Marcelo Calero foi o ducentésimo vigésimo quinto nome a ser avaliado por Temer para assumir o ministério da Cultura.
Antes dele, uma fila que saia do Palácio de Planalto e terminava lá na cidade satélite de Tabatinga já havia recusado o convite do então presidente interino. Ninguém queria botar no currículo tamanha desonra.
Antes dele, uma fila que saia do Palácio de Planalto e terminava lá na cidade satélite de Tabatinga já havia recusado o convite do então presidente interino. Ninguém queria botar no currículo tamanha desonra.
Mas eis que surge Calero e topa o cargo. De secretário.
Sim, parece um passado longínquo, talvez ninguém mas se lembre. Mas Temer havia acabado com o MinC. E Calero não chegou ministro, virou depois.
Ninguém sabia exatamente que pito o Calero tocava. Se era da banda do Paes, da banda do Cabral (será?), da banda de Ipanema. Mas ele chegou como secretário de Cultura.
E parecia que ia se tornar um ministrinho a mais de um governinho golpista, passageiro e impopular.
Mas agora surgem rumores de que pressionado, Calero resolveu fazer como o índio Juruna, gravou a todos que lhe trataram como um qualquer. E agora Geddel, Padilha e Temer estariam nas suas mãos. Ou melhor, nas mãos da PF.
Provavelmente podem estar também nas mãos de alguns jornalistas que já têm os áudios para divulgar nos próximos dias.
Calero fez aquilo que se espera de um anti-herói, que realiza a justiça não por convicções, mas por motivos egoístas ou pessoais.
Calero é o nosso anti-herói. E pode derrubar Temer.
E vai inverter o ditado. De onde menos se espera é que pode sair tudo.
Fonte: Revista Forum
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