Siga a gente aqui!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Coletivo mobiliza juventude da CTB Minas para a grande marcha a Brasília no dia 6 de março


Garantir uma grande participação da juventude na 7ª das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, no dia 6 de março, em Brasília. Este é o objetivo do Coletivo de Juventude da CTB Minas, que se reuniu no último dia 20, na sede da central, em Belo Horizonte, para tratar dos detalhes da organização da caravana à Capital Federal.
Ao menos 15 ônibus de sindicatos filiados à CTB deverão seguir para a Marcha em defesa do desenvolvimento e valorização do trabalho, calcula o membro do Coletivo da CTB Minas Romney Mesquita, dirigente do Sitramico.
“Além de fortalecer a luta, a Marcha é uma boa oportunidade para reafirmarmos a importância da juventude nos movimentos sindical e popular e ampliarmos ainda mais sua participação”, disse Romney.
Na reunião, que também serviu para definir o calendário de atividades da Juventude da CTB em 2013, foram debatidos diversos temas, como a reestruturação do Coletivo, a necessidade de se criar um visual próprio para utilização em grandes atividades, como a Marcha e o Congresso da CTB, que será realizado este ano.
Os participantes do encontro também apontaram a necessidade de mobilizar o maior número possível de jovens sindicalistas para o congresso estadual e nacional; de se promover cursos de formação política e sindical específicas para os jovens dirigentes, bem como de organizar culturais e esportivos para agregar a juventude.
Por fim, ficou acertada a criação de um documento unitário de luta, entre os jovens trabalhadores da cidade e do campo, e a realização de reuniões bimestrais do Coletivo.
“O encontro foi muito importante para retomarmos as discussões dos temas de interesse dos trabalhadores, especialmente da juventude, e definirmos o calendário de lutas para este ano. Pela disposição demonstrada pelos presentes, garra não faltará nas lutas deste ano”, concluiu Romney.
A reunião contou com a participação de Romney Mesquita (Sitramico), Deyller (Saae), Herivelton Ferraz (servidor público), Renan Fernandes, Lucas Martins, Marilene Faustino, Maria Alves (Fetaemg), Jaime Coelho, Jonathan Barros e Robson Teixeira (Sindmetal Betim).
Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Blog CTB MG

EX-AJUDANTE DE IBRAHIM SUED LEVA UMA BIABA DE TARSO GENRO


.“O alto comissário do Golbery não toma jeito”

Como Elio Gaspari foi do velho Partidão e depois se tornou confidente do General Golbery, fazendo, a partir daí, uma carreira de jornalista mordaz e corregedor de todos os hábitos do país, ele se dá o direito de não só inventar tolices nas suas colunas, como também enganar os mais desavisados.

Defende as suas teses principalmente a partir da falsificação da posição dos seus adversários de opinião. Para defendê-las, Elio sempre desqualifica os seus adversários com textos de estilo ferino, que não raro beiram a difamação. Os que se sentem agredidos raramente se defendem, não só porque ele não publica as respostas na sua coluna, mas porque talvez temam despertar nele uma ira ainda maior, que também não abre espaços para o contraditório.

Já fui alvo algumas vezes das suas distorções e falsificações, mas sobre este tema da reforma política preciso responder formalmente, porque se trata de um assunto extremamente relevante para o aperfeiçoamento democrático do país, sobre o qual existem divergências elevadas, tanto dentro da esquerda como da direita democrática.

A estratégia usada por Elio Gaspari para promover suas crônicas foi muito comum na época da ditadura, quando o SNI – através de articulistas cooptados – recheava de informações manipuladas a grande imprensa, sobre a “subversão” e as “badernas estudantis”. O regime tentava, desta forma, tanto manter o controle da opinião pública, como dividir a oposição legal e a clandestina, num cenário em que povo já estava cansado do regime. Elio Gaspari parece que se contaminou com este vício e combinou-o com uma arrogância olímpica: desqualifica todo mundo, não respeita ninguém, o que pode significar uma volúpia de desrespeito a si mesmo, ensejada pela sua trajetória como jornalista com idéias muito próximas de um ceticismo anarco-direitista.

Vários dirigentes políticos, tanto da oposição como da situação – da direita e da esquerda – que não estão satisfeitos com o sistema político atual, debatem uma saída: uma reforma política para melhorar a democracia no país. Todos sabemos que não existe um sistema ideal e perfeito, mas que é possível uma melhora no sistema atual, que pode tornar mais decente a representação e os próprios partidos. Este debate para melhorar a democracia e dar maior coerência ao sistema de representação tem despertado a santa ira de Elio Gaspari, que dispara para todos os lados, mas nunca diz realmente qual é a sua posição sobre o assunto.

No seu artigo “O comissariado não toma jeito”, no qual sou citado nominalmente como defensor de fisiologismos, ele atinge o auge na deformação das opiniões de pessoas que ele não concorda. Vincula, inclusive de maneira sórdida estas opiniões a dirigentes políticos condenados na ação penal 470, para aproveitar a onda midiática que recorre diariamente a estas condenações, não só para desmoralizar a política e os partidos, mas para tentar recuperar os desastrados anos do projeto neoliberal no país, nos quais, como todos sabemos, não ocorreu nenhuma corrupção ou fisiologismo.

As deformações de Elio são explícitas quando ele examina dois pontos importantes da reforma política: o “voto em lista fechada” e o “financiamento público” das campanhas eleitorais. Sobre o voto em lista “fechada” ele argumenta, em resumo, que a “escolha deixa de ser do eleitor”, que vota numa lista preparada pelo Partido, que captura o seu direito de escolha.

Pergunto: será que Elio não sabe que a escolha na “lista aberta” (sistema atual), é feita, também, a partir de uma relação de nomes que é organizada pelos Partidos? E mais: será que Elio não sabe que a diferença entre um e outro sistema é que, no atual, o voto vai para a “fundo” de votos da legenda e acaba premiando qualquer um dos mais votados da lista, sem o mínimo nexo com a vontade do eleitor? Repito, qualquer um da lista, sem que o eleitor possa saber quem ele está ajudando eleger!

Na lista fechada é exatamente o contrário. O eleitor sabe em quem ele está votando. E sabe da “ordem de preferência”, que o seu voto vai chancelar, a partir do número de votos que o Partido vai amealhar nas eleições. O eleitor faz, então, previamente, uma opção partidária – inclusive a partir da qualidade da própria lista que os Partidos apresentaram – e fica sabendo, não só quem compõe a lista do seu partido, mas também a ordem dos nomes que vão ter a preferência do seu voto.

Na lista aberta, ao invés de crescer o poder político dos partidos – que Elio parece desprezar do alto da sua superioridade golberyana – o que aumenta é o poder eleitoral pessoal de candidatos que, neste sistema de lista aberta, carreiam os votos dos eleitores para qualquer desconhecido. Por mais respeito humano que se tenha por figuras folclóricas que ajudam eleger pessoas com meia dúzia de votos, não se pode dizer que a sua influência pessoal possa ser melhor que a influência das comunidades partidárias, por mais defeitos que elas tenham.

A tegiversação sobre o financiamento público das campanhas não é ridícula, porque é simplesmente uma falcatrua argumentativa. Elio diz que este tipo de financiamento não acabará com o “caixa 2” e que tal procedimento vai levar a conta para o povo, que ele chama gentilmente de “patuléia”. Vejamos se estes argumentos são sérios.

Primeiro: ninguém tem a ilusão de acabar com o “caixa 2”, que acompanhará as campanhas, enquanto tivermos eleições. O que devemos e podemos buscar é um sistema que possa diminuí-la, substancialmente, através – por exemplo – de um controle “on line”, de todos os gastos das campanhas, num sistema financiado por recursos conhecidos e previamente distribuídos aos partidos.

Este sistema certamente diminuirá a dependência dos partidos em relação aos empresários e permitirá um controle mais detalhado dos gastos, pois cada partido terá um valor previamente arbitrado, para ser fiscalizado à medida que os recursos forem sendo gastos. Reduzir, portanto, a força do poder econômico sobre as eleições, este é o objetivo central do financiamento público.

Quanto à transferência das despesas para o povo, qualquer aluno do General Golbery – digo aqui da modesta situação de fisiológico que me foi imputada – sabe que as contribuições dadas pelas empresas aos partidos e aos políticos, são “custos” de funcionamento de uma empresa, que integram o preço dos seus produtos e serviços, que são comprados pelo consumidor comum ou pelo Estado.

Quem paga por tudo, sempre, é o povo que trabalha e compra e o Estado que encomenda, compra e paga. O defensor da patuléia, portanto, não está defendendo nem a “viúva” metafórica nem o Estado concreto. Está, sim, defendendo a atual influência do poder econômico sobre os processos eleitorais, de uma forma aparentemente moralista, mas concretamente interessada: acha que o sistema assim está bem. Uma forma de fisiologismo altamente disfarçado. O alto comissário do Golbery não toma jeito.

Vídeo sobre a matéria:
Fonte Texto: Cloaca News

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Rafael Correa é reeleito presidente do Equador


O presidente do Equador, Rafael Correa, foi reeleito neste domingo (17) para um terceiro mandato consecutivo, que terminará em 2017, quando ele completar uma década no poder – um recorde em um país marcado por crises econômicas e políticas. Os 11,6 milhões de eleitores equatorianos também escolheram um novo vice-presidente, Jorge Glas, do Movimento Aliança Pais, de Correa, e 137 parlamentares da Assembleia Legislativa, além de cinco representantes do Parlamento Andino.

Correa não esperou os resultados oficiais para comemorar. Mal fecharam as urnas, saíram os primeiros resultados de boca de urna, confirmando a sua reeleição no primeiro turno. Correa tinha 58,80% dos votos, quase três vezes mais do que os 23,1% obtidos pelo segundo colocado, o ex-banqueiro Guillermo Lasso. Meia hora depois do fechamento das urnas, Correa saiu ao balcão do palácio presidencial para agradecer ao povo, que o esperava na Praça da Independência.

“Obrigado pela confiança”, disse Correa, que prometeu aprofundar a revolução cidadã iniciada por ele em 2006, quando foi eleito presidente pela primeira vez com a promessa de uma reforma constitucional. A nova Constituição, aprovada pela Assembleia Constituinte e submetida a um plebiscito popular, convocou novas eleições presidenciais para 2009 e estabeleceu o direito a dois mandatos consecutivos. Correa candidatou-se e ganhou seu segundo mandato – mas como era o primeiro, com a nova Constituição, teve direito a uma segunda reeleição.

O presidente votou de manhã e depois acompanhou sua filha, Anne Correa, de 16 anos, a votar. É a primeira vez, no Equador, que adolescentes de 16 a 18 anos, além de policiais e militares na ativa, podem votar.

Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Portal Unegro

Os Ratos Roeram as Roupas do Rei de Roma


        A atividade política mesmo agindo no imaginário não dá conta de preencher o amplo universo da alma humana. O aparato da religião ilustra o peso ordenador das demais instancias simbólicas na vida da sociedade. Disputas de falanges no interior dessas corporações, como as que cercaram a renúncia de Bento XVI, não miram apenas a redivisão interna do poder. Nem esgotam suas repercussões nos limites formais da fé. O que se disputa hoje na Santa Sé extrapola os 44 hectares da Cidade do Vaticano. O canibalismo em torno do 'Banco de Deus' ilumina um dos pontos de intersecção da fronteira divina com o inferno material. Está longe de ser o único. Prelazias como a Opus Dei mostram desembaraço em outras sinergias também. Sua rede de instituições educacionais se especializa na formação de quadros que possam irradiar os interesses gêmeos da fé e do dinheiro na vida mundana.
        A formatação de executivos encontra-se entre as prioridades. Estima-se que 600 colégios e 17 escolas de administração e negócios estão conectados à Opus Dei em todo o mundo. Bebem sua água benta também a Universidade de Navarra, na Espanha e a Pontificia Universidade della Santa Croce, em Roma.
       Ali são formados quadros espirituais da Opus Dei para a tarefa difusora de valores nas áreas da teologia, direito canônico, filosofia, comuniação social e institucional. As identidades entre a prelazia fundada em 1928 por Josemaría Escrivá (a imagem acima é dele) e o conservadorismo político e empresarial remetem aos laços estreitos do mestre com o franquismo. Juntos, a cruz e a baioneta esgoelaram a voz e o espírito espanhol por 37 anos. Mas não só.
        Morto em 1975, o ideólogo persistou na faina: foi canonizado em tempo recorde para os padrões católicos. Em 2002, diante de mais de 80 mil seguidores de todo o mundo, João Paulo II, de quem o Bento XVI foi o braço direito, anunciou a santificação:

"Em honra da muito Santa Trindade, para a exaltação da fé católica e promoção da vida cristã, com a autoridade de nosso senhor Jesus Cristo, dos santos apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, depois de ter reflectido longamente, invocado muitas vezes a assistência divina e ter escutado os conselhos de muitos dos nossos irmãos sacerdotes, nós declarams e definimos como santo o bem aventurado Josémaria Escrivá de Balaguer e inscrevemo-lo no álbum dos santos”, informou o Sumo Pontífice.
            Não foi um ponto fora da curva destes tempos de fé e costumes estritamente vigiados por Ratzingers e Bergonzines - o bispo do panfleto contra Dilma, em 2010. Em junho do ano passado, uma estátua em bronze do santo Escrivá foi inaugurada na Catedral da Sé, em São Paulo. A Catedral metropolitana, cujas escadarias no passado serviram de abrigo a manifestações contra a ditadura e em cujo interior se denunciou o assassinato de Vladimir Herzog, em 1975, agora tem um altar em honra da Opus Dei. O episódio diz muito sobre o efeito regressivo dos últimos dois papados no universo do catolicismo brasileiro. Na missa solene, com igreja lotada, em honra a 'São Josemaria Escrivá', foi lida a mensagem elogiosa de D. Odilo Scherer. O cardeal de São Paulo recordou a passagem de Escrivá pelo país, nos tempos bicudos de 1974. Nenhuma menção aos tempos bicudos. Coube à maior autoridade da Opus Dei no Brasil, demarcar o significado prático da presença simbólica de 'São Josemaría' na Catedral da Sé:
         “É um forte apelo a todos os católicos: a sua mensagem era exatamente a santificação das estruturas civis da sociedade', sentenciou o monsenhor que atende pelo sugestivo nome de Vicente Anaconda.
          Na 'santificação' das estruturas civis da sociedade' opera a rede de formação educacional que a extrema direita católica mantém mundo afora. O Iese Business School, vinculado à Universidade de Navarra e à Opus Dei, faz esse link catequizador com o estratégico mundo empresarial. É considerado uma das principais escolas de administração e formação e quadros do mundo.

              Forma executivos para os negócios. Mas também lideranças associadas aos valores da ' santificação das estruturas civis da sociedade'. A cepa anticomunista da Opus, sua esférica condenação à liberdade dos costumes, sinaliza o sentido dessa formação complementar. No Brasil, o Iese atua desde 1996 através da escola de administração ISE, uma parceria desenvolvida com o mesmo "DNA" da matriz espanhola. Na direção figuram nomes como o do jurista Ives Gandra Martins,reconhecido e assumido por suas ligações com a Opus Dei brasileira. O responsável pelo curso de Ética da escola, Cesar Furtado de Carvalho Bullara, é mestre e doutor em filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce – a usina de formulação e difusão da Opus Dei. 
Vai bem, obrigado o braço brasileiro. No ano passado, segundo o insuspeito jornal Valor Econômico, São Paulo foi escolhida para ser a primeira cidade fora da Espanha a receber o programa de MBA Executivo do Iese. Além disso, o Iese quer chegar a 500 alunos em cursos de longa duração no Brasil (hoje são 300) . E aumentar o número de profissionais que recebem aulas "in company" de 600 para mil. A partir de 2015, o Iese pretende trazer para São Paulo três programas já testados pela Opus Dei em outros países. Sugestivamente, um deles versará sobre alta gestão para a área de mídia e entretenimento. Ou seja, formação de quadros para orientar e dirigir o estratégico aparato de comunicação e produção cultural, hoje monopolizado por grupos que lideram a agenda conservadora brasileira. Os apóstolos de São Escrivá não bricam em serviço. 

            Diante da exaustão conservadora estampada na desordem neoliberal, intensificam a formação de quadros de qualidade. Para setores estratégicos: a esfera do dinheiro; a difusão das notícias; a cultura e o entretenimento. Sua estratégia para os dias que rugem é intensificar a receita apregoada por Ratzinger: conquistar poucos e bons; com eles, capturar a alma da sociedade. Só há um antídoto à ofensiva: ampliar o espaço público da liberdade cultural, da comunicação e da democracia no país. Isso se faz com políticas de Estado, que assegurem a diversidade indispensável à criatividade do espírito e à livre formação do discernimento social.
Se não contarmos as nossas próprias histórias, quem o fará por nós?

Eles.


Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Blog O Esquerdopata

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

EXÉRCITO FAZ A COMISSÃO DA VERDADE DE GATO E SAPATO

Logo que surgiram as primeiras especulações sobre quem integraria a Comissão Nacional da Verdade, dando como favas contadas que a presidente Dilma Rousseff honraria a INCONCEBÍVEL,INACEITÁVEL e DESONROSA promessa feita à bancada evangélica no Congresso, de não indicar nenhuma vítima direta da --militante torturado(a) pela-- ditadura de 1964/85, lancei minha anticandidatura, primeiramente como forma de protesto. 

NUNCA ADMITIMOS SER IGUALADOS AOS NOSSOS ALGOZES, que tentam justificar suas atrocidades com a  desconversa de que os dois lados cometeram excessos. E o veto tanto aos criminosos da ditadura quanto aos antigos resistentes significava exatamente isto, a presunção de que ambos seriam identicamente inconfiáveis.     

Pensei também numa remota hipótese de mexer com os brios da esquerda, fazendo com que ela saísse de sua tradicional posição majoritária de atrelamento incondicional ao governo petista (enquanto a minoritária é de apenas negar tudo que o governo do PT faz e ficar de fora criticando). Sonhava vê-la levantando a bandeira da não capitulação diante dos parlamentares reacionários.

A presença de pelo menos um membro aguerrido seria fundamental para dificultar a previsível acomodação diante da resistência da caserna à revelação da verdade. 

Alguém precisava pagar para ver quando os militares blefassem, como blefaram no célebre episódio do ultimatum do alto comando do Exército ao Governo Lula, em 2007.  

Sabendo que meu nome não uniria a esquerda, várias vezes citei o companheiro Ivan Seixas, o grande responsável pelo resgate das ossadas de Perus, como segunda possibilidade. Se houvesse alguma mobilização para apoiá-lo, eu seria o primeiro a aderir, abdicando da minha anticandidatura.

Clamei no deserto. Os petistas e os caudatários do petismo se comportaram como tais e não como sobreviventes de uma carnificina na qual foram imolados alguns dos melhores cidadãos que este país já produziu. E os derrotistas deram a batalha por perdida sem sequer travá-la, como sempre.

Empossada há nove meses, o que essa domesticada comissão da verdade realmente produziu, afora a correção de um atestado de óbito famoso, retumbantes divulgações acerca do que todos estávamos carecas de saber e miudezas em geral? Valeu a pena a esquerda ter trocado a exigência de cumprimento da decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, de punição dos carrascos do Araguaia, por prêmio de consolação tão ínfimo?

Se alguém ainda tinha dúvidas a respeito do verdadeiro papel dessa CNV, a entrevista que o escritor Marcelo Paiva deu à Folha de S. Pauloneste sábado (09) é suficiente para as desfazer, ao revelar que, sob seu nariz, os militares sequestraram o arquivo confidencial do coronel Júlio Miguel Molinas, ex-chefe do DOI-Codi do Rio de Janeiro: 
"...um dia depois da morte dele [1º/11], houve uma operação do Exército que cercou a casa e levou caixas e caixas de documentos. A CNV é que deveria ter chutado a porta do cara com um grupo de investigadores de alto nível, porque afinal é uma comissão oficial do governo brasileiro. Devia ter pegado essas caixas".
Adiante, o Exército entregou à CNV apenas e tão somente os textos referentes ao assassinato de Rubens Paiva e ao atentado do Rio Centro. O que mais haveria? 

Nunca saberemos, pois, mesmo que a Comissão exija agora o acervo total, não haverá como determinar-se se foram subtraídos os documentos mais melindrosos. O Exército tem uma longa tradição de os incinerar, como até o Fantástico contatou, no episódio da base aérea de Salvador

Isto para não falar da grande queima de arquivos do segundo semestre de 1981, quando quase 20 mil documentos secretos foram reduzidos a cinzas.



Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Blog do Desprof. Peixoto

O consistório do pós-crise


Passados cinco anos de implosão da ordem neoliberal, o sistema capitalista está longe de dizer 'habemus papam'. 

Entre a austeridade imposta à Europa e a liquidez contracíclica dos EUA, seus cardeais ora parecem hesitar, ora ganhar tempo. 

Nesta 4ª feira (13), os dois lados da crise transatlântica convergiram para um meio fio que os elucida mais que todas as palavras e aparências. 

A ideia é criar um grande 'nafta' europeu/norte-americano, 'equivalente à metade da produção mundial' (leia a reportagem de nosso correspondente em Londres, Marcelo Justo).

Labirínticos acordos de eliminação recíproca de tarifas terão que ser vencidos para o desfecho da crise redundar nessa imensa 'pátria grande dos livres mercados'.

A bandeira motivacional é defender ambas as margens do avanço implacável da concorrência chinesa.

Do ponto de vista social significa algo do tipo: façamos com o emprego, a indústria, agricultura e os serviços aquilo que a concorrência oriental faria de qualquer jeito. 

O relevante nesse aceno do consistório conservador é o fato de dobrar a aposta na mesma lógica que jogou a humanidade na pior crise desde os anos 30.

O papel reservado a governos e Estados no processo é o de sempre. E estrito: desregular, desbastar, escalpelar direitos, abrir espaços ao livre fluxo dos capitais e negócios. 

E seja o que Deus quiser.

O combustível da corrida são as inovações tecnológicas assadas em fogo alto nos laboratórios das corporações globais, que tem escala e capital para isso.

De novo: 'e seja o que Deus quiser'.

Externalidades como o custo adicional em pobreza e desigualdade, ademais da soberania dos povos, ficam a cargo do poder de ajuste e convencimento dos respectivos centuriões locais.

Aécios Neves estão, como sempre estiveram, disponíveis nas mais remotas latitudes. Sua caixa de ressonância midiática, idem. 

Há poucos dias a banca europeia fechou a conta de seu desempenho em 2012: 55 mil demissões. 

A pátria sem fronteiras dos acionistas aplaudiu.

Ajustes e aplausos equivalentes ocorrem em todas as áreas e nos diferentes pontos cardeais do planeta, mediante números equivalentes.

A república dos dividendos gostaria que algo parecido acontecesse com a Petrobrás no Brasil. Cortes; redução drástica de conteúdo nacional nas encomendas; bombeamento maciço de óleo para exportação; zero de novas refinarias. E por aí afora.

Um feérico exercício de musculatura desse quilate está em marcha urbi et orbi.

Dele emergirá o novo papado. A nova ordem pós-crise.

Não dos cardeais da austeridade europeia; nem dos discursos bonitos do cardeal Obama. 

O efeito em cadeia da recomposição global de massa muscular é imaginável.

O contraponto à modelagem unilateral do futuro requer algum nível de comando do Estado sobre a economia e o mercado.

A extensão e o calibre dessa ordenação pública depende da equação política de cada sociedade

É o que o Brasil de Dilma, a Argentina, de Cristina, a Venezuela de Chávez e Maduro, a Bolívia e o Uruguai tentam implementar de acordo com o acumulo de forças interno em cada caso.

Estados egressos de décadas de desmonte neoliberal não foram suficientemente regenerados - mesmo por que não se trata simplesmente de reeditar o estatismo autoritário, mas ir além, e criar espaços de socialização do planejamento público, como as conferências setoriais realizadas no governo Lula sinalizaram.

Na realidade concreta improvisa-se da mão para a boca na tentativa de assumir o comando dos destinos nacionais.

Altos e baixos, avanços e hesitações formam a norma, distante da desejável coerência linear. 

Um episódio resume todos os demais.

O governo Dilma acaba de redefinir a margem de retorno dos projetos de infraestrutura oferecidos à iniciativa privada.

O capital privado tem caixa e interesse em investir e o país necessita desse investimento. 

O governo Dilma reajustou a taxa de retorno original considerada baixa pelo mercado. 

Não renunciou à prerrogativa de planejar o país e definir os projetos prioritários a serem implementadas, ademais de fixar o seu prazo, a qualidade e a taxa de retorno correspondente.

Mas cedeu um percentual maior na remuneração do investimento.

Poderia ter feito diferente?

Poderia ter confiscado o caixa ocioso das empresas com uma brutal taxação sobre a aplicação financeira?

Em teoria, sim. Na prática, a equação política permitiu outra solução: previamente o espaço de fuga do capital ocioso foi comprimido cortando-se significativamente a taxa de juros que serviria de abrigo confortável e seguro à liquidez. 

O saldo é quase o mesmo; a fricção política, menor.

Ambas as escolhas refletem os ares do mundo.

Vive-se uma corrida contra o tempo. 

E o governo Dilma não escapa ao tique-taque implacável dos ponteiros.

Ou o país desencadeia um novo ciclo de investimentos com algum grau de racionalidade pública - o maior possível; ou a lógica selvagem das grandes corporações acabará modelando o futuro brasileiro no pós-crise.

A esquizofrenia midiática que acusa Dilma ora de intervencionista, ora de privatizante 'à la FHC', abstrai as variáveis estratégicas em jogo, omite as implicações sociais distintas entre um desfecho e outro.

Na verdade, o papado de sua preferência é conhecido.

Abortado por Lula na primeira tentativa, quem sabe o país não pega o último bonde da 'nova grande nafta', preconizada pelos EUA e a UE como saída para a crise global?

Vai por aí o jogo de forças do consistório em marcha. 

Diante dele os países em desenvolvimento tem que articular a sua melhor resistência, no menor tempo possível.

Ou serão asfixiados pela fumaça que anunciar o 'habemus papam'.

Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: A Carta Maior

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mais um metalúrgico é vítima de grave acidente de trabalho na Teksid do Brasil em Betim


Mais um grave acidente de trabalho foi registrado na metalúrgica Teksid do Brasil, empresa do Grupo Fiat, situada em Betim. Desta vez, a vítima foi o metalúrgico Pedro Tavares Neto, que trabalhava no setor de Fornos, na manhã da última quinta-feira, 24. O trabalhador foi socorrido no Hospital Santa Rita e, posteriormente, encaminhado ao Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.
Segundo informações obtidas pelo Sindicato, o metalúrgico passou por cirurgia e encontra-se no CTI. Até o momento, seu estado de saúde não foi informado.


Tão logo tomou conhecimento do acidente, a direção do Sindicato entrou em contato com a Teksid e solicitou uma reunião em caráter de urgência para tratar do assunto. Na reunião, realizada na manhã de desta sexta-feira, 25, o Sindicato cobrou explicações sobre o acidente e pediu uma reunião com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e os técnicos de segurança do trabalho da empresa para discutir as questões referentes à segurança do trabalhador da fábrica.
Em 2012, foram registrados vários acidentes graves na planta da Teksid, que resultaram em três mortes. Em todos os casos, o Sindicato cobrou da empresa mudanças e melhorias nas condições de trabalho e segurança na fábrica, para evitar novos casos de acidentes. O Sindicato também denunciou os casos e pediu providências às autoridades competentes.
417 acidentes em 4 anos
A lista de acidentes de trabalho ocorridos na planta da Teksid nos últimos anos é extensa. Conforme levantamento realizado pelo Sindicato, entre 2008 e 2012 ocorreram 417 acidentes na Teksid e na Nemak – empresas que funcionam no mesmo local. O número é baseado nos Comunicados de Acidentes de Trabalho (CATs) que foram enviadas à entidade.
Para o presidente do Sindicato, João Alves de Almeida, as empresas investem muito em tecnologia, produtividade e qualidade de seus produtos, mas não se atentam para o principal, que é a vida humana.
“A Teksid e a Nemak, particularmente, não podem continuar a tratar com descaso as condições de segurança e a vida dos trabalhadores, tampouco seguir com sua política de comprar mandatos de cipeiros e impedir o trabalho eficaz de prevenção de acidentes”, alerta.
Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Blog CTB/MG

Máfias e dinheiro fácil no esporte


Seriam 425 jogadores, árbitros, dirigentes e outros intermediários envolvidos no maior escândalo de manipulação de resultados na história do futebol. Nada menos do que 680 partidas disputadas principalmente no Velho Continente, mas também na África, Ásia e na América Latina, entre 2008 e 2011, teriam sido “compradas”, segundo a Europol.

A sede dessa rede mafiosa, em Singapura, teria ramificações mundo afora.

Segundo a rede noticiosa BBC, somente no campeonato alemão foram injetados 16 milhões de euros, para um retorno de 8 milhões de euros.

E o quadro é ainda pior do que parece. Rob Wainwright, o diretor da Europol, diz que as últimas revelações são “apenas a ponta do iceberg”.

A Europol é a polícia da União Europeia que combate a criminalidade organizada.

No esporte mais popular do mundo, o mais importante é o dinheiro fácil. E aqueles injustos cartões vermelhos e gols anulados fazem sentido nesse campo comandado pelas máfias internacionais.

No entanto, sabemos que a corrupção rola solta no futebol faz tempo. De fato, o senhor Sepp Blatter, presidente da FIFA, poderia estar envolvido em mais este caso de corrupção: qualificações para a Copa do Mundo fariam parte desse esquema mafioso desmantelado pela Europol.

E na semana passada, o semanário francês France Football revelou que houve pouca transparência por parte da Federação Internacional de Futebol ao confiar a organização da Copa de 2022 ao Catar.

É claro, essa corrupção a permear o futebol não é de hoje. Antes de Blatter tivemos outros nebulosos administradores, como o brasileiro João Havelange.

Mais trágico ainda é o fato de que não são somente entusiastas do futebol a sofrer com essas revelações. Escassos dias atrás, vimos o ex-ciclista Lance Armstrong admitir com sua cara de jogador de poker que sem coquetéis de drogas jamais teria vencido sete Tours de France.

Lavagem de dinheiro, drogas e partidas “compradas”. Nós, mortais, nem sequer nos identificamos mais com os superatletas, quase todas e todos super drogados.

Somente agora as organizações de tênis se deram conta que os tenistas também poderiam estar tomando coquetéis de drogas. Os testes para esses atletas não têm sido tão rigorosos.

Diante de materiais que aumentam a velocidade da bola, tenistas cada vez mais parecidos com super-heróis, os quais, após partidas intermináveis, se recuperam para jogar no dia seguinte (e eles não têm como evitar esse ritmo, dado o crescente número de torneios e patrocinadores), cabe a seguinte pergunta: o tênis, como o ciclismo, o futebol e outros esportes não estaria também mergulhado nesse mundo no qual o vencedor é o empresário, ou mafioso, e não o torcedor em busca daquela jogada que o coloca em estado de êxtase?

Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Blog do Miro

MENSALÃO TUCANO - JOAQUIM BARBOSA PODE DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA DE EDUARDO AZEREDO (PSDB) CLÉSIO ANDRADE E MARES GUIA

MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS APONTA QUE OS INDICIADOS ESTÃO AMEAÇANDO DE MORTE FAMILIARES DE VÍTIMA, TESTEMUNHAS E ADVOGADOS.
Vejamos o quanto o Presidente do STF e o próprio tribunal, estão de verdade, dispostos a fazer JUSTIÇA. Vamos ver se, aceito o pedido de prisão por parte de Joaquim Barbosa, a Mídia e a oposição, continuarão a lhe dar os "aplausos" de agora.

Tendo em vista que Clésio Andrade, Eduardo Azeredo, Walfrio dos Mares Guia, além de outros já indiciados no Inquérito 3530, continuam praticando crimes de toda natureza e a pena prevista neste fato em concreto é superior a 4 (quatro) anos, e as ameaças às vítimas, testemunhas e advogados, já passaram e a muito do limite aceitável, a acusação reiterou, no dia 15 de janeiro, o pedido de prisão preventiva dos indiciados.

Trata-se de inquérito aberto pelo Ministério Publico de Minas Gerais e encaminhado para o STF em função da prerrogativa de fórum do senador Clésio Andrade (PMDB) e do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), que são acusados de tentativa de homicídio contra familiares do denunciante da Lista de Furnas e do Mensalão do PSDB, Nilton Monteiro.

A expectativa sobre o andamento deste inquérito e muito grande, principalmente depois de juntado nos autos documentos que comprovam relação entre o investigado e investigados com o assassinato da modelo mineira Cristiane Aparecida Ferreira e com a Lista de Furnas.

Ambos os processos sujeitos a serem requisitados por Barbosa devido à conexão que enseja a reunião de processos, para processamento e julgamento simultâneo, com o escopo de evitar decisões contraditórias, tudo em conformidade com o princípio da economia processual.

O processo relativo à Lista de Furnas vem tramitando na justiça do Rio de Janeiro e da morte da modelo em Belo Horizonte, provas demonstram que a modelo, além de ter recebido sem qualquer justificativa comercial, na época, a importância de R$ 1.800.000,00 de Walfrido dos Mares Guia, atuou transportando valores milionários a serviço do esquema. 

No entender de diversos criminalistas que se dedicam ao caso, a morte da modelo não foi um crime passional em relação ao seu namorado, Cristiane estaria jurada de morte por esposas de diversos figurões da sociedade mineira.

Segundo um dos criminalistas que atua no caso, o assassinato da modelo realmente foi cometido por Reinaldo Pacífico conforme sua condenação, porém, provas e evidências demonstram que houve um ou mais mandantes, porque Cristiane tornara-se “perigosa”, para o esquema, pois além de conhecer toda operação, mantinha relação amorosa com os principais operadores do esquema, desta forma, no entendimento destes criminalistas, a morte da modelo foi uma queima de arquivo.

Segundo o mesmo criminalista, “comprovadamente Cristiane mantinha um caso amoroso com o presidente da Cemig Dijalma Moraes, com o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o ex governador Newton Cardoso, entre outros operadores do esquema”.

Azeredo, Clesio e Walfrido também são réus na ação penal relativa ao Mensalão do PSDB e segundo um ministro aposentado, “será através deles que o judiciário, querendo, porá fim a mais de duas décadas de desmandos e corrupção em Minas Gerais.”

Documentos e provas existentes nos autos demonstram como operou a organização criminosa em Minas Gerais, assassinando, fraudando, corrompendo e subornado juízes desembargadores, promotores, procuradores, delegados e peritos. 

Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: 007BONDeblog

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Em meio à crise política, Rajoy viaja a Berlim para tentar acordo com Merkel

O chefe do governo espanhol quer financiar projetos e espera empréstimos de fundos europeus, principalmente, os alemães
Em meio à crise política que abala seu governo, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, se encontra nesta segunda-feira (04/02) em Berlim com a chanceler alemã Angela Merkel para convencê-la a um acordo financeiro. O governo tem uma série de projetos em curso, alguns já bem avançados, o que inclui acordos entre sindicatos e empregadores. Mas, segundo o El País, o governo precisa de dinheiro para financiar este projetos e espera empréstimos de fundos europeus, principalmente, os alemães.

Rajoy negou ter recebido pagamentos ocultos em sua primeira explicação pública desde o aumento do escândalo de corrupção

Merkel já havia dito que estava muito preocupada com os níveis de desemprego de jovens na Espanha e que teria de pensar sobre medidas temporárias para "ajudar" o governo espanhol. Por isso, afirmou o El País, Rajoy quer pedir que a chanceler complete suas palavras e detalhe seus programas de empréstimo ao espanhóis.

Esta deverá ser a primeira vez que o presidente responderá a perguntas relacionadas ao escândalo de corrupção que atingiu ele e outros membros de seu partido. Nas últimas semanas, jornais espanhóis relataram que centenas de milhares de euros foram enviados para as contas do partido durante o período compreendido entre meados dos anos 1990 e 2000.
Parte desses recursos teria sido enviado por executivos do setor de construção civil e de outros setores empresariais, cujas empresas tentaram fechar contratos com o governo. O El País disse que os principais líderes receberam milhares de euros por ano em dinheiro vivo em envelopes. Em editorial, o jornal britânico Financial Times disse que Rajoy está lutando por sua sobrevivência política.

No sábado, em meio a mais grave acusação de corrupção que envolve o PP espanhol, Rajoy negou ter recebido pagamentos ocultos em sua primeira explicação pública desde o aumento do escândalo sobre os supostos salários extras pagos durante anos à cúpula da legenda por seu ex-tesoureiro Luis Bárcenas. "Nunca recebi nem dividi dinheiro oculto, nem neste partido nem em nenhum lugar", afirmou Rajoy.

Oposição

O secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Obreiro Espanhol) e líder da oposição, Alfredo Pérez Rubalcaba, pediu neste domingo (03/02) que o chefe do Governo, Mariano Rajoy, deixe o cargo devido ao escândalo de corrupção.

Para Rubalcaba, Rajoy é "um empecilho" e "não pode dirigir o país em um momento tão delicado como este". Segundo o opositor, o governante está "longe de ser uma solução" para os problemas da Espanha, "se transformou em um problema a mais" e por isso lhe pediu que "deixe a presidência do Governo".
Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Opera Mundi

Argentina devia “censurar” o FMI.


O Fundo Monetário Internacional (FMI), organismo responsável pela quebradeira de várias economias do mundo e pelo desemprego e miséria de milhões de habitantes no planeta, divulgou na semana passada uma moção de “censura” ao governo da Argentina. A nefasta instituição alega que o governo do país vizinho manipula os índices de inflação. A “censura” é o primeiro passo de um processo que pode resultar na expulsão da Argentina do FMI, como se este organismo prestasse para alguma coisa nos dias atuais.


Aristocrática e petulante, a capataz do órgão, Christine Lagarde, já havia antecipado a medida em setembro passado. Na ocasião, ela afirmou que “a Argentina já tem o cartão amarelo, agora tem de escolher se quer o cartão vermelho”. De pronto, a altiva presidenta Cristina Kirchner respondeu durante a assembleia da ONU: “A Argentina não é um time de futebol, mas sim um país soberano”. Agora, o FMI volta à carga com sua “censura”. O organismo que destrói as economias europeias volta a meter o bedelho na América Latina.

Os argentinos e latino-americanos sabem o que significa o famigerado FMI. No triste reinado de FHC, o Brasil ficou recém deste antro que representa os interesses dos banqueiros. Os três acordos firmados com o Fundo resultaram em milhares de demissões, retirada de direitos trabalhistas e brutal arrocho salarial. No caso da Argentina, a presidente Cristina, juntamente com seu marido, projetou-se exatamente por combater suas receitas amargas, que levaram o país ao colapso. Quem, de fato, merece a censura dos povos é o FMI!

Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Blog do Miro.