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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O Farinhaço: A verdade da Direita em Minas

Verba do Senado pagou combustível de helicóptero apreendido com drogas

O senador Zezé Perrella (PDT-MG) também usou verba indenizatória do Senado para abastecer a aeronave apreendida no fim de semana passado com 443 quilos de cocaína. Desde que o pedetista assumiu a vaga de Itamar Franco (PDMB-MG), morto em julho de 2011, a Casa desembolsou mais de R$ 104 mil com verba indenizatória para custear notas de abastecimentos apresentadas pelo gabinete de Perrella, sendo que parte desta verba foi destinada ao combustível do helicóptero Robinson R-66.
A maior concentração de gastos ocorreu em 2012, ano eleitoral. Neste período, o Senado desembolsou R$ 55 mil com abastecimento para Zezé Perrella. Este tipo de gasto chegou a R$ 38 mil em 2011 e, até outubro deste ano, a Casa reembolsou o senador em outros R$ 11 mil com combustíveis.
O helicóptero apreendido por meio de operação conjunta da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo e da Polícia Federal está registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda, fundada por Zezé Perrella e posteriormente transferida para seus filhos, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), de Minas Gerais, e Carolina Perrella, além do sobrinho André Almeida Costa. A aeronave é a única da família.
Apesar dos gastos com o abastecimento do helicóptero, feito principalmente na Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda, o Senado ainda desembolsou R$ 58 mil reais de verba indenizatória para o ressarcimento de notas de passagens aéreas apresentadas por Zezé Perrella desde que ele assumiu o cargo.
Segundo a assessoria do senador, todos os gastos feitos pelo Senado com abastecimento da aeronave, que ainda está apreendida, foram relativos ao uso do helicóptero para atividade parlamentar.
Estado tentou falar com Zezé Perrella, mas ele não atendeu nenhum dos celulares.
Depoimentos


Na tarde desta quarta-feira, o deputado Gustavo Perrella e sua irmã Carolina prestaram depoimentos na sede da Polícia Federal em Minas Gerais. Eles foram ouvidos pelo delegado Elster Lamoia, do setor de entorpecentes da Superintendência da instituição em Minas, a pedido do delegado Leonardo Damasceno, que preside o inquérito instaurado pela PF no Espírito Santo.
Os dois negaram que soubessem da carga transportada pelo piloto Rogério Almeida Antunes, também funcionário da Limeira, e alegaram que o empregado havia informado que faria um voo para São Paulo, omitindo a viagem ao município de Afonso Cláudio (ES), onde foi flagrado com a droga. Antunes, que também ocupava cargo na Assembleia Legislativa de Minas por indicação de Gustavo Perrella até a última terça-feira, continua preso no Espírito Santo.
PS do Viomundo: O grau de sofisticação do “jornalismo isento” do Jornal Nacional foi o de sempre, esta noite. A repórter vibrou com o pedido de isonomia no tratamento dos presos da Papuda (justo, mas inédito na história do JN), a bancada abrigou olhares condenatórios sobre o emprego dado pela CUT a Delúbio Soares — como se fosse um crime –, e uma reportagem enfatizou o depoimento do piloto que livra os Perrella no caso do heliPóptero, sem citar que o deputado estadual Gustavo primeiro disse que o helicóptero havia sido “roubado” pelo piloto, mas agora admite ter recebido mensagem dele sobre um “frete”. Finalmente, a reportagem sobre as acusações dos tucanos ao ministro da Justiça foi um trabalho genial, no qual o repórter da casa apareceu a todo momento dando suporte informativo e visual à tese dos tucanos. Parabéns, Ali Kamel, pelo menos agora o JN não se refere a governo tucano sob suspeita como “governo anterior”
Farinhaço: A poeira que vai para debaixo do tapete


‘Farinhaço’ na ALMG cobra apuração de droga em helicóptero de deputado
Grupo usou farinha em alusão à cocaína apreendida no ES.
 Gustavo Perrella (SDD) é dono da empresa que possui a aeronave.
Um grupo de manifestantes se reuniu, na tarde desta quinta-feira (28), em frente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, em um protesto contra a apreensão de um helicóptero da família do deputado Gustavo Perrella que carregava 445 quilos de cocaína. Na manifestação, que eles chamaram de “farinhaço”, eles pediram que seja plenamente investigada a apreensão da aeronave, feita pela polícia em uma fazenda no interior do Espírito Santo, no último domingo.
O comunicador Daniel Quintela se apresentou como “dono do helicóptero” que representava a aeronave de Perrella. Ele diz que o desejo dos manifestantes é que o Ministério Público e a polícia investiguem com imparcialidade o crime e que os reais responsáveis sejam punidos. “Estamos aqui para manifestar, para expor a poeira que estão tentando esconder debaixo do tapete”, disse.
No fim da tarde, o 1º secretário da ALMG, Dilzon Melo, recebeu uma comissão de manifestantes, representando a presidência da Casa. Os integrantes do ato cobraram a abertura de uma CPI para investigar “os danos que a família Perrella vem causando ao estado”.
Eles citaram outros episódios envolvendo a família, que foram objeto de investigação da polícia, como a fraude em licitações para compra de merenda. 

Em resposta, Melo citou as providências já tomadas pelo Legislativo e afirmou que, assim como os manifestantes, quer uma resposta sobre o caso, mas ressaltou que a ALMG não pode cometer injustiças.
A aeronave foi flagrada no domingo (24) em Afonso Cláudio, na Região Serrana do Espírito Santo, com 445 quilos de cocaína. Quatro pessoas foram presas, entre elas o piloto, que era, então, funcionário da empresa de Perrella e também servidor da Assembleia. Ele foi demitido e exonerado.
Foto reproduzida na página do Farinhaço no Facebook
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reembolsa, por meio da verba indenizatória, ocombustível do helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, de propriedade do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD). A informação está no Portal de Transparência da ALMG e foi confirmada pelo advogado da família, Antônio Castro, nesta quinta-feira (28).
Castro afirmou que o deputado usava a aeronave, em 90% das vezes, para o trabalho político. Os outros 10%, conforme o advogado explicou, eram para uso familiar e de lazer, e pagos particularmente. O advogado não falou sobre os destinos usados.
Entre janeiro e outubro deste ano, o parlamentar gastou R$ 14.078,31 com querosene para avião. Apenas nos meses de fevereiro e abril é que não foram feitos abastecimentos com a verba pública. Nos meses de junho e setembro, o deputado gastou cerca de R$ 3,5 mil, em cada mês, em combustível para o helicóptero.



PS do Viomundo: Na verdade, nos informam os leitores, o helipóptero levava pasta-base, com resultado final muito maior na produção de cocaína.

Fonte: Viomundo

A revista Veja vai fechar?


Em entrevista ao jornal Valor nesta quinta-feira (28), Giancarlo Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril - que edita a asquerosa revista Veja - anunciou que a empresa está mudando o foco das suas atividades. Num linguajar tipicamente patronal, ele informou que o objetivo é montar uma estrutura "mais enxuta" - o que significa, na prática, mais demissões e arrocho salarial. "O que eu venho defendendo é que a editora é um pilar, mas temos também outros pilares, que valem ser desenvolvidos", afirmou. Seu plano empresarial visa fortalecer o setor de livros didáticos e cortar os investimentos na área das revistas - o que deve fazer tremer os adoradores da Veja.


Neto de Victor Civita, o direitista importado dos EUA na década de 1950, Giancarlo aposta tudo na Abril Educação e na DGB, que opera na distribuição e logística. "No grupo Abril nós temos mais de 80 empresas. Estamos fazendo uma reestruturação para que essa estrutura fique mais simples, mais limpa, para que seja uma estrutura mais eficiente do ponto de vista fiscal", explica. Enquanto estes dois setores crescem, o Valor informa que a divisão das revistas tem um desempenho preocupante. "A receita deste ano, que deve chegar a R$ 2,7 bilhões, vai ser 'flat' [sem crescimento]", afirma Fábio Barbosa, que comanda esta divisão. "Estamos tentando adiar a queda da curva da receita".


A entrevista dos dois chefões do Grupo Abril ao jornal Valor confirma a violenta crise no setor de revistas deste império midiático. Nada indica, porém, que a abjeta revista Veja esteja com seus dias contados. Ela pode até dar prejuízo, mas é um instrumento indispensável das elites dominantes para interferir nos rumos políticos do país. Além disso, ela conta com os bilionários anúncios publicitários dos governos tucanos e com a ajudinha da Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência da República, que deve ter alguma complexo masoquista. 

Fonte: Blog do Miro

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Programa analisa os riscos do uso excessivo de agrotóxicos

 
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e para discutir os meios para reduzir os impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana decorrentes do uso excessivo de defensivos e pesticidas o apresentador Luis Nassif receberá no programaBrasilianas.org desta noite, às 20h, na TV Brasil, o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, o professor de Gestão Ambiental na USP Leste, Luis Cesar Schiesari e o coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Orlando Melo de Castro.
 

 
Uma pesquisa divulgada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou que 36% das amostras de frutas e verduras analisadas em 2011 continham irregularidades na presença de agrotóxicos, contra 29% das amostras analisadas em 2012. A utilização dessas substâncias químicas em grande quantidade, além de prejudicar a saúde humana, é capaz de causar desequilíbrios ambientais com impactos negativos sobre a produção de alimentos.
Fonte: Luis Nassif On Line

CTB e centrais prometem mobilizar milhares por mais salários e menos juros

BANNER-CTB-300X250PXEm reunião nesta sexta-feira (22) na capital paulista, representantes das centrais sindicais brasileiras definiram o ato que ocorre na terça-feira (26) em frente ao Banco Central, em Brasília. “A concentração começa às 10h e o ato político está marcado para começar às 11h”, declara Paschoal Carneiro, secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas da CTB. 
Foi definido o slogan Menos Juros, Mais Salários, denunciando a política desenvolvida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, com sucessivas altas dos juros, o que acarreta perdas irreparáveis para a classe trabalhadora, prejudica a produção e favorece o setor financeiro, que não gera empregos. “Todas as centrais confirmaram presença e terão direito a dois oradores e cada central poderá escolher um parlamentar para discursar também”, explica Paschoal.
A expectativa dos organizadores do ato é da presença de pelo menos 5 mil pessoas em Brasília no dia 26 para mostrar a força da classe trabalhadora unida para mudar a economia do país rumo ao desenvolvimento independetne do mercado internacional e para isso contam com a mobilização das estaduais das centrais, assim como dos sindicatos, porque “interessa a todos os trabalhadores reduzir os juros e aumentar os salários”, define o dirigente da CTB.
A taxa Selic está em 9,5% atualmente e pode ultrapassar os dois dígitos em breve a continuar nesse ritmo. Por isso, a mobilização das centrais sindicais em mais esse ato unificado. A CTB empreende todos os esforços para enviar milhares de militantes nos eventos mais importantes para empoderar a classe trabalhadora na luta contra os interesses do capital (saiba mais aqui). A CTB sempre na luta com os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Fonte: Portal CTB

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia da Consciência Negra: Movimentos saem às ruas pelo fim do genocídio da juventude

Ato marca o aniversário da morte de Zumbi, líder da revolução do Quilombo dos Palmares; além de São Paulo, outras capitais também se mobilizarão
O fim do genocídio da juventude negra e periférica, a desmilitarização da polícia e a defesa da Lei 10639, que traz a história e cultura afro-brasileira para todas as escolas públicas e particulares, serão algumas das reivindicações da 10ª Marcha da Consciência Negra de São Paulo.
O ato ocorre nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra. A data marca o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, líder da revolução do Quilombo dos Palmares, marco da luta pelos direitos dos negros no país.
A concentração começa às 11h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. A passeata sairá às 14h30 até a Praça da República, no centro da cidade.
Apresentações
Além do ato, artistas ligados a cultura afro farão diversas apresentações amanhã (20) no centro de São Paulo. Na Praça das Artes, nomes celebrados da soul music brasileira, como Di Melo, Tony Tornado, Hyldon e Gerson King Combo, irão se apresentar no festival Mestres da Soul, a partir das 14h.
No Vale do Anhangabaú, várias vertentes da música negra e outras atividades, como saraus e oficinas, ocorrem desde a tarde de hoje (19) até a noite de amanhã. Artistas como Izzy Gordon, Rappin Hood, Lurdez da Luz, Arlindo Cruz, Turma do Pagode, Dexter, Emicida e o norte-americano Keith Sweat se apresentarão no local.
Na Ocupação Mauá, prédio localizado na região da Luz, também no centro, o rap tomará espaço. A partir do meio dia, tem apresentação dos grupos Facção Central, Liberdade e Revolução e Katarse . O imóvel, ocupado por 273 famílias, também foi cenário de boa parte do clipe da música Marighella, do grupo Racionais MCs, no ano passado.
Na periferia da zona norte paulistana o CEU Paz terá na programação uma feira literária com os saraus Elo da Corrente (Pirituba) e Sarau da Brasa (Brasilândia), além das apresentações de Aláfia, Akins Kintê, Lews Barbosa, entre outros.
Além de São Paulo, outras capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Distrito Federal e Recife, também realizarão atos e debates sobre a luta e resistência dos negros no Brasil.
Em Brasília, um ato organizado pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos começa às 17 horas no Hall da Taquigrafia, anexo II da Câmara dos Deputados.
Em Minas Gerais, a UNEAFRO convocou manifestação na Praça Sete, em Belo Horizonte (BH), às 17 horas.
Já em Pernambuco, às 15 horas, acontece a 10ª celebração da Consciência Negra em que o Grupo Mulher Maravilha e a Comunidade Quilombola Queimada dos Filipes farão ato pela afirmação e autonomia das comunidades quilombolas do Sertão do Pajeú e Moxotó, no Quilombo Queimada dos Filipes, em Iguaracy. Mais informações aqui.
Fonte: Brasil de Fato

Por que os jovens estão abandonando o Facebook?

Facebook admite queda no acesso diário ao seu site. Jovens passam menos tempo na rede social mais famosa do mundo, e a razão é que a diversão foi para outros lugares


O Facebook admitiu recentemente uma queda no acesso diário ao seu site, em especial entre usuários adolescentes.
O anúncio confirmou o que já havia sido sugerido por um estudo da organização americana Pew Center: a rede social está perdendo popularidade entre os jovens e adolescentes.
“Agora o Facebook me cansa. Só uso para ver vídeos”, disse Maria Luque, uma adolescente de 14 anos.
Apesar da maioria dos jovens ainda manter o perfil ativo, agora eles passam menos tempo na rede social mais famosa do mundo. E a razão é que a diversão foi para outros lugares.
Os adolescentes agora estão concentrando suas atividades em outras redes, como Twitter e Instagram, e em aplicativos de mensagens via telefone celular, como o WhatsApp.

Twitter

Os dados mais recentes da consultoria Piper Jaffray sugerem que o Twitter se transformou na rede social mais importante para os adolescentes, tirando o Facebook do topo
Os números coincidem com dados do Pew Center que dizem que o uso do Twitter entre jovens cresceu 50% em um ano. “Há um ano, apenas 16% dos usuários jovens usava o Twitter. Agora, um quarto deste grupo usa (o Twitter)”.
Segundo os números de 2012 do portal Pingdom, que acompanha tendências na internet, a idade média do usuário do Facebook é de 40,5 anos, enquanto que a do usuário do Twitter é de 37,3 anos.
Em termos percentuais, o grupo mais importante do Facebook são as pessoas entre 45 e 54 anos de idade (pouco mais de 30% em comparação aos menos de 10% de pessoas entre 18 e 24 anos). O Twitter por sua vez, tem uma distribuição mais uniforme: cada um destes grupos representa cerca de 20% do total.
Em um prazo de dois anos e meio, o usuário médio da rede criada por Mark Zuckeberg “envelheceu” dois anos, enquanto que o da rede concorrente ficou dois anos mais jovem.

WhatsApp

Mas, se o Twitter está destronando o Facebook como mídia social preferida entre os jovens, vale lembrar que o aplicativo WhatsApp tem mais usuários que a rede social dos 140 caracteres.
Segundo a revista Mobile Marketing, o WhatsApp tem mais de 350 milhões de usuários em todo o mundo, enquanto que o Twitter tem 218 milhões.
E os usuários que mais usam o aplicativo têm menos de 25 anos.
Para da razão da crescente popularidade do WhatsApp está justamente na busca por mais independência; os jovens se sentem mais à vontade longe da geração de seus pais.
“É normal que os adolescentes tentem se separar dos adultos. Se eles sentem que estão sendo observados pelos adultos, é natural que se afastem (do Facebook e do Twitter)”, disse à BBC Mundo a psicóloga Esther Ana Krieger.
Muitos pais tem perfis no Facebook, o que significa que a rede não é tão privada assim. Neste sentido, deixou de ser uma plataforma que os adolescentes sentem como algo exclusivo e absolutamente deles.
Os aplicativos de mensagem para celulares oferecem, entre outras coisas, esta privacidade que muitos jovens sentem que perderam ao ser observados por seus pais.
Além disso, ao contrário do Facebook, onde os jovens estão abertos a centenas de “amigos” que muitas vezes são pessoas que mal conhecem, estes aplicativos promovem conversas dinâmicas com diferentes grupos de amigos próximos.
E a disponibilidade é outra vantagem. Nas palavras da adolescente Maria, “é muito fácil usar os aplicativos para celular, pois você leva o telefone sempre com você”.
Fonte: Pragmatismo Político

Popularidade de Obama despenca, e Romney venceria se eleição fosse hoje, diz pesquisa

Desde que chegou à Casa Branca em 2009, presidente norte-americano nunca teve índice tão alto de desaprovação

Barack Obama atingiu o pior índice de aprovação desde que chegou à Casa Branca em 2009. Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (19/11) pela ABC News, a popularidade do presidente norte-americano despencou nos últimos meses, perído em que houve a paralisação do governo e o embate entre o mandatário e o Partido Republicano por conta do "Obamacare", plano de saúde que é a marca da gestão Obama. A mesma pesquisa mostra que, hoje, ele perderia a eleição para o republicano Mitt Romney, que o enfrentou em 2012.

Agora, cerca de 55% da população desaprova a administração Obama. Além disso, 63% são contrários a implantação do novo plano de saúde, afirma a pesquisa - feita em parceria com oWashington Post.
Comparado ao mês de outubro, a aprovação de Obama caiu 6 pontos percentuais em novembro. No total, sua popularidade caiu 13 pontos percentuais desde o início de sua administração, em 2009. A pesquisa afirma que Obama perdeu apoio em diversos grupos econômicos e sociais, no entanto, a queda foi maior entre pobres, com baixo índice de instrução e os "menos interessados em política", afirma o Post.
Agência Efe

Se eleição fosse hoje, Mitt Romney seria eleito presidente, diz pesquisa
Os contantes problemas técnicos com o website do governo para o sistema de saúde e a cruzada política contra os republicanos são apontadas com os principais motivos da queda da popularidade de Obama. 56% da população acredita que o presidente não é um bom governante.
Um dos dados mais notáveis da atual impopularidade do presidente é que, se a eleição fosse hoje, ele perderia: Romney, do Partido Republicano, venceria o pleito com 49% dos votos, contra 45% de Obama. A eleição terminou, no ano passado, com o democrata conseguindo 51,01% dos votos, contra 47,16% do adversário.

A pesquisa foi realizada durante os dias 14 e 17 de novembro ao redor dos EUA, entrevistando cerca mil adultos. A margem de erro é de 3,5% para mais e para menos.
Republicanos também têm problemas

A crise política afetou também o Partido Republicano. Em outubro, outra pesquisa da ABC News e do Washigton Post apontou que a reprovação aos opositores de Obama no Congresso chega a quase 75%.

O estudo mostra que a rejeição aos republicanos cresceu de 63% no início da paralisação parcial do governo, no dia 1º de outubro, para 74% hoje, o 14º dia de fechamento. Na semana passada, essa taxa era de 70%. O número cresce quando se analisam só os norte-americanos sem partido político: 76% se dizem descontentes com o modo de agir do Partido Republicano.
Fonte: Opera Mundi

Ato por uma comunicação livre e democrática


No dia 21 de novembro, a partir das 17h00min, comunicadores populares e defensores de uma comunicação livre e democrática realizarão um Ato em frente à Justiça Federal, de Campinas. (Avenida Aquidabã, 465)
Por que um Ato?
Vivemos na cidade e região um processo de intensa criminalização das rádios comunitárias e livres. Entre os fatos recentes, está a condenação de um radialista comunitário, Jerry de Oliveira, pela justiça, a perseguição à Rádio Muda, além do fechamento de rádios com violações de direitos humanos, a invasão sem mandado de uma casa, gerando até o aborto de uma radialista e outras arbitrariedades e violências. Isto é parte de um intenso processo de criminalização das lutas sociais e repressão, como visto nos despejos de várias comunidades da cidade, e no processo sofrido pelos ocupantesda Câmara Municipal de Campinas, incluindo, também, integrantes de mídias livres.
Por outro lado, vivemos um quadro regional que reflete o que ocorre a nível nacional, o controle da informação por empresas de comunicação monopolistas. Estes grupos, que possuem concessões de rádio e TVs públicas, praticam amplas campanhas contra as lutas sociais e são, junto ao Estado, responsáveis pela perseguição às rádios comunitárias e livres. Da mesma forma, as emissoras públicas não são abertas à participação popular, sendo controlada por grupos totalmente fechados.
Rádio e TV são adquiridas através de concessão pública! Dessa forma, toda a sociedade tem, ou deveria ter, direito à comunicação, pois já passou a hora de emissoras de rádios e tvs ficarem não mão de políticos e seus pares, transformando a informação em interesses políticos e unicamente comerciais distantes do povo!
Queremos o direito de falar! De sermos ouvidos! E não apenas de escutar.
Por estes motivos estaremos lá, lutando:
- Contra o fechamento das rádios, a repressão e as violações dos Direitos Humanos nestes processos! 
- Contra os processos aos radialistas comunitários! Contra a condenação do Jerry e a perseguição política e midiática à Rádio Muda!

- Contra a criminalização das lutas em Campinas!

- Fora Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações e Fora José Eduardo Cardoso, Ministro da (In)Justiça!

- Por uma comunicação verdadeiramente democrática em Campinas, semmonopólios e com participação popular!

- Pelo fim da propriedade privada da comunicação!
No dia 21 estaremos presentes, na Justiça Federal, para protocolar o pedido de apelação de Jerry de Oliveira, depois de ter sido condenado, além de denunciar as violações aos direitos humanos ocorridos nos processos de fechamento de rádios.
Fonte: Blog Esquerda Marxista

ZERO HORA LEVA O OSCAR DA EMPULHAÇÃO

Clique para ampliar a imagem


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O pobre diabo do leitor que abriu a edição do último domingo, 17, do tabloide Zero Hora, deparou-se, logo à página 2, com um texto laudatício, repleto de confetes panegíricos atirados sobre a própria cabeça, assinado pela “Diretora de Redação” da gazetinha, Marta Gleich. No opúsculo, a autora exultava pela conquista do Prêmio Esso de Jornalismo deste ano, obtido pela publicação da reportagem “Os Arquivos Secretos do Coronel do DOI-Codi”. Para a Sra. Gleich, o galardão é “o Pulitzer brasileiro, o Oscar, o Grammy para quem trabalha com reportagens”. Em seu regozijo, porém, ela tascou: “Nunca um veículo do Rio Grande do Sul havia recebido essa distinção”. Tão real quanto um certo caderninho escolar encontrado em um latão de lixo no estacionamento do Incra – aquele que revelou as “estratégias do MST”-, a frase revela a completa desconexão do jornalixo da RBS com a realidade da vida.

Pois, em 2004, um “insignificante” jornalzinho de bairro de Porto Alegre, o “”, faturou o cobiçado Prêmio Esso, com a reportagem "A tragédia de Felipe Klein", de Renan Antunes de Oliveira (para quem não sabe, o  é dirigido por Elmar Bones, um dos criadores do finado e saudoso Coojornal). Naquela ocasião, por sinal, a reação dos luminares das corporações mafiomidiáticas à escolha de Renan não foi das mais cordiais.

Uma vez restabelecida a verdade, este Cloaca Newsaproveita o ensejo para cumprimentar os bravos profissionais do tabloide da RBS, particularmente o repórter Humberto Trezzi, pertinaz fuçador de dejetos e contumaz plagiador.

Para ler o espetacular texto de Renan Antunes, publicado no JÁ, clique aqui.
Fonte: Blog Cloaca News

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Danilo Gentili devia se explicar na cadeia


danilo gentili banana negro twitter





Danilo Gentili devia explicar na cadeia por que ofereceu bananas a um negro que o interpelara sobre seu uso de racismo nas “piadas”
Vou contar uma história ocorrida em Londres.
Meses atrás, um jogador de futebol teve uma síncope cardíaca em pleno jogo, diante de um estádio lotado e de câmaras que transmitiam a partida para vários países.
Foi uma comoção coletiva. Ele ficou minutos sem respirar, e saiu numa maca sem que se soubesse se estava morto. (Felizmente, conseguiram ressuscitá-lo: ele se retirou do futebol, mas está vivo.)
No Twitter, mensagens angustiadas, desesperadas torciam pelo jogador.
No meio da dor generalizada, alguém começou a postar mensagens racistas, insultuosas ao jogador e às pessoas que sofriam naqueles instantes por ele.
Houve uma reação imediata dos internautas. O racista, em seu último tuíte, depois de falar em bananas e coisas do gênero, disse o seguinte: “Vivo num país em que a liberdade de expressão é sagrada.”
Bem, para encurtar a história: em poucas horas alguém bateu em sua porta. Era a polícia. Ele foi levado para a prisão, onde passou alguns meses.
Covardemente, apagara sua conta no Twitter, mas estava tudo registrado.
Me lembrei desse episódio ao ver que Danilo Gentili, o analfabeto político com voz esganizada que faz humor para preconceituosos rasteiros como ele, ofereceu bananas a um homem negro que o interpelara sobre seu uso de racismo nas “piadas”.
Tão covardemente quanto o londrino valentão, Gentili apagou o tuíte racista. Mas o ofendido já tinha gravado a imagem.
Solidariedade a Gentili partiu dos mentecaptos de sempre, entre eles o cantor Roger, o Inútil, outro analfabeto político. Roger se gaba de um QI elevado, mas acredito tanto nisso quanto acredito na audiência “enorme” de Reinaldo Azevedo.
Gentili é um entre tantos ‘comediantes’ que atiraram na lata de lixo o humor nacional com suas “piadas” endereçadas a negros, pobres, nordestinos, retirantes, homossexuais.
Fonte: Pragmatismo Político

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Jovem anuncia suicídio no Facebook

Estudante Gabriela Guerra, de 22 anos, anunciou seu próprio suicídio com fotos e texto no Facebook. Jovem se matou por conta de uma desilusão amorosa

Por conta de uma desilusão amorosa, a estudante mexicana Gabriela Hernández Guerra, de 22 anos, se matou e, antes disso, anunciou o suicídio com fotos no Facebook. Nas imagens, nota-se que a garota estava em uma grande crise de choro no momento.
“Adeus a todos, não tenho nada, nada, não tenho nada. Julio, te amo, nunca se esqueça do meu sorriso, fruto da felicidade que você me deu. Peço desculpas a minha família”, escreveu a jovem em texto que acompanhou as fotos.
De acordo com informações das autoridades mexicanas, o namoro de Gabriela nunca chegou a se consumar, acontecendo apenas pela internet. O jovem a que ela se refere, Julio, é equatorianos e, por conta da distância havia pedido diversas vezes para que a relação terminasse.
Após confirmado o suicídio, a página do Facebook de Gabriela foi inundada de mensagens, grande parte delas com piadas feitas por usuários. A família da jovem agora busca meios para tirá-la do ar.
Fonte: Pragmatismo Político

Sokol: “defendemos que o PT rompa a aliança nacional com o PMDB”


Marcus Sokol é candidato a presidente do PT pela tendência “O Trabalho”. Fundador do PT e da CUT, Sokol lutou contra a ditadura, e hoje é um ds críticos ferrenhos da política de alainças adotada pelo PT. Em entrevista exclusiva ao Escrevinhador, afirmou: “Como vimos na Venezuela, no Equador e na Bolívia, para não buscar exemplos mais longínquos, buscando apoio no povo é possível, com recurso a uma Constituinte, começar uma transformação que faça a maioria social, que aparece como minoria parlamentar, transformar-se em maioria institucional (parlamentar).”
Neste domingo, mais de 800 mil petistas estão aptos a votar, na eleição interna que escolherá a nova direção do partido. Confira a entrevista de Sokol.
1) Dos seis candidatos à presidência do PT, cinco (entre eles, o senhor) fazem críticas abertas à atual direção do partido, e se colocam à esquerda de Rui Falcão, que representa o CNB (antigo “Campo Majoritário”). O PT foi para a direita? Virou um partido preocupado só com eleições?
Não é difícil criticar a atual direção da qual o presidente é Rui Falcão. Aliás, a sua própria campanha defende “mudanças”! Esse é o sentimento amplamente dominante fora da cúpula do PT. Já colocar-se à sua esquerda pode ser mais complicado. Por exemplo, o candidato Paulo Teixeira, atual secretário-geral, tem a mesma posição de Rui na questão-chave do leilão de Libra, lesivo à soberania nacional, na minha opinião (e da FUP e da CUT e muitos setores), e as vezes está até à direita de Rui, como numa entrevista de candidato ao “Sul 21” onde defendeu como modelo para o país nada menos que a “democracia”… dos EUA!
Então, se se atentar que nem tudo que reluz é ouro, esquerda no PT, no caso, fica mais fácil entender as pressões à direita sobre o PT. E nem sempre por preocupação exclusivamente eleitoral: os articuladores da “aliança nacional com o PMDB” não são ignorantes que não saibam que Cabral tiraria votos de nossa campanha no Rio de Janeiro, Sarney no Maranhão, Renan em Alagoas, Barbalho no Pará, enfim, a lista a longa.  A preocupação destes articuladores é, na verdade, com o tipo de governo que tem em vista, sem verdadeiras reformas sociais e democráticas, uma realidade questionada de certo modo nas jornadas de junho, e cada vez mais desgastada como “perspectiva” dentro do próprio PT.
2) O senhor representa a corrente “O Trabalho”, de origem trotskista e que reivindica o socialismo. O PT ainda é socialista? É possível ser socialista e, ao mesmo tempo, depender de doações de empreiteiras e grandes empresas nas eleições?
“O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política. Nasce, portanto, da vontade de emancipação das massas populares”, diz o Manifesto de Fundação do PT. Nós estamos plenamente identificados com esse documento que, 30 anos depois, não foi revogado.
Agora, a primeira parte da pergunta, é feita legitimamente até por petistas e simpatizantes, aí já vão uns 20 anos (afinal, esse padrão de financiamento não começou ontem). Mas nós consideramos que o impulso fundador do PT não se esgotou, apesar da montanha de graves problemas, distorções, e mesmo sinais de degeneração.
Veja a Ação Penal 470. A cúpula do partido não reagiu, nem para defender os próprios companheiros (pra não falar de uma certa esquerda que quis tirar uma casquinha), quando o que está em questão é o PT. Tanto pelo lado da evidente degeneração do financiamento pelo caixa dois (que a cúpula do PT confessou), quanto pelo lado do ataque do STF. Ele não quer condenar o caixa dois, parte justamente do padrão de financiamento eleitoral em que navegam todos os partidos, pois condenaria o sistema institucional do qual o STF também faz parte. Então, o que o STF quer é apenas acuar o PT, condenando-o por crimes não provados (desvio de dinheiro publico e formação de quadrilha), que esses sim dão cadeia.
Esse imbróglio provocou uma aceleração do questionamento dentro do PT: de que serve conviver com essas instituições, até quando vamos fazer o seu jogo?
Não é a toa que a bandeira da Constituinte volta com força (nós colocamos em primeiro lugar na nossa chapa), lembrando que, já antes de junho, o PT lançou a reforma política ligada a uma Constituinte exclusiva, onde o financiamento empresarial das campanhas eleitorais é um dos nós. Questão que ganhou força quando Dilma, reagindo às manifestações, propôs um Plebiscito pela Constituinte para fazer a reforma política (da qual recuou depois que o PMDB sabotou).
De fato, um partido socialista, grande ou pequeno, não sobreviveria a um longo período de adaptação a esse padrão de financiamento eleitoral, que é um dos eixos de sustentação do balcão de negócios mal-cheiroso do “presidencialismo de coalizão”. Para o PT, o “presidencialismo de coalizão” pode ser uma armadilha mortal. E a Constituinte é necessária para sair dessa armadilha, assim como para proceder a realização das aspirações de justiça social e soberania nacional do povo – como a reforma agrária, a reestatização das empresas privadas, o fim da ditadura da dívida através do superavit primário -, presentes na fundação e vivas na base do partido.
O paradoxo é que a contradição do financiamento, entre outras contradições do PT nos governos, é mais evidente para muito mais gente, hoje, do que antes da eleição de Lula. O que pode ser um “pedágio” histórico, ou uma tragédia também histórica, dependendo do desenlace!
3) O que deve mudar na política de alianças do PT? O partido deve romper com o PMDB? É possível governar em minoria no Parlamento?
Defendemos que o PT rompa a aliança nacional com o PMDB, no 1º turno e no 2º turno (que é quando se fazem os acordos de co-governo), aliança que não dá votos nem permite que o PT governe realmente, como se vê em varias questões, das 40 hs ao marco regulatório da internet, passando pela reforma política, a reforma agrária etc. tudo o que PMDB sabota.
Defendemos uma nova política de alianças que, a partir de uma plataforma popular de reformas sociais e nacionais,como as já citadas, integre o PCdoB e setores de partidos como o PDT e o PSB, formando um governo que dialogue realmente com as organizações do movimento popular e democrático, a CUT, o MST e várias outras.
É claro que haverá resistência dos interesses contrariados ancorados nas instituições do Estado, da grande propriedade conectada aos centros do imperialismo mundial, mas, justamente, toda situação mostra a urgência, desde as jornadas de junho, de reformar o sistema institucional, reformar o Estado de cabo-a-rabo, daí a necessidade da Constituinte.
Como vimos na Venezuela, no Equador e na Bolívia, para não buscar exemplos mais longínquos, buscando apoio no povo é possível, com recurso a uma Constituinte, começar uma transformação que faça a maioria social, que aparece como minoria parlamentar, transformar-se em maioria institucional (parlamentar).
No Brasil, as regras absurdas – a desproporção do voto (1 eleitor em SP = 11 em Rondonia), o financiamento empresarial, o voto uninominal, além da oligarquia antidemocrática do Senado – fazem com que o PT, mesmo elejendo três presidentes, não passe de 17% do Congresso, e com a esquerda não chegue a 25%. Ou seja, que não governe sem compor com adversários. Isso é o presidencialismo de coalizão, isso tem que mudar!
4) As manifestações de junho parecem ter colocado o PT na defensiva. Amplos setores, nas ruas, encamparam um discurso de rejeição aos partidos políticos. Como reverter esse quadro, e como dialogar com esses novos (?) movimentos que foram pra rua?
A questão maior é o PT assumir a luta pela Constituinte para reformar as instituições do Estado, e destinar o Orçamento para os serviços públicos demandados nas ruas (hoje, a prioridade absoluta é o superávit primário para pagar a dívida). E se desvencilhar das velhas raposas e políticos desprezados nas ruas.
Acrescento apenas que a tentativa da cúpula do PT de “virar a página” na AP 470 teve mais este efeito desastroso: nas ruas, boa parte não via diferença entre o PT (e a esquerda)  e o resto dos partidos, muitos citavam os dirigentes do chamado mensalão que “nem vcs defenderam”!
5) Quais os grandes acertos dos governos de Lula e Dilma? E quais os maiores erros?
Para não ser longo: a política de recuperação do salário mínimo (74% real) e o reconhecimento da soberania da Bolívia sobre o gás, nos acertos, e, entre os erros, a contra-reforma da previdência, o abandono da reforma agrária, ao que acrescento a participação quase 10 anos na equivocada Minustah (ocupação do Haiti por mandato da ONU, proposta pelos EUA).
Vemos aí o que o movimento popular conquistou nestes governos, ou se apoiando neles, dentro e fora do país – coisa que o grande patronato e o capital internacional não perdoam nem esquecem – assim como as expressões da busca desses governos de coalizão se compor, e não romper com as exigências do grande capital nacional e internacional.
6) O modelo lulista (com aposta em políticas distributivas e no incremento do mercado interno – mas sem tocar nas estruturas da terra, da comunicação e dos bancos) está esgotado, como dizem alguns? Qual deve ser a plataforma de Dilma para um eventual segundo mandato? 
“Esgotado”, historicamente, estava no dia da 1ª posse!
Veja o caso Eike Batista, da falida OGX, e a fabricação dos “campeões nacionais”, na verdade, uma tentativa impossível no século XXI de inventar uma “burguesia nacional” por cima, sem romper com a hegemonia política, econômica e militar estadunidense neste continente, e sem apostar de fato no mercado interno de massas. Pois este é fundo da manutenção das estruturas citadas. Enquanto que as melhorias havidas no plano do mercado interno, que nunca foram completamente aceitas pelos donos das estruturas, no máximo foram toleradas, agora são colocadas em questão nas condições da crise mundial do sistema capitalista que persiste e vai estreitando as margens de manobra de todos os governos.
No continente, vemos isso com clareza, até golpes de Estado reacionários voltaram a ser patrocinados. No Brasil, vemos as exigências contra os bancos públicos, contra o mercado de trabalho “rigido” e pela privatização da infraestrutura, aparecer nos “relatórios do FMI” que voltam às manchetes da imprensa, com apoio no coro da oposição orquestrada pelos grandes proprietários, representados também dentro da própria coalizão de governo.
Falamos sério quando propomos ao partido levantar para a disputa de 2014: Constituinte Por Terra Trabalho e Soberania. Por isso, como candidato a presidente (110), peço o voto na chapa CTTS para o Diretório Nacional – 210, e nas varias chapas estaduais – 410.
Fonte: Blog O Escrevinhador

O lado B da austeridade

Ao administrar grandes superávits, a Alemanha prejudica o crescimento e o emprego no mundo. 

Os alemães estão furiosos com o Departamento do Tesouro dos EUA, cujo Relatório Semestral sobre Economia Internacional e Políticas Cambiais diz algumas coisas negativas sobre como a política macroeconômica alemã afeta a economia mundial. As autoridades alemãs dizem que as conclusões do relatório são “incompreensíveis”, o que é bizarro, porque são absolutamente claras.
Oh, e sim, os EUA espionaram de forma indesculpável Angela Merkel, mas aquilo não tem nada a ver com isso, e qualquer pessoa que traga o assunto à baila demonstra sua falência intelectual. E falar francamente sobre as políticas econômicas alemãs não o torna antialemão ou antieuropeu: mais uma vez, qualquer pessoa que tente escapar à substância da discussão e levante esse tipo de acusação na verdade aceitou esse fato. Então, sobre a discussão. Nesta página há uma breve história da Zona do Euro, contada através de dois países, Alemanha e Espanha.
A criação da Zona do Euro foi seguida pelo surgimento de enormes desequilíbrios, com vastas quantidades de capital a fluir dos países centrais para os periféricos. Então houve uma “parada súbita” de fluxos privados, o que forçou os periféricos a eliminar os déficits de conta corrente, embora com o processo desacelerado pela provisão de empréstimos oficiais, principalmente mediante empréstimos entre bancos centrais. A notícia realmente ruim para a periferia é até agora o ajuste ter ocorrido principalmente por meio de economias deprimidas, em vez de pela competitividade recuperada, por isso a contrapartida do “progresso” para a Espanha é um desemprego de 25%.
Normalmente, você esperaria que o ajuste fosse mais ou menos simétrico, com países com superávits reduzindo-os, enquanto os países com déficit reduziam os mesmos. Mas isso não aconteceu, o que é muito ruim. Ainda estamos em um mundo governado por uma demanda inadequada, muito sujeito ao paradoxo da frugalidade, em que a decisão das pessoas de poupar mais prejudica a economia. Ao administrar grandes superávits inadequados, a Alemanha prejudica o crescimento e o emprego no mundo. Os alemães podem não entender, mas é macroeconomia básica.
Você poderia argumentar que não é culpa do governo alemão que ele tenha superávits, mas estaria errado (já caí nessa armadilha, mas reconheci o erro). Por um lado, a Alemanha perseguiu a austeridade fiscal, apesar de sua posição de credor, contribuindo para um endurecimento geral das políticas na Zona do Euro. É claro que não espero que as autoridades alemãs admitam haver algo de verdade no que diz o Tesouro. Elas não são boas em macroeconomia como nós a entendemos; suas opiniões parecem ser de que todo mundo deveria ser igual à Alemanha e ter grandes superávits comerciais. Mas o Tesouro apenas afirmou o óbvio e verdadeiro.


Em um post recente, Mike Konczal disse a maior parte do que deve ser dito sobre as fontes subjacentes da complexidade da Lei de Acesso à Saúde, que por sua vez armou o cenário para os atuais problemas técnicos. Basicamente, o Obamacare não é complicado porque os programas de Previdência Social têm de ser complicados: nem a Seguridade Social nem o Medicare são complexos. Como escreveu Konczal, ele é complicado porque restrições políticas tornaram irrealizável um sistema simples de um só pagante.

Esteve claro o tempo todo que a Lei de Acesso à Saúde monta uma espécie de dispositivo Rube Goldberg: um sistema complexo que no final deveria mais ou menos simular os resultados do pagante único, mas mantendo as companhias de seguros privadas na mistura e contendo o volume total de gastos do governo através de análises de situação financeira dos usuários. Isso não o torna irrealizável: os intercâmbios estaduais funcionam, e o sistema de saúde provavelmente será reparado, antes que tudo entre em ação. Mas tornou muito mais provável uma estreia fracassada.
Por isso Konczal está certo ao dizer que os problemas de implementação não revelam problemas na ideia do seguro social: revelam o preço que pagamos por insistir em manter as companhias de seguros na mistura, quando elas têm pouca utilidade.
Isso quer dizer que os liberais deveriam ter insistido no pagante único ou nada? Não. O pagante único não aconteceria, em parte por causa do poder do lobby das seguradoras, em parte porque os eleitores não teriam aprovado um sistema que retirasse sua cobertura existente e a substituísse por uma desconhecida. Sim, o Obamacare é de certa forma um sistema estranho, mas se foi o necessário para cobrir os não segurados, que seja.
Fonte: A Carta Capital

Construtoras pagavam mesada para quadrilha do ISS por tratamento vip

Propina mensal garantia atendimento premium de auditores a grandes empreendedores, diz testemunha; em ano de eleições, volume pago a servidores da Prefeitura de São Paulo aumentava e bando agiu livremente entre 2006 e 2012


As maiores construtoras de São Paulo pagavam uma mesada à quadrilha do Imposto Sobre Serviços (ISS). É isso o que disse ao Ministério Público do Estado (MPE) uma testemunha protegida. Com os pagamentos, garantiam "atendimento premium" dos auditores fiscais, que emitiam certificados de quitação do ISS em 24 horas. Nos anos de eleições, segundo o relato, o volume da propina crescia.

O depoimento da "Testemunha X1" foi colhido pelo promotor Roberto Victor Anelli Bodini na tarde do dia 14 de agosto. Trata-se de um construtor de imóveis, no mercado há pelo menos 20 anos. Ele afirma que a quadrilha focava nos grandes empreendimentos. "Quando um particular construía um pequeno sobrado não era assediado pelos fiscais e simplesmente tinha de esperar o prazo necessário para a regularização", disse a testemunha em depoimento ao MPE.

Ele não cita o valor mensal do pagamento. Quando assinou acordo de delação premiada, o fiscal Luis Alexandre Cardoso Magalhães afirmou à promotoria que cada fiscal conseguia tirar até R$ 70 mil por semana trabalhando na liberação dos imóveis na capital.

Segundo o depoimento, "o esquema de recolhimento de propina operava livremente" entre 2006 e 2010. Embora empresas obtivessem vantagem com o esquema, conseguindo pagar um valor de propina que chegava a até metade do imposto devido, a testemunha alegou também que parte do setor era extorquido pelo grupo. "Caso o empreendedor optasse por fazer o recolhimento integral do valor, a sua análise era postergada propositadamente causando inúmeros e incontáveis prejuízos", disse, em depoimento.

A testemunha afirmou que, na hora de conseguir o certificado de quitação do ISS e o Habite-se, as construturas já eram pressionadas pelos compradores dos imóveis para entregar o empreendimento. "O empreendedor acaba não tendo opção a não ser agir da maneira determinada pelos fiscais ."

Dinheiro vivo. O depoimento mostra que os fiscais exigiam o pagamento em dinheiro vivo. Apenas 10% iam para os cofres municiais, 10% iam para os intermediários que levavam o dinheiro aos fiscais e 30% ficavam com a quadrilha. O prejuízo pode chegar a R$ 500 milhões.|

A testemunha deu detalhes sobre a fraude no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). "Os fiscais compareciam às obras finalizadas e, deparando-se com áreas abertas e que haviam sido fechadas por moradores, faziam vista grossa para que não houvesse aumento de IPTU mediante propina."

O Sindicato da Habitação (Secovi), que representa as construtoras, não tem se manifestado sobre o caso porque afirma estar colaborando com o MPE.
Fonte: Blog O Esquerdopata

Especial: CTB no 2º Encontro de Juventude Regional do Cone Sul da FSM

Jovens chegam ao Uruguai para o 2º Encontro Regional da FSM

Ao som de “A Internacional”, centenas de jovens oriundos de vários países da América Latina uniram-se em uma só voz na noite desta sexta-feira (8), em Montevidéu. Este foi o clima da abertura 2º Encontro de Jovens da Federação Sindical Mundial (FSM) do Cone Sul, que ocorre até o próximo domingo (10) na capital uruguaia.

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 Na atividade, o coordenador da central uruguaia PIT-CNT, que está recebendo o evento, Marcelo Abdala, deu as boas-vindas aos participantes e destacou o protagonismo da juventude “Aqui estão os jovens que vão mudar a sociedade”, indicou. Já o coordenador da FSM para o Cone Sul e secretário de Relações Internacionais da CTB, Divanilton Pereira afirmou: "A FSM tem a convicção de que saíremos daqui mais experientes para construir o sindicalismo classista, o sindicalismo com perspectiva socialista", exclamou. 
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No ato político também participaram integrantes da FSM do Peru, Chile, México, Argentina, Brasil e Uruguai além da presença do coordenador do Encontro Sindical Nossa América e dirigente da PIT-CNT, Juan Castillo e do representante da juventude da central uruguaia, que foi ovacionado ao destacar a luta dos jovens trabalhadores. 
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O encontro segue neste sábado (9), onde pela manhã os participantes poderão conhecer programas sociais uruguaios como o projeto habitacional Plan Juntos e o caso das empresas recuperadas e autogestionadas pelos trabalhadores, além das mesas de debates, à tarde os participantes compartilharão entre si as experiências.
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Juventude rural da CTB apresenta realidade brasileira em encontro

Na manhã deste sábado (9) os participantes do 2º Encontro Regional de Jovens da Federação Sindical Mundial foram divididos em três grupos, dois foram conhecer programas sociais uruguaios enquanto o terceiro participou de oficinas onde foram abordados temas como maioridade penal e o papel da juventude trabalhadora rural. 
Após a saudação do secretario da FSM para as Américas, Ramón Cardona, os participantes contaram as realidades vividas em seus países e se puderam aportar para os debates que continuarão ao longo do dia.
Sobre o tema reforma agrária, soberania alimentar e agricultura familiar a secretaria geral da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura), Dorenice Flor, informou que de acordo com o IBGE, existem mais de quatro mil jovens trabalhadores rurais.
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Ela destacou que a juventude rural tem uma participação ativa nos sindicatos e citou como exemplo a Contag onde quatro jovens estão na direção da confederação.  
Por sua vez, a secretaria da juventude da Fetase (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Sergipe), Sirley Ferreira, destacou que “A CTB é a única central que estabelece o dialogo com a juventude do campo e da cidade”. 
Em sua intervenção, Sirley expressou que a permanência no campo é um dos maiores desafios que os jovens enfrentam, outra dificuldade apontada por ela foi que “a agricultura ainda é vista como uma atividade sem importância, por isso o jovem não quer se assumir trabalhador rural”, disse. 
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Os participantes do debate também levantaram questões como luta contra o agronegócio, o fortalecimento da agricultura familiar e a necessidade de que haja uma reforma agrária integral na América Latina, para fortalecer as políticas voltadas para o campo. “Contamos com a mobilização para diminuir a fome e a extrema pobreza no mundo ”, concluiu Dorenice. 
No fim do evento os participantes fizeram uma roda e clamaram “Quando o campo e a cidade se unir a burguesia não vai resistir”. Os debates seguem nesta tarde na  quadra do ginásio Platense Patín Club, em Montevidéu, que é o palco do encontro que reúne jovens do Peru, Argentina, Uruguai, Brasil, México,Chile e Paraguai. 
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Secretário da Juventude da CTB defende unidade dos trabalhadores na AL

“Este encontro da juventude trabalhadora irá construir a solidariedade dos trabalhadores latino-americanos e caribenhos” expressou o secretário da FSM para as Américas, Ramón Cardona, durante sua participação na plenária realizada na tarde deste sábado (9) no 2º Encontro Regional de Jovens o Cone Sul.
Dando continuidade aos trabalhos que começaram desde a manhã, após as oficinas e as visitas às brigadas solidárias e à uma cooperativa, representantes dos três grupos relataram a suas experiências e conclusões para os demais e partir daí deu-se início para as mesas de discussões onde foram debatidos temas relacionados à integração.
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Sobre o tema, o secretário nacional da Juventude Trabalhadora da CTB, Vitor Espinoza, que integrou uma das mesas, afirmou que a classe trabalhadora precisa se unir para combater às ofensivas do capitalismo no continente. 
carlos brasilOs jovens contribuíram com propostas para a declaração final, que será apresentada neste domingo (10), como o argentino Johnn Corre, que sugeriu que o primeiro fim de semana de março seja o Dia de Ação da juventude da Federação Sindical Mundial.
Já o brasileiro Carlos André Conceição Alves, que integra o coletivo da CTB São Paulo, destacou a importância de lutar contra a diferença de gênero, racismo e homofobia. “Não podemos tolerar que o movimento sindical aceite tais práticas”. 
Após os debates, os participantes do encontro presenciaram uma apresentação de Candombe, ritmo tradicional e base do carnaval daquele país, a confraternização também contou uma banda uruguaia que animou a noite. O encontro teminará neste domingo (10) com a plenária final onde serão apresentadas as conclusões dos três dias de debates. 
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Brasil sediará 3º Encontro Regional de Jovens da FSM

Após três dias de intensos debates terminou, no último domingo (10), o 2º Encontro Regional de Jovens da Federação Sindical Mundial do Cone Sul que foi realizado em Montevidéu, no Uruguai. 
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O encontro, ocorrido entre os dias 8 e 10 de novembro, reuniu cerca de 300 jovens de sete países da América Latina que puderam trocar experiências sobre a situação da juventude trabalhadora na região e debater medidas para fortalecer suas bandeiras de lutas. 
No encerramento da atividade foi divulgada a declaração final que, entre outros pontos, aprovou que o terceiro encontro de jovens da FSM seja realizado no Brasil. 
Leia abaixo a íntegra do documento:
Declaração final do 2º Encontro de Jovens da FSM do Cone Sul
Situação Internacional
A etapa atual do capitalismo está marcada pela mundialização e transnacionalização do capital, como nunca antes na história da humanidade. As transnacionais constituem-se na unidade econômica central, onde por exemplo podemos dizer que controlam dois terços do comércio mundial; são tempos por sua vez de profunda revolução técnico - cientifica , que podendo gerar capacidade para resolver tosos os problemas da humanidade, por estar a serviço das classes dominantes, uma pequena minoria não faz mais do que aprofundar os dramas e as injustiças sociais. 
Preocupa especialmente a mudança climática global, originada em uma forma de produção e de consumo cuja matriz principal é a acumulação de capital e portanto a impossibilidade de planejamento econômico em função da satisfação das necessidades humanas, e que o único mecanismo de ajuste da produção social seja o mercado; todo este panorama demonstra que cada dia é mais urgente a necessidade de trabalhar para chegar a um estágio superior de desenvolvimento da humanidade, superando a etapa funesta do capitalismo até chegar ao socialismo; o capitalismo é polarizante por natureza, tende a distribuição desigual a todo o momento. As capacidades do atual sistema de gerar riquezas são enormes, assim como brutais as desigualdades. 
Segundo as Nações Unidas existem 868 milhões de pessoas com fome (das quais 146 milhões são crianças) e 49 milhões destes seres humanos vivem na nossa América. Cerca de 5 mil crianças morrem por dia por falta de água e serviços de saúde básicos. 
Segundo a OIT, 472 milhões de trabalhadores recebem como remuneração menos de dois dólares diários e 661 milhões recebem menos de quatro dólares por dia. Existe mais de 200 milhões de desocupados, em sua maioria jovens e mulheres. Cerca de 215 milhões de crianças trabalham, muitos em período integral, não vão para a escola e nem tem tempo para brincar, não recebem atenção sanitária adequada nem cuidados apropriados.  
Muitos deles estão expostos ao trabalho escravo, à prostituição, ao trabalho forçado, ao tráfico de drogas ou a sua participação involuntária em conflitos armados. As desocupações dos jovens é três vezes maior do que dos adultos.  
O sistema capitalista está em uma profunda crise estrutural, mas sozinho não vai cair, é necessário que os militantes consigamos ampliar e desenvolver a consciência de classe nas grandes massas, em especial entre os trabalhadores e os demais postergados; o capital e o imperialismo estão feridos e são por isso mais perigosos na atualidade é mais evidente que nunca que o capitalismo, longe de solucionar os dramas da humanidade os aprofunde. 
Parece fundamental reivindicar para os jovens a batalha permanente contra a cultura de consumo; a atual crise (ecológica, alimentar, energética e financeira) é o plano de fundo das atuais lutas dos povos, lutas que é necessário dirigir e direcionar, para dotar as massas de organização e consciência política, não as deixando livres ao espontaneísmo e aos infantilismos, mas dando uma imprescindível perspectiva revolucionária. 
América Latina e os governos populares 
É a região considerada desde os anos 1970 como a mais desigual do mundo, onde os 20% mais ricos tem um ingresso 20 vezes superior aos 20% mais pobres, com cerca de 80% da população vivendo em cidades, a quarta parte deles em favelas.  
No plano econômico, a região – que tem na produção de matérias primas um dos principais pilares de sua economia – vem experimentando um crescimento sustentável em termos de desenvolvimento de seu produto interno bruto, favorecido em parte pelo notável incremento do preço internacional dos alimentos que se explicam essencialmente pelas taxas de crescimento da China e Índia, acompanhada de grandes correntes migratórias internas destes países, o que gera um aumento considerável na demanda de produtos que nossos países tradicionalmente exportam; no entanto reduziu o peso da produção industrial e portanto os postos de trabalho nas indústrias em nossa região. 
No plano político, o momento histórico esteve marcado pelo triunfo eleitoral das forças políticas vinculadas às lutas populares em vários países da nossa América. Estes governos progressistas ou da esquerda, além de suas matizes frearam o neoliberalismo e geraram consições de vida superiores para vastos setores da população.  Vemos como absolutamente necessário que os jovens trabalhadores sejamos fortes impulsores e sustentadores destes governos, que para além das possíveis riquezas e contradições de cada um dos processos marcaram uma nova etapa na história do continente. Deve reafirmar-se, por meio das organizações populares, as estabilidades dos governos já que a direita, através de suas expressões políticas, econômicas ou através da luta de seus poderosos meios de comunicação busca destruir os processos democráticos, sem descartar nenhum método, recordemos o que ocorreu com Zelaya em Honduras e com Lugo no Paraguai, assim como a situação da Venezuela, onde buscam de todas as maneiras sabotagens, atentados, mentiras terrorismo, desandar o caminho empreendido a partir dos governos liderados pelo comandante Chávez e hoje continuado pelo presidente Maduro. 
O processo de integração profunda em nosso continente nos mais diversos planos (cultural, social, político, econômico, tecnológico) é uma tarefa tão pendente como necessária. É imprescindível que um continente que possui as maiores reservas mundiais de água, petróleo, gás, minerais e que é grande produtor de alimentos, ou seja, que tem profundas bases materiais para aprofundar sua integração não o faça de uma vez, avançando para seu autentico desígnio histórico.Vemos para isso fundamental a atuação dos organizmos institucionais de integração: Mercosul, Unasul, Banco do Sul, Celac. Entedemos imprescindível continuar potencializando e desenvolvendo vários instrumentos como o Encontro Sindical Nossa América (ESNA).  É necessário também fortalecer o papel das organizações sindicais nacionais e supranacionais e dentro delas incentivar a participação dos jovens, propondo e militando para a conquista de reivindicações tanto como para elaborar um programa de desenvolvimento produtivo social e democrático da nossa América, que incorpore ao problema agrário, renovando a luta pela profunda e real reforma agrária, assim como os problemas de saúde, educação e moradia, um novo modelo de desenvolvimento social, os problemas de infraestrutura, a matriz energética etc. A reivindicação de reduzir a jornada de trabalho sem redução de salário é impostergável. 
É tarefa das organizações sindicais e políticas desenvolver a luta a favor da liberdade sindical, como também a luta pela ratificação, melhora permanente e implementação dos convênios coletivos de trabalho, no referente a salário e condições de trabalho, rechaçando o conceito de ultra-atividade tal qual é proposto pelos setores empresariais na OIT; reafirmamos o compromisso permanente com o trabalho digno, regularizado, formal e expressamos nossa preocupação já que estas condições muitas vezes onde menos se cumprem são nos setores dos jovens trabalhadores. 
O sindicalismo deve estar necessariamente voltado para a ação evitando o burocratismo e o estancamento ideológico e político; deve ser um instrumento que encabece a luta pelos direitos humanos em toda a amplitude do conceito, desde a necessidade de somar verdade e justiça dando luz ao ocorrido nas ditaduras dos anos 1960, 1970, como incorporando o que seja dado para chamar a nova agenda de direitos, contra a discriminação étnica, sexual, religiosa. 
Devemos trabalhar para a aproximação dos Estados por parte dos trabalhadores, segundo o conceito gramsciano, para que sua influência se traduza na regulação dos direitos laborais, maior orçamento para a educação, saúde, moradia, políticas sociais e culturais: devemos exigir e militar pelo cesse de toda a expressão de violência em nossos povos. 
Vemos que será útil a partir deste encontro a formação de uma mesa coordenadora da FSM de mulheres, vinculada a secretaria geral e a potenciação de uma mesa coordenadora de jovens nomeando responsáveis nacionais que trabalhem coordenando com o responsável regional e gerando intercâmbios permanente além de ratificar a importância destes encontros periódicos, especialmente entre os trabalhadores do Cone Sul.  
São as lutas política, social e cultural de nossos povos que poderão conquistar um novo continente, orientado para a felicidade de seus habitantes; está em nossos jovens ser a semente desta revolução possível e necessária.  
Moções 
Exigir o respeito à votação da ONU condenatória pelos 22 anos consecutivos do injusto bloqueio a Cuba e exigir a imediata libertação dos quatro patriotas cubanos presos nos Estados Unidos. 
Reivindicar o cesse da violência na Colombia, manifestar o apoio da FSM ao processo de diálogos de paz e reivindicar o cesse da perseguição aos dirigentes sindicais. 
Reivindicar a libertação sem dilatórias do companheiro Huber Ballesteros na Colômbia, como lutador porto-riquenho Oscar Lopez Rivera, o preso político mais antigo do continente. 
Repudiar a violência exercida contra os militantes sociais no Paraguai, reafirmando nossos compromisso especial com os sindicalistas dessa sofrida nação. 
Exigir o cessar da repressão para os militantes sociais também na Guatemala e Honduras. 
Exigir a saída dos Exércitos de ocupação do Haiti e o direito de autodeterminação dos povos. 
Expressar nossa preocupação pelos avanços da direita continental em nosso combate ideológico em seu intento de criminalizar a juventude e gerar a redução da maioridade penal. Os jovens na América dizemos não para a redução da maioridade penal e não a criminalização da juventude. 
Declarar o primeiro fim de semana de março de cada ano como Jornada Internacional de Ação de Jovens da FSM e nos comprometer a realizar manifestações, marchas, debates, etc. Nestes dias a partir do próximo ano. 
Ratificar nosso compromisso de organizar o próximo ano o terceiro encontro de jovens trabalhadores da FSM do Cone Sul e propões sua organização no Brasil.
Fonte: Portal CTB