vezes quentinhas no estabelecimento. Além do dono do restaurante, um vigilante também foi preso. O delegado Felipe César Mendonça, do Departamento de Proteção à Pessoa, informou que o crime ocorreu por volta das 2h do dia 17 de maio deste ano, mas o vídeo de câmera de segurança que mostra o crime só foi divulgado nesta quarta-feira (28). Imagens conseguidas pela Polícia mostram morador de rua, identificado como Carlos Alberto Santos, 36, amarrado na traseira de uma Hilux. 

Em um dos trechos, o empresário aparece bebendo água enquanto a vítima pode ser vista no asfalto, atrás do carro. Outra sequência mostra o motorista dando marcha-a-ré e passando com o carro sobre a vítima. De acordo com o delegado, o morador de rua foi arrastado do centro da cidade até avenida Beira Mar, próximo ao Terminal de Integração da Praia Grande. "O corpo foi encontrado bastante machucado e com sinais de que foi arrastado. 

As imagens falam por si, o rapaz estava sofrendo, se debatendo e o motorista, com muita frieza, tranquilamente bebe água, e segue com o corpo por um percurso de um quilômetro. É um crime bárbaro com requinte de crueldade", disse o delegado. A Polícia de São Luís não divulgou o nome dos presos. 

O delegado disse que na época do crime a família reconheceu o corpo do morador de rua e revelou que ele era usuário de droga. O empresário fugiu e foi localizado nesta terça-feira (27) em uma oficina mecânica com o mesmo veículo do crime. O empresário tem três restaurantes em São Luís e vai responder pelos crimes de tortura e homicídio. "Informalmente, para a Polícia ele confessou o crime, mas ao ser questionado no inquérito, ele resolveu ficar em silêncio", disse o delegado.

Fonte: Yahoo!

Bolsonaro desiste de privatização das unidades básicas de saúde

À emissora, o presidente afirmou que a intenção era permitir que pacientes do SUS pudessem ser atendidos em hospitais particulares nas cidades em que os postos de saúde não conseguem atender à demanda.

O presidente Jair Bolsonaro desistiu do decreto que autorizava estudos sobre participação privada no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação é da
 CNN Brasil.

À emissora, o presidente afirmou que a intenção era permitir que pacientes do SUS pudessem ser atendidos em hospitais particulares nas cidades em que os postos de saúde não conseguem atender à demanda.

Bolsonaro disse que decidiu revogar o decreto após a repercussão negativa da medida. O presidente criticou as avaliações de que os estudos poderiam resultar em um tipo de “privatização” do SUS, o que ele nega que pudesse ocorrer. A revogação do decreto será publicada nas próximas horas, em edição especial do Diário Oficial da União.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

TRF-1 adia julgamento que definirá afastamento de Salles

Salles é acusado pelo MPF de cometer 'desestruturação dolosa' e 'esvaziamento' de políticas ambientais

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) adiou o julgamento que estava previsto para esta terça 27, envolvendo a competência da Justiça do Distrito Federal em analisar ação que pede, no mérito, o afastamento do ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente. A disputa entre o Ministério Público Federal (MPF), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a própria Justiça abriu impasse sobre qual magistrado deve ficar responsável pelo caso.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) adiou o julgamento que estava previsto para esta terça 27, envolvendo a competência da Justiça do Distrito Federal em analisar ação que pede, no mérito, o afastamento do ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente. A disputa entre o Ministério Público Federal (MPF), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a própria Justiça abriu impasse sobre qual magistrado deve ficar responsável pelo caso.

Quando a ação foi apresentada em julho, o juiz Márcio de França Moreira, da 8ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou que o processo fosse remetido para Santa Catarina, que havia julgado um caso semelhante envolvendo Salles. A medida desagradou tanto a União quanto a Procuradoria – ambos pedem que o processo continue em Brasília, sendo que o governo quer que ele seja julgado pela 1ª Vara Federal enquanto o MPF defende a competência da 8ª Vara.

Em agosto, o desembargador Ney Bello, do TRF-1, negou o envio do caso para Santa Catarina até a decisão do julgamento da 3ª Turma do tribunal. Com o adiamento de hoje, o processo só deve ser julgado na próxima terça, 3.

O impasse envolvendo a competência para julgar a ação de improbidade contra Salles travou por quase cem dias a análise do afastamento do ministro, o que só ocorreu no último dia 14 após Ney Bello ordenar ao juiz Márcio Moreira que avaliasse ao menos o pedido liminar da Procuradoria. O magistrado negou afastar o ministro do cargo.

Salles é acusado pelo MPF de cometer “desestruturação dolosa” e “esvaziamento” de políticas ambientais para ‘favorecer interesses que não têm qualquer relação com a finalidade da pasta’.

Entre as medidas adotadas pelo ministro estão a exoneração de servidores do Ibama que participaram de operação contra o garimpo, o esvaziamento do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a consequente concentração de poder de decisão nas mãos do governo e, recentemente, a declaração sobre ‘passar a boiada’ em regulamentos ambientais durante reunião ministerial do dia 22 de abril.

Salles classifica a ação do Ministério Público Federal como “tentativa de interferir em políticas públicas”.

“A ação de um grupo de procuradores traz posições com evidente viés político-ideológico em clara tentativa de interferir em políticas públicas do Governo Federal”, afirmou. “As alegações são um apanhado de diversos outros processos já apreciados e negados pelo Poder Judiciário, uma vez que seus argumentos são improcedentes”.

Em manifestação enviada ao TRF-1 no último dia 1º, a AGU alegou que ‘não é possível concluir’ que o aumento do desmatamento no Brasil são reflexos de ações e atos do ministro de Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente.

Para a AGU, “não há como se presumir” que os resultados negativos de desmatamento ilegal são relacionados com a política de Salles. A defesa do governo aponta que o aumento do cenário ‘tem ocorrido desde 2012 e a gestão atual teve início somente em 2019’.

“Não é possível se concluir que os resultados do desmatamento no Brasil são em decorrência de atos do atual ministro do Meio Ambiente”, apontou o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Boulos brinca com “apoio” de Katy Perry no Twitter e viraliza

Candidato à prefeitura de São Paulo tem usado estratégias inusitadas para aumentar seu engajamento nas redes e compensar o pouco tempo de televisãoCom apenas 17 segundos de televisão, Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, tem apostado nas redes sociais e usado estratégias inusitadas, como a “live 24 horas”, para ter inserção midiática e ser competitivo no pleito. Nesta segunda-feira (26), o perfil do psolista no Twitter até mesmo brincou com um suposto apoio da cantora estadunidense Katy Perry.
Com apenas 17 segundos de televisão, Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, tem apostado nas redes sociais e usado estratégias inusitadas, como a “live 24 horas”, para ter inserção midiática e ser competitivo no pleito. Nesta segunda-feira (26), o perfil do psolista no Twitter até mesmo brincou com um suposto apoio da cantora estadunidense Katy Perry.

Pela manhã, a estrela do pop havia postado: “Also, my wish is simple: vote. [Então, meu desejo é simples: vote]”. Ao lado da frase, foi postado um emoji de coração e um de bolo. Boulos, então, aproveitou o já habitual trocadilho de seu sobrenome com a palavra “bolo” e agradeceu: “Thank you!”.

A postagem da cantora, na verdade, era sobre seu desejo de aniversário, comemorado neste domingo (25) – por isso ela colocou um emoji de bolo. Na mensagem, Katy Perry estava incentivando a população estadunidense a votar na eleição presidencial, cuja a votação antecipada já foi liberada.

Apesar de não ter sido um apoio a Boulos, como brincou o candidato, a postagem surtiu efeito e viralizou rapidamente. Confira.


Popularidade nas redes

Estudo feito pela consultoria Quaest e divulgado pela Folha de S. Paulo no dia 8 de outubro mostra que Boulos aparece na frente dos outros candidatos em interação nas redes desde que o Índice de Popularidade Digital (IPD) começou a ser feito, em setembro.

Boulos marca, na medição, 78.2 pontos. O segundo lugar era ocupado, até os primeiros dias de outubro, por Celso Russomanno (Republicanos), líder nas pesquisas de intenção de voto, mas ele foi ultrapassado por Arthur do Val (Patriota), conhecido como MamãeFalei. O deputado estadual, agora, marca 56.4 pontos, enquanto o candidato de Jair Bolsonaro aparece em terceiro lugar com 45.6.

O atual prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), é apenas o 9º colocado na medição. Seu desempenho nas redes sociais é superado pelos de Jilmar Tatto (PT), Levy Fidelix (PRTB), Joice Hasselmann (PSL), Marina Helou (Rede) e Andrea Matarazzo – além de Boulos, Arthur do Val e Russomanno. 

Fonte: Revista Forum

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Chilenos se preparam para um plebiscito histórico sobre manter ou dar adeus à “Constituição do Pinochet

Chilenos estão ansiosos para o plebiscito, adiado desde abril por conta da pandemia


Era uma demanda colocada por alguns setores da sociedade chilena há anos, mas foram os protestos de 2019 os que voltaram exigir a derrubada da Constituição de 1981, imposta pela ditadura militar de Augusto Pinochet. Agora, no domingo 25 de outubro, mais de 14 milhões de chilenos acudirão às urnas em um plebiscito histórico que decidirá se o país “aceita” (aprueba) ou “rejeita” (rechaza) uma nova Carta Magna. A votação foi pensada como um caminho político para aplacar a crise social que o Chile enfrenta.


Os ânimos estão à flor da pele. Nos muros, nas redes sociais, na mídia praticamente não se fala de outra coisa. Não é para menos, já que o plebiscito, inicialmente marcado para o dia 26 de abril, foi atrasado pelo governo devido à pandemia. Além disso, acontecerá somente uma semana depois do primeiro aniversário do chamado “estallido social”, iniciado em 18 de outubro de 2019, quando milhões de pessoas saíram às ruas para exigir um país mais igualitário. Mas a sociedade chilena -como tantas outras na América Latina e no mundo- está profundamente polarizada e, apesar de as pesquisas dizerem que a maioria votará pelo “aceita”, nada está definido.

Por um lado, o “apruebo” reúne intenções diversas, que vão desde exigir uma mudança no modelo neoliberal chileno até entregar mais direitos às mulheres, aos índios e às diversidades sexuais.
Alejandra Saez, uma trabalhadora independente, me disse que vai aprovar porque “se necessita uma mudança imediata, apesar de que o resultado chegue com o tempo, tomar a decisão de transformar o sistema já é um grande avanço”. “Quero que as novas regras validem o bem-estar das pessoas e não os cofres dos outros. Que não nos sintamos atacados pelo sistema”, afirmou.

Já o bioquímico Francisco Pereira me explicou que votará “apruebo” porque considera que é necessária uma “mudança drástica na atual Constituição, já que apesar de que outorga direito a serviços básicos, em nenhum momento garante o acesso a esses serviços, deixando muitos recursos principalmente nas mãos do mundo privado. Além disso, foi escrita para um contexto de desenvolvimento de país determinado muito diferente do atual, e é bastante rígida, o que dificulta que ela seja adaptada às atuais necessidades do Chile”.

Nas campanhas eleitorais, também é possível ver que muitos dos que pedem uma nova Constituição querem reformar as instituições encarregadas da segurança pública, já que, em 2019, pelo menos 30 pessoas morreram, milhares ficaram feridas e o Chile foi cenário de graves violações aos direitos humanos no marco dos protestos sociais, segundo Human Rights Watch, a ONU, entre outros. De acordo com o Instituto Nacional de Direitos Humanos, 460 pessoas sofreram lesões oculares durante as manifestações devido ao uso excessivo da força policial. Delas, pelo menos duas ficaram completamente cegas.

Por outro lado, Natalia C. (que pediu não ser identificada) aposta pelo “rechazo” porque considera que “não há necessidade de escrever uma nova Constituição inteira para realizar as reformas que o país precisa”. Nas redes sociais, as pessoas que chamam a votar por essa alternativa também dizem temer que o Chile se transforme em um país “caótico” e/ou “esquerdista”.

Além disso, muitos sinalizam que votar “apruebo” seria dar um aval à destruição de patrimônio que ocorreu no marco das mobilizações sociais. É que o metrô de Santiago, várias igrejas, ruas e estátuas foram parcialmente destruídos e/ou incendiados desde outubro de 2019, mas não há informação detalhada disponível sobre quem foram os responsáveis de cada um desses atos.

Muitos ainda estão indecisos. O microempresário Javier Baltra comentou que achava melhor votar nulo porque “ambas as opções estão cheias de problemas. Aprovar pode ser sinônimo de um Estado maior, e eu acho isso problemático para a economia. E rejeitar é deixar tudo como está até agora e não sei se isso é uma boa ideia”.

Além de escolher entre as opções “apruebo” ou “rechazo” uma nova Constituição, os chilenos devem votar se desejam que a eventual Carta Magna seja escrita por uma Convenção Constitucional formada por 155 constituintes eleitos ou por uma Convenção Mista de 172 membros (metade legisladores e metade cidadãos eleitos).

A LEI ATUAL

Qualquer pessoa que não conheça a história do Chile provavelmente se surpreenderá ao saber que um país como este tenha ainda uma Constituição que foi escrita na época da ditadura militar. “Nossa, mas é um país tão desenvolvido”; “como assim?”; “sério?” foram alguns dos comentários que recebi de amigos brasileiros quando contei sobre o que está acontecendo agora.

A Constituição atual foi aprovada em um questionado plebiscito realizado no dia 11 de setembro de 1980, em plena ditadura do Pinochet, quando milhões de chilenos viviam sob o medo da repressão, sem registros eleitorais e com os partidos políticos dissolvidos.

O texto foi escrito pelo advogado constitucionalista Jaime Guzmán, um dos maiores ideólogos da direita chilena, e que foi assassinado por um comando de ultraesquerda em 1991.

Ele foi escolhido por uma comissão designada pela ditadura. Posteriormente, a redação contou com a revisão e o apoio do Conselho de Estado e a Junta Militar, composta pelos máximos chefes do Exército e o diretor da polícia, que exercia como “poder legislativo”. Guzmán criou uma série de regras muito difíceis de alterar para perpetuar seu modelo econômico e político.

Como ele mesmo disse quando escrevia a Constituição, sua ideia era que, se os adversários chegassem a governar, eles se veriam “obrigados a seguir uma ação não tão distinta ao que alguém como nós gostaria (…) que a margem seja suficientemente reduzida para fazer extremamente difícil o contrário”.
Para realizar reformas à Carta Magna, Guzmán detalhou que é necessário alcançar um quórum de dois terços ou três quintos, segundo o caso, algo que, na prática, tem sido praticamente impossível de conseguir, porque nem o oficialismo nem a oposição conta com essa quantidade de votos.

Essa Constituição também instaurou um modelo econômico, político e social neoliberal, que se adentrou na educação e na saúde privada e um sistema de aposentadoria conhecido como AFP baseado na poupança individual e que no ano passado entregou aposentadorias pelo valor de 110.000 pesos chilenos (uns US$ 140). Esse sistema, hoje sumamente questionado pela população chilena, foi elogiado pelo Ministro de Economia do Brasil, Paulo Guedes, em várias ocasiões.

Se bem que o texto legal não estabeleça especificamente que a saúde, a educação ou o sistema de aposentadoria devam ser privados, na prática, sim, impõe princípios que limitam a ação do Estado e promove a atividade privada nesses setores. Por exemplo: não existe no Chile nenhuma universidade que seja gratuita.

Segundo analistas, a Constituição atual também é hierárquica e desconecta a cidadania do poder político, porque não inclui muitos mecanismos de participação.

Ao longo da sua história, sofreu duas modificações: a primeira, em 1989, ano do fim da ditadura, quando foi derrogado um artigo que declarava “ilícitos” a grupos que realizassem “violência ou uma concepção da sociedade do Estado ou da ordem jurídica de caráter totalitário ou fundada na luta de classes”. Outra, em 2005, quando depois de um grande acordo político o presidente socialista Ricardo Lagos conseguiu alterar outros aspectos, como que os comandantes em chefe das Forças Armadas passassem a estar subordinados ao poder civil, e a eliminação de senadores designados e vitalícios. Isto permitiu que em 2006 (há 14 anos!) o Senado fosse totalmente conformado por membros de eleição popular.

Agora, se a opção “apruebo” ganhar o plebiscito, o texto não só será modificado: a sociedade poderá dar adeus à chamada “Constituição do Pinochet”. Sem dúvidas, uma decisão histórica.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Dilma, Haddad, Celso Amorim e líderes latinos pedem renúncia de Luis Almagro da OEA

Lideranças argumentam que vitória de Luis Arce nas eleições da Bolívia confirma que houve golpe no país em 2019

Entre os brasileiros que assinam a carta, estão a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o ex-chanceler Celso Amorim. Também escreveram o texto os ex-presidentes Ernesto Samper (Colômbia), Rafael Correa (Equador), José Luiz Zapatero (Espanha) e Fernando Lugo (Paraguai).

Um documento escrito por 26 lideranças do Grupo de Puebla pediu a renúncia do uruguaio Luis Almagro do cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), por causa do resultado das eleições presidenciais da Bolívia. O documento foi publicado nesta quarta-feira 21.

O Grupo de Puebla foi criado em 2019 e é composto por ex-presidentes e ex-integrantes de governos da América Latina. O presidente Alberto Fernández é o único político em exercício a integrar a organização.

Entre os brasileiros que assinam a carta, estão a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o ex-chanceler Celso Amorim. Também escreveram o texto os ex-presidentes Ernesto Samper (Colômbia), Rafael Correa (Equador), José Luiz Zapatero (Espanha) e Fernando Lugo (Paraguai).

Para eles, a vitória de Luis Arce nas eleições da Bolívia confirma que houve golpe no país em 2019.

No ano passado, Evo Morales ganhou a disputa nas urnas, mas foi pressionado por militares a renunciar devido a acusações de fraude reforçadas pela OEA. Como os números comprovaram que o resultado estava correto, o processo que impediu Morales de exercer o cargo é acusado de golpe.

“O questionamento eleitoral da OEA desencadeou uma situação de violência política e social, que terminou em um golpe de estado e a posterior renúncia do presidente Evo Morales, que assim preservou a paz social e salvou sua vida, com o apoio do Grupo de Puebla, exilando-se no México e depois na Argentina”, dizem.

Na sequência, questionam a liderança regional de Luis Almagro, responsabilizando-o pelas consequências das acusações de fraude.

“O papel que executou na desestabilização democrática da Bolívia e as relações excludentes que mantém com outros países da área lhe fazem inabilitado para seguir exercendo o papel de mediação que deveria desempenhar à frente de um cargo tão importante”, escrevem.
 
“Sua saída ajudará a recuperar a paz na região e reativar a integração regional que tanta falta tem feito nestas épocas de pandemia”, completam.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Um bug no Chrome elimina todo o histórico do navegador, menos de sites do Google

Um dos esforços mais recentes do Google para promover a privacidade dos usuários acabou por se revelar uma farsa. A empresa lançou um recurso destinado a limpar os caches e cookies do navegador Chrome, mas estaria acidentalmente abrindo uma exceção para alguns de seus sites.

Um dos esforços mais recentes do Google para promover a privacidade dos usuários acabou por se revelar uma farsa. A empresa lançou um recurso destinado a limpar os caches e cookies do navegador Chrome, mas estaria acidentalmente abrindo uma exceção para alguns de seus sites.

A tal brecha foi descoberta quando o desenvolvedor iOS Jeff Johnson percebeu que, depois de configurar o browser para limpar os cookies e o cache após cada sessão, o recurso funcionou perfeitamente para todos os sites. Somente duas páginas não foram incluídas no processo: Google e YouTube.

Johnson documentou a experiência em seu blog pessoal. Ao fechar o Chrome, os dois sites do Google tiveram os cookies removidos, mas mantiveram os dados no que é conhecido como “armazenamento local”.

Embora os cookies tenham como objetivo rastrear seu comportamento na web e vincular esses dados a vários sites (principalmente aqueles ligados a compras e publicidade), os dados de armazenamento local de um site específico devem ser aplicados apenas a essa página para que possam ser acessados ​​novamente na próxima vez que você visitá-la.

Essa diferença, do ponto de vista de rastreamento, fica menor quando o site e o navegador são propriedade da mesma empresa.

Usando a extensão do Chrome LocalStorage Manager, os dados que o Google e o YouTube adicionam ao armazenamento local parecem incluir coisas a mais, como ID do dispositivo e localização GPS.
O Google ainda não respondeu ao nosso pedido de comentário sobre a brecha, mas um porta-voz da empresa disse ao site The Register que a companhia não está captando dados secretamente dos usuários de Chrome. Ela se limitou a responder apenas que se trata de um bug no navegador que atinge especificamente “alguns sites primários do Google”.

“Estamos investigando o problema e planejamos lançar uma solução nos próximos dias”, acrescentou o Google.

Felizmente, o blog de Johnson também explica como cancelar essas manobras de armazenamento local: basta adicionar youtube.com e google.com à configuração “sites que nunca podem usar cookies” em seu navegador. Ele acrescentou que marcar o botão “sempre limpar os cookies quando as janelas estão fechadas” não é suficiente, mesmo que a função dê a entender que é exatamente isso o que deveria acontecer.

Não há como provar se isso era simplesmente um bug, como o Google alegou. No entanto, esse tipo de erro é muito parecido com outras situações em que a companhia ignorou solicitações de privacidade do usuário. Alguns exemplos notáveis ​​incluem:

Rastrear a localização de usuários por meio das funções de Mapas e Pesquisa do Google, mesmo depois que esses usuários fizeram a escolha de pausar o compartilhamento.

O Chrome sincroniza dados confidenciais quando mesmo se os usuários optarem em não autorizar esse recurso. Esta prática foi objeto de uma ação judicial em julho, que alegou, entre outras características, que a prática violava as próprias políticas de privacidade do Google.

Alegar que um de seus identificadores de navegador não continha informações pessoais quando, na verdade, possuía esses dados.

Bom, se nem os funcionários da empresa entendem direito as configurações de privacidade dos seus produtos, não dá para esperar muita coisa diferente disso.

Fonte:  Gizmodo

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Vídeo: Neto de Neguinho da Beija-Flor é enterrado sob clima de comoção

Sambista estava inconsolável; Gabriel Ribeiro morreu em confronto da PM com criminosos na noite deste domingo no bairro Ambaí, em Nova Iguaçu

Gabriel Ribeiro Marcondes de 20 anos, neto do sambista Neguinho da Beija-Flor, que morreu em confronto da PM com criminosos na noite deste domingo no bairro Ambaí, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi enterrado sob forte comoção na tarde desta segunda-feira no Cemitério de Nova Iguaçu.

Gabriel Ribeiro Marcondes de 20 anos, neto do sambista Neguinho da Beija-Flor, que morreu em confronto da PM com criminosos na noite deste domingo no bairro Ambaí, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi enterrado sob forte comoção na tarde desta segunda-feira no Cemitério de Nova Iguaçu. Dezenas de pessoas, incluindo fãs do sambista, que estava muito emocionado, estiveram no local para desejar força a ele e a outros familiares. Uma pessoa carregava placa de papelão escrito "força Neguinho". Ainda não há informações de onde teriam partido os disparos que atingiram a vítima. Assista ao vídeo do cortejo:
Procurada pelo DIA para falar sobre a ação que resultou na morte de Gabriel, a PM informou que agentes militares do 20º BPM (Mesquita) estavam em patrulhamento na localidade quando receberam denúncia sobre um baile funk não autorizado que estaria começando a bloquear via pública.

Fonte: O Dia

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Bolsonaro disse ter "união estável" com senador flagrado com dinheiro na cueca (VÍDEO)

Circula nas redes sociais um vídeo em que Jair Bolsonaro afirma ter "quase uma união estável" com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado pela PF com dinheiro na cueca. Ele é vice-líder do governo no Senado e deve perder o cargo devido à repercussão do caso
Circula nas redes sociais um vídeo em que Jair Bolsonaro chegou a fazer elogios ao senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca. Em um dos vídeos, Bolsonaro afirma que tem

Circula nas redes sociais um vídeo em que Jair Bolsonaro chegou a fazer elogios ao senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca. Em um dos vídeos, Bolsonaro afirma que tem "quase uma união estável" com o parlamentar.

"É quase uma união estável, hein Chico", disse ele, sobre o tempo de convivência com o parlamentar na Câmara, no período em que ambos eram deputados.

O senador teria sido encontrado com dinheiro vivo escondido entre as nádegas durante a operação Desvid-19, da Polícia Federal, realizada em Boa Vista nesta quarta-feira (14).

Em outro trecho, o senador afirma que o presidente "está retomando a moralidade, as práticas republicanas".

A hashtag #PropinaNaBunda tornou-se um dos assuntos mais comentados do Twitter na noite desta quarta-feira.

Fonte: Brasil 247

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Admirador de Trump morre após greve de fome para salvar presidente do coronavírus


Morre 'devoto' de Trump que fez greve de fome para salvar presidente dos EUA da Covid-19. Homem chegava a rezar todas as manhãs diante de uma estátua do ídolo
Na Índia, onde multidões admiram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um fazendeiro rural o idolatra como um deus, orando para uma estátua em tamanho real de Trump em seu quintal todas as manhãs. “No início, todos na família pensaram que ele estava mentalmente perturbado, mas ele persistiu e todos finalmente mudaram de ideia”, disse Vivek Bukka, primo do fazendeiro Bussa Krishna.

Na Índia, onde multidões admiram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um fazendeiro rural o idolatra como um deus, orando para uma estátua em tamanho real de Trump em seu quintal todas as manhãs. “No início, todos na família pensaram que ele estava mentalmente perturbado, mas ele persistiu e todos finalmente mudaram de ideia”, disse Vivek Bukka, primo do fazendeiro Bussa Krishna.

Quando Trump anunciou que tinha o coronavírus, a notícia devastou Krishna. O fazendeiro postou um vídeo choroso no Facebook, no qual dizia: “Estou muito triste porque meu deus, Trump, contraiu o coronavírus. Peço a todos que orem por sua rápida recuperação.”

Ele parou de comer para mostrar solidariedade com o sofrimento de seu ídolo por causa da covid-19, disse sua família. Ele caiu em uma depressão profunda. No domingo, ele morreu de parada cardíaca. A devoção de Krishna o tornara uma pequena celebridade em seu país e ele era o assunto das manchetes nacionais. Sua morte foi notícia em toda a Índia.

Vivek disse que seu primo estava em boa forma física e não tinha problemas de saúde ou histórico de doenças cardíacas. Não há evidências que liguem a morte de Krishna ao seu jejum.

Não há indicação de que a Casa Branca ou Trump – que disse ter se recuperado do vírus e se sentido “poderoso” depois de ser tratado com um coquetel de drogas – conhecia seu maior fã na Índia. Muitos dos intelectuais urbanos do país não gostam do presidente americano, e ele é regularmente ridicularizado nas plataformas de mídia social indianas.

O presidente tem apoio em outros cantos da sociedade indiana. Um estudo de fevereiro do Pew Research Center descobriu que 56% das pessoas entrevistadas na Índia disseram que Trump “faria a coisa certa no que diz respeito aos assuntos mundiais”, ante 16% quando foi eleito.

A popularidade de Trump em algumas partes da Índia é notável porque o culto à personalidade que ele tentou cultivar – uma figura assumidamente ousada que conduziu os Estados Unidos a um novo futuro brilhante ao mesmo tempo que defendeu o “America First” – reflete como o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, projeta-se para seus próprios apoiadores.

Krishna, um fazendeiro viúvo na casa dos 30 anos que vivia no vilarejo de Konne, no estado de Telangana, ao sul da Índia, era devoto de Trump por cerca de quatro anos. Ele se tornou um fã quando o presidente apareceu para ele em um sonho, disseram seus parentes, e previram que o time nacional de críquete da Índia derrotaria seu arquirrival, o Paquistão, em uma partida no dia seguinte.

A Índia venceu, disse Vivek, “e a partir daquele dia ele começou a adorar Donald Trump”.

Mas o fazendeiro também admirava o presidente como líder, disse Vivek, 25, que mora perto da cidade de Hyderabad. Seu primo não falava inglês, e os meios de comunicação locais onde ele morava davam pouca atenção à política americana. Então, ele confiou no primo para traduzir artigos e vídeos para ele.
Vemula Venkat Goud, chefe do vilarejo de Konne, disse que o jovem fazendeiro também se sentiu atraído pelos “modos diretos e discurso direto” de Trump.

Os vizinhos não sabiam muito sobre a política americana e não tinham opinião sobre Trump, acrescentou. Mas como Krishna era um grande fã, eles abraçaram sua causa como uma cortesia, mesmo que parecesse um pouco estranho.

Conforme a devoção de Krishna por Trump se intensificou, ele começou a jejuar todas as sextas-feiras para apoiá-lo e encomendou a construção de um santuário em seu quintal com a estátua em tamanho real, disse Vivek. Ele o adorava com rituais hindus por uma ou duas horas todas as manhãs, como alguém faria ao orar para Krishna, Shiva, Ganesha ou outros deuses no panteão hindu.
Um vídeo de Krishna que circulou amplamente online mostra-o realizando um ritual de oração, ou pooja, diante de um altar que contém uma foto de Trump.

Em outra, ele usa uma camiseta com os dizeres “Trump” em letras maiúsculas brancas enquanto derrama água sobre a cabeça da estátua, que está usando uma gravata vermelha e fazendo sinal de positivo. A estátua de Trump tem uma guirlanda de flores frescas em volta do pescoço e um tilak vermelho – um símbolo tradicional feito de vermelhão ou pasta de sândalo e usado em cerimônias religiosas – na testa.

A obsessão de Krishna com Trump ecoa a de pessoas em outros países distantes. No Afeganistão, um casal deu ao terceiro filho o nome de Donald Trump. O pai admirava a riqueza de Trump. Mais tarde, porém, dizendo que não se sentia mais seguro como apoiador de Trump, ele e sua família fugiram do Afeganistão.

A criação de uma estátua por Krishna à semelhança de Trump também não é única. Um arquiteto construiu uma estátua gigante de madeira do presidente americano com dentes de vampiro na Eslovênia, o país natal da primeira-dama, Melania Trump. Alguns críticos denunciaram isso como um “desperdício de madeira”.

O criador dessa estátua, Tomaz Schlegl, um arquiteto, disse à Reuters: “Quero alertar as pessoas sobre o aumento do populismo e seria difícil encontrar um populista maior neste mundo do que Donald Trump.”

Uma escultura de madeira em tamanho natural da primeira-dama perto da cidade de Sevnica, no leste da Eslovênia, onde ela cresceu, foi incendiada. O artista responsável pela encomenda substituiu-o por uma estátua de bronze.

Krishna, fez uma tentativa corajosa de encontrar seu ídolo. Ele viajou para a Embaixada dos Estados Unidos em Nova Délhi antes da viagem de Trump à Índia em fevereiro para tentar marcar um encontro, disse Venkat, o chefe da aldeia.

“É muito triste que o sonho dele nunca tenha se tornado realidade”, acrescentou. Krishna manteve a fé até o fim.

Quando soube do diagnóstico de coronavírus de Trump, ele se trancou em seu quarto, disse Vivek. “Tentamos forçá-lo a comer, mas ele quase não se alimentou”, disse ele.

No domingo, Krishna desmaiou e seus parentes o levaram ao hospital. Ele foi declarado morto na chegada. Krishna deixou seus pais e seu filho de 7 anos.

Venkat disse que os moradores estavam discutindo a melhor forma de manter o santuário Trump de seu vizinho.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Primeiro caso de reinfecção pela Covid-19 nos EUA é confirmado por estudo

Este é o quinto caso confirmado de reinfecção em todo o mundo. Cientistas recomendam que, mesmo quem já tenha sido infectado, continue com as medidas

Um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Saúde Pública do Estado de Nevada e da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, confirmou o primeiro caso de reinfecção pela Covid-19 no país. Esse é o quinto caso reconhecido em todo o mundo, o que indica que a exposição ao vírus pode não trazer imunidade total, ao contrário do que se pensa.

Um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Saúde Pública do Estado de Nevada e da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, confirmou o primeiro caso de reinfecção pela Covid-19 no país. Esse é o quinto caso reconhecido em todo o mundo, o que indica que a exposição ao vírus pode não trazer imunidade total, ao contrário do que se pensa.

De acordo com a pesquisa, publicada nesta segunda-feira (12) no The Lancet Infectious Diseases, o paciente analisado testou positivo para duas infecções por diferentes variantes do Sars-CoV-2 em um espaço de tempo de 48 dias, confirmando que uma segunda pode ocorrer em períodos curtos. O homem, de 25 anos, não pertecence a nenhum grupo de risco ou apresentava problemas anteriores de saúde. Além disso, no período entre as infecções, ele chegou a testar negativo duas vezes para o coronavírus.

Segundo a pesquisa, a segunda infecção do paciente foi mais grave do que a primeira, e ele precisou ser internado e ter suporte de oxigênio. Por esse motivo, os autores afirmam que todos os indivíduos — previamente diagnosticados ou não — devem continuar tomando as precauções recomendadas, como evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e usar máscara em locais públicos.

"Ainda existem muitas incógnitas sobre as infecções pelo Covid-19 e a resposta do sistema imunológico, mas nossas descobertas indicam que uma infecção anterior pode não necessariamente proteger contra futuras", disse em nota Mark Pandori, principal autor do estudo. De acordo com ele, a análise traz novos questionamentos para a compreensão da imunidade ao coronavírus, especialmente enquanto não se tem uma vacina eficaz.

Outros casos

Pelo menos quatro outros casos de reinfecção já foram confirmados na Bélgica, Holanda, Hong Kong e Equador. No entanto, apenas o paciente equatoriano apresentou um quadro pior da doença na segunda infecção, como o americano.

“Precisamos de mais pesquisas para entender por quanto tempo a imunidade pode durar para pessoas expostas ao Sars-CoV-2 e por que algumas dessas segundas infecções, embora raras, são mais graves”, disse Pandori.

Sobre a pesquisa

Os autores reconhecem que não foi realizada a avaliação de uma resposta imune (por exemplo, de anticorpos neutralizantes), nem no primeiro, nem no segundo caso de infecção do paciente analisado. 

No entanto, há a possibilidade do homem ter contraído um vírus mais forte na segunda infecção ou, então, que o Covid-19 estivesse em seu organismo e houvesse uma forma de desativação na sua identificação. Além disso, os estudiosos também explicam que há possibilidade de que muitas infecções possam ser assintomáticas e, portanto, provavelmente permanecerão não detectadas nos testes atuais.

Em comentário à pesquisa, Akiko Iwasaki, professora da Universidade de Yale, EUA, que não esteve envolvida no estudo, diz: “à medida que mais casos de reinfecção surgem, a comunidade científica terá a oportunidade de entender melhor os correlatos de proteção e com que frequência as infecções naturais com Sars-CoV-2 induzem esse nível de imunidade. Esta informação é a chave para entender quais vacinas são capazes de cruzar esse limite para conferir imunidade individual e coletiva.”

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Delegado não registrou racismo, homofobia nem crime contra animal em inquérito de agressão em SP

Os advogados Djefferson Amadeus e Paulo Iotti, que assumiram o caso, ficaram indignados com a postura do delegado em São Paulo. Djefferson é diretor do Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) e Iotti é autor da ação e um dos advogados responsáveis pela defesa de equiparação da LGBTfobia a crime de racismo no STF.

Os agressores de Robson Gael, atacado em via pública na capital paulista, foram identificados no dia da agressão mas o caso foi enquadrado apenas como crime de “menor potencial ofensivo”, como se tudo não passasse de uma mera “lesão corporal leve”, sem as condutas de racismo ou injúria racial.

Os advogados Djefferson Amadeus e Paulo Iotti, que assumiram o caso, ficaram indignados com a postura do delegado em São Paulo. Djefferson é diretor do Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) e Iotti é autor da ação e um dos advogados responsáveis pela defesa de equiparação da LGBTfobia a crime de racismo no STF.

“Além disso, o cachorro de Robson também foi chutado, sendo lançado para o meio da rua, o que constitui crime. Este fato também não foi capitulado e precisa sê-lo”, relataram à Mídia NINJA. O vídeo que circulou nas redes registra momentos depois que a agressão já havia se iniciado e o cachorro lançado com chutes.

Segundo os advogados, seu cliente relatou ter sido xingado de “preto safado” e “viadinho”, mas tais ofensas racistas (negrofóbicas e homofóbicas) não constam do inquérito até o momento, apesar de Robson as ter relatado em seu depoimento.

Em relato exclusivo à NINJA, os advogados afirmaram que receberam com muita indignação o fato. “Aqui temos um advogado negro e um advogado gay, isso significa que se preciso for vamos defender os interesses de nosso cliente onde quer que seja, dado ser inadmissível que uma pessoa seja agredida e ofendida por ser negra e gay”, disseram.

Relembre o caso:

Fonte:  Midia Ninja

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Manifesto dos diretores brasileiros do Festival 'É Tudo Verdade'

Manifesto dos diretores brasileiros do Festival 'É Tudo Verdade'

Na noite de domingo último, depois do anúncio do vencedor brasileiro da 25a. edição do Festival É Tudo Verdade, um dos mais antigos e importantes certames cinematográficos do Brasil, foi lido e começou a ser divulgado um duro Manifesto dos 21 diretores que participaram dessa competição, com o repúdio veemente das vergonhosas ações políticas na área da Cultura que vêm sendo articuladas, há mais de um ano, pelo atual governo autoritário, de extrema direita de Jair Bolsonaro.

Na noite de domingo último, depois do anúncio do vencedor brasileiro da 25a. edição do Festival É Tudo Verdade, um dos mais antigos e importantes certames cinematográficos do Brasil, foi lido e começou a ser divulgado um duro Manifesto dos 21 diretores que participaram dessa competição, com o repúdio veemente das vergonhosas ações políticas na área da Cultura que vêm sendo articuladas, há mais de um ano, pelo atual governo autoritário, de extrema direita de Jair Bolsonaro.

No conjunto de ações truculentas do governo que amordaça a Cultura brasileira, censurando e descartando seus representantes máximos e, sobretudo, históricos; aparelhando as instituições e agências da área com a nomeação escandalosa de figuras ridículas ou ignorantes sem qualquer expressão na vida cultural do país além da sua especialidade em telenovelas, e limitadas pelo baixo nível cultural e intelectual, destacou-se logo no começo da administração atual a extinção do Ministério da Cultura (MinC) e sua inadmissível substituição por uma secretaria submetida a um Ministério do Turismo!

A devastação continuou com o aparelhamento da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, responsável por emitir pareceres sobre solicitações de artistas que buscam financiamento para seus projetos por meio da Lei de Incentivo à Cultura conhecida como Lei Rouanet. Entre outros atos que visam ao esfacelamento da Cultura no país, seguiu-se o desmonte maligno da Cinemateca Brasileira fundada há 80 anos, responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira, com um acervo de cerca de 250 mil rolos de filmes e mais de um milhão de documentos relacionados ao cinema nacional. Seus funcionários foram demitidos.

Um dos crimes recentes contra um dos mais populares dispositivos culturais do Rio de Janeiro, centro de referência no ensino da produção cinematográfica brasileira, a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, patrimônio histórico e cultural do país, foi despejada há dois meses do imóvel que ocupava há mais de 20 anos para ceder o prédio ao proprietário, a ECT, ou seja, aos Correios, que estão sendo privatizados.
''Uma situação gravíssima'', denuncia o Manifesto dos diretores de cinema brasileiros repelindo todas as sórdidas manobras na investida que visa recriar um Brasil retrógrado, anacrônico, com valores conservadores rejeitados em todos os países democráticos modernos do mundo civilizado.

E o mais grave: a tentativa de reconstruir um país que passará a formar das novas gerações de jovens, adultos boçais, ignorantes, grosseiros na sua proverbial cafajestice e indiferentes à cultura. Como prega o modelo neofascista que vem do Palácio do Planalto de Brasília.

O Manifesto

''Manifestamos nosso total desacordo com os rumos da política cultural do país. O governo de extrema direita do Jair Bolsonaro age desde o início para atacar e silenciar os brasileiros que fazem cultura e arte como seus inimigos”, afirmam os diretores. ''A atividade audiovisual está paralisada desde março, com a suspensão de todos os recursos públicos para a produção de filmes e séries. Isso tem provocado uma taxa crescente de desemprego.''

''São muitas as empresas que estão falindo, cineastas passando necessidade e a ameaça de paralisia total do setor. Isso sem falar da cinemateca brasileira, com seu acervo histórico que corre o risco de total destruição”, dizem ainda no Manifesto contra Bolsonaro.

''Eles têm medo de nós. A situação é gravíssima. Por isso convidamos as realizadoras e realizadores do audiovisual a se voltarem, mais uma vez, para a realidade. E, acima de tudo, não se intimidarem. É preciso cada vez mais buscar novas formas de produzir e registrar a nossa memória. E nunca parar e nem silenciar. Um país sem imagens de si mesmo é como alguém que não sabe o que é. É um país com alzheimer”.

"É preciso cada vez mais buscar novas formas de produzir e registrar a nossa memória. Um país sem imagens de si mesmo é como alguém que não sabe o que é”, afirma o grupo de 21 diretores no Manifesto.

O fundador e diretor do É Tudo Verdade, Amir Labaki, destaca: ''É devastador o impacto sobre a vida e as finanças dos profissionais, entidades e empresas diretamente envolvidas no setor. O Brasil tem mais de quatro milhões de confirmados com coronavírus e nenhum final à vista para a mais aguda emergência sanitária do século.''

''Mas se o vírus persegue a vida a cultura nos humaniza,'' diz Labaki.

Os vinte e um diretores que assinaram o documento: Aurélio de Michiles, Bernardo Vorobow, Bruno Moreschi, Carlos Adriano, Carol Benjamin, Clarice Saliby, Cláudio Moraes, Diógenes Muniz, Guga Millet, João Jardim, Jorge Bodanzky, Marcelo Machado, Mari Moraga, Mariana Lacerda, Paschoal Samora, Rafael Veríssimo, Roberto Berliner, Rubens Rewald, Silvio Tendler, Tali Yankelevich, Toni Venturi.


Fonte: Carta Maior

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Sara Winter vira piada nas redes ao perceber que não passou de “bucha de canhão”

"Não aguento mais, talvez eu devesse virar feminista de novo, puta, petista, sei lá. Assim pelo menos eu teria a atenção do governo". Sara Winter, que cumpre prisão domiciliar, vira chacota nas redes por vídeo em que chora e detona Bolsonaro
 
Em uma longa publicação em sua conta no Facebook, Sara, que foi presa em 15 junho por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas, diz não reconhecer mais o presidente. Ela está em recolhimento domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde o fim daquele mês.

A extremista Sara Winter, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e principal porta-voz do grupo bolsonarista autodenominado “300 do Brasil”, usou as redes sociais para criticar o governo e o mandatário.

Em uma longa publicação em sua conta no Facebook, Sara, que foi presa em 15 junho por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas, diz não reconhecer mais o presidente. Ela está em recolhimento domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde o fim daquele mês.
 
“Não sei mais quem ele (Bolsonaro) é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, disse.

Em uma sequência de vídeos postados na função stories do Instagram, Sara chorou e disse estar com depressão. “Eu vou ter que levantar e resolver os meus problemas. E não tem Bolsonaro para ajudar e não tem Damares (ministra da Mulher, da Família e dos Diretos Humanos) para ajudar”, falou.
A ativista disse sentir “inveja” do ministro do STF, Dias Toffoli, por ter ganhado um abraço do presidente. Imagens da CNN Brasil mostraram Bolsonaro abraçando o ex-presidente da Corte durante uma reunião no sábado (3) com a presença do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para ocupar a vaga de Celso de Mello no Supremo.

Segundo Sara, todas as pessoas que tiveram contato com ela, a começar pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Diretos Humanos, estão sendo exonerados. Ela foi servidora da pasta, mas acabou desligada em outubro do ano passado.

A ativista acrescentou que um ofício protocolado por sua defesa no ministério em junho sobre sua prisão, que classifica como “política”, não foi analisado.

“Não aguento mais. Não aguento mais. Tanta gente fala que sou infiltrada. Talvez eu devesse virar feminista de novo. Feminista, puta, petista, sei lá. Assim pelo menos eu teria atenção do governo, teria sua estima, teria meus direitos reestabelecidos. Acorda Bolsonaro. Já tá bom de dar surra em quem gosta de você”, disse Sara.

Nas redes sociais, Sara virou motivo de piada, inclusive entre ex-bolsonaristas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Professor de medicina flagrado estimulando o estupro em aula pede demissão

Vídeo: após fazer apologia ao estupro durante aula, professor de faculdade de medicina pede demissão. Ele ainda se reuniu com alunas e se desculpou

O professor Samir Samaan Filho, da faculdade de medicina Estácio de Sá de Juazeiro do Norte (CE), foi desligado da instituição após fazer apologia ao estupro durante uma aula remota.

Durante uma videochamada com alunos, o professor disse: “Bora lá? Bora pra acabar logo, né? É aquela coisa: se estupro é inevitável, relaxa e goza pra acabar logo”.

O professor Samir Samaan Filho, da faculdade de medicina Estácio de Sá de Juazeiro do Norte (CE), foi desligado da instituição após fazer apologia ao estupro durante uma aula remota.

Durante uma videochamada com alunos, o professor disse: “Bora lá? Bora pra acabar logo, né? É aquela coisa: se estupro é inevitável, relaxa e goza pra acabar logo”.

A declaração foi gravada pelos estudantes, que divulgaram um vídeo do momento em que o professor fez o comentário. Na gravação, dois alunos perguntam o que ele havia dito, e o professor respondeu, rindo: “Nada. Esqueçam. Quem escutou escutou, quem não escutou deixa pra lá”.

O professor divulgou uma nota e confirmou que pediu demissão após o episódio. “Lamento profundamente pelo ocorrido. Utilizei uma frase extremamente infeliz. Ainda na aula percebi o erro e pedi desculpa. Entendendo a gravidade e pedi demissão no dia seguinte”, disse.

Samir fez uma reunião com os universitários e se desculpou pela declaração. Ele afirmou que a frase dita era uma analogia com uma situação em que os estudantes têm alguma “prova com muito conteúdo ou sequências de plantões”.

“Peço desculpas pela forma que me expressei. Isso era uma brincadeira que a gente fazia na época da faculdade e não foi no sentido de falar em relação às mulheres, de forma alguma”, afirmou.
A instituição de ensino superior lamentou o ocorrido e informou, em nota, que entrou em contato com os alunos para que prestassem esclarecimentos sobre o caso.

A Polícia Civil do Estado do Ceará informou que não há boletim de ocorrência denunciando o comentário de apologia ao estupro proferido pelo professor.
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Papai que era muito espirituoso tinha várias piadas prontas sobre ortopedistas, mas como o assunto é seríssimo e existem colegas ortopedistas que não merecem ser penalizados pelas barbaridades que esse dementador, estrupício, azarepe, Coisa-Ruim, mafarro, Fancho-Bode, cramulhão, sujo, Homem ousou dizer em sala de aula, só quero dizer que infelizmente são esses médicos misóginos, machistas, legítimos herdeiros do Patriarcado que promove estupros que vos/nos esperam, se não formos nós atentas e dispostas a mudar a educação médica, transformar o modelo de assistência, ocupar espaços e tomar o Poder: afinal, a Revolução será feminista ou não será. Toda indignação é pouca. Meu repúdio veemente contra o professor de medicina e médico ortopedista Samir Samaan Filho, que afirmou durante aula online da faculdade de medicina Estácio de Sá de Juazeiro do Norte (CE), localizada na região do Cariri, que se o "estupro é inevitável, relaxa e goza". Espero que seja denunciado e castigado. Soube que já foi desligado da insrituição, mas isso é pouco. O CRM tem que se pronunciar. Não admitiremos mais o abuso e o assédio no meio médico. Já é infâmia demais! #eudigonãoàculturadoestupro #abusomédico #EstuproÉCrime Veja mais em https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/09/30/no-ce-professor-diz-em-aula-que-se-estupro-e-inevitavel-relaxa-e-goza.htm?cmpid=copiaecola

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