Em pronunciamento, durante I Sessão Plenária da Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, a presidente Dilma Roousseff enfatizou o empenho do governo em retomar o crescimento e voltou a salienta que, para "avançar em direção ao desenvolvimento", os países da América Latina têm na educação uma das maiores alavancas para conseguir dar "um passo adiante".
Dilma defendeu que há quatro temas fundamentais para discussão: segurança, educação, migrações e as mudanças climáticas.
Em seu discurso, a mandatária lembrou que a América Latina está mais forte e preparada para avançar. "A América Latina e o Caribe têm menos pobreza, menos fome e menos mortalidade infantil e materna, mas sabemos que é preciso mais riqueza, mais dignidade, mais educação e assim é o que construiremos nos próximos anos", enumerou Dilma.
Ela ainda comemorou o fato de que, em vários países, como no Brasil, a fome foi erradicada, "objetivo que parecia inatingível". Além disso, a presidenta defendeu a importância de os países do continente terem objetivos comuns e argumentou que já não é possível pensar "de formal local" em temas como comércio, saúde e combate às drogas.
Dilma ainda falou dos avanços ao vigor democrático da região nos últimos anos e a capacidade dos países latino-americanos de se organizarem em fóruns como o Mercosul, a Aliança do Pacífico, a Unasul e a Celac. Segundo Dilma, a integração regional tem o potencial de reduzir as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento. Ela defendeu também a necessidade de ampliar e consolidar a justiça social no continente.
Para isso, a presidenta reafirmou o papel que a educação ocupa no combate às desigualdades, segundo ela, hoje o maior desafio da América Latina:
“Educação inclusiva e de qualidade é o maior desafio do nosso continente, porque ela é indispensável para romper o ciclo de reprodução da desigualdade para gerar oportunidade de inovação, democratizar acesso e a produção do conhecimento”.
A mandatária também ressaltou a importância do desenvolvimento baseado no investimento em pesquisa e na ciência, que seria capaz de romper um ciclo histórico dos países latino-americanos, historicamente, exportadores de produtos primários. “O nosso objetivo é não sermos apenas produtores de commodities e sim entrarmos na economia do conhecimento e introduzirmos a inovação. Sim, temos riqueza (…) Podemos ser grandes produtores de commodities, mas também temos homens e mulheres que serão capazes de criar um novo século de inovação baseada na pesquisa e ciência”, afirmou.
Diálogo Cuba/EUA
Na oportunidade, Dilma elogiou a reaproximação entre Cuba e Estados, negociada pelos presidentes Raul Castro e Barack Obama, e defendeu o fim do embargo americano ao país caribenho.
"Celebramos aqui agora a iniciatva corajosa dos presidentes Raul Castro e Barack Obama de restabelecer relações entre Cuba e Estados Unidos, de pôr fim a este último vestígio da Guerra Fria na região que tantos prejuízos nos trouxe [...] Os dois presidentes deram uma prova do quanto se pode avançar quando aceitamos os ensinamentos da História e deixamos de lado preconceitos e antagonismos que tanto afetaram nossas sociedades. Estamos seguros que outros passos serão dados, como o fim do embargo", afirmou Dilma.
Agenda
Conforme a agenda oficial da presidente, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Dilma se reunirá, às 14h30, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Logo em seguida, às 15 h, participa da 2° Sessão Plenária da Cúpula, cuja cerimônia de encerramento está prevista para acontecer às 17h30. Depois disso, a presidenta Dilma retorna a Brasília.
Fonte: Portal Vermelho
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