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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Ouça o trecho do depoimento – interrompido por Moro – que revela parceria entre a Força Tarefa e os EUA

A repórter Cíntia Alves, do GGN, publica hoje extensa matéria sobre as  suspeitas levantadas pela defesa de Lula de que a Força Tarefa da Lava Jato esteja ajudando informalmente o Departamento de Justiça dos Estados Unidos a firmarem acordos de colaboração com as autoridades estadunidenses.
Isso é ilegal, porque os contatos com governos estrangeiros são privativos do Governo brasileiro, através do Ministério da Justiça.
A repórter Cíntia Alves, do GGN, publica hoje extensa matéria sobre as  suspeitas levantadas pela defesa de Lula de que a Força Tarefa da Lava Jato esteja ajudando informalmente o Departamento de Justiça dos Estados Unidos a firmarem acordos de colaboração com as autoridades estadunidenses.
Isso é ilegal, porque os contatos com governos estrangeiros são privativos do Governo brasileiro, através do Ministério da Justiça.
Cintia narra com detalhes o momento em que Eduardo Leite, ex-executivo da Camargo Corrêa, responde a uma pergunta de um dos advogados do ex-presidente dizendo que o contato com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, pronuncia-se “diojey”), equivalente ao nosso ministério aqui, se deram através da Força Tarefa:
“Na verdade, foi uma busca do governo americano através da força-tarefa [da Lava Jato], na qual fomos procurados para saber do interesse de haver partilhamento [de informações] ou de a gente participar de um processo lá.”
Leite é interrompido pelo procurador Diogo de Mattos, que pede o indeferimento da pergunta e que tem em seu socorro o próprio juiz Sérgio Moro, que diz que outra testemunha “não se sentiu segura” diante de pergunta semelhante.
Depois de muitas objeções, Moro aceita a pergunta, mas aí Eduardo Leite, já advertido que dera uma “rata”, emenda, dizendo que recebeu um termo de cooperação “genérico”, que não sabe de quem partiu. Acredite se quiser.
Quem duvidar, ouça o pequeno trecho que selecionei  do longo interrogatório, no qual se escuta claramente este diálogo e que vai ao fim do post.
Cintia relata ainda que o advogado José Roberto Batocchio, também da defesa, volta ao tema e pergunta se Mendonça foi autorizado a negociar com agentes dos Estados Unidos por autoridades brasileiras.
Moro, irritado, interrompeu e disse que a testemunha não precisaria responder e questionou as intenções da defesa de Lula: “Qual a relevância, doutor, dessa questão para o processo. Ele é um agente dos Estados Unidos aqui?” 
Batocchio, mesmo assim, ainda perguntou a Mendonça: “O senhor depôs em processo judicial ou depôs no FBI?”, e o empresário respondeu: “Eu prefiro não responder essa pergunta.”
Fonte: O Tijolaço

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