Os trabalhadores dos Correios de São Paulo estão mobilizados para deflagrar a greve da categoria para a próxima segunda-feira (20), por melhores condições de trabalho.
As paralisações foram aprovadas em assembleias realizadas na sexta-feira (17), Zona Norte, Guarulhos e parte da Zona Leste já haviam parado no dia 20 de março. O objetivo paralisar as atividades na capital e interior paulista.
A greve é motivada pelas precárias condições de trabalho a que são submetidos diariamente os trabalhadores. A falta de concurso público e, consequentemente, a contratação de funcionários; excesso de trabalho e dobras; pressão das chefias e assédio moral; falta de equipamentos; unidades em prédios sem ventilação, espaço e iluminação, com banheiros e refeitórios inadequados; estão entre as principais queixas da categoria.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-SP), a diretoria busca soluções negociadas com a ECT há muito tempo. “Mas como nada mudou, só para piorou, a decisão de organizar a categoria para a luta foi natural”, destaca o presidente do Sintect, Elias Cesário, o Diviza.
De acordo com o dirigente, “a falta de trabalhadores, o excesso de serviço, as unidades deterioradas, os conflitos com a população, os assaltos, além do rombo do Postalis, dos descredenciamentos do convênio médico e do PL 4330/04 geram um ambiente repulsivo, que leva a categoria à revolta e à luta. Esses fatores compõem o estopim da mobilização”.
A greve ocorreu primeiro em 3 regiões. Agora foi ampliada para mais 4. O Sindicato continuará mobilizando para ampliá-la para as demais regiões, inclusive no interior. “Regiões que já pararam, podem parar novamente, até que todas as regiões de São Paulo se unam numa grande greve contra as péssimas condições de trabalho impostas pela ECT.”, revela em nota o sindicato.
A greve é uma resposta à direção da ECT, que mesmo sabendo da situação de caos vivida na empresa, demora para apresentar uma solução concreta para os problemas, que também prejudicam a população. "Esta greve demonstra a disposição de luta e revolta dos trabalhadores, que se não for compreendida pela direção da ECT, levará à uma greve geral da categoria muito em breve”, concluiu o dirigente.
Fonte: Portal CTB Nacional
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