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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Seguidores do MBL ameaçam jovens secundaristas nas redes sociais

No momento em que mais de mil escolas foram ocupadas ao redor do Brasil contra a MP do Ensino Médio e a PEC 241, seguidores do Movimento Brasil Livre passam a ameaçar secundaristas menores de idade pelas redes sociais, após agressões no Colégio Estadual do Paraná.
Durante a semana, um incidente ocorreu no Colégio Estadual do Paraná, a maior escola pública do estado, ocupada por jovens secundaristas contra a MP do Ensino Médio e a PEC 241.
No caso, os jovens acusam membros do Movimento Brasil Livre — incluindo Arthur, youtuber do Mamãefalei — de agressão, assédio sexual e exposição de menores de idade sem permissão dos pais.
Em resposta, o youtuber afirma ter sido agredido por dois estudantes após tentar fazer as filmagens. Em um vídeo publicado pelo seu canal é possível ver um dos jovens o segurando pelo pescoço. Porém, o site Esquerda Diário afirma que a agressão foi mútua, e que só ocorreu após diversas tentativas dos estudantes de não gravar a entrevista com Arthur, que teria forçado o contato.
Após o incidente, estudantes estão recebendo ameaças nas redes sociais por parte de seguidores do Movimento Brasil Livre.
Durante a semana, um incidente ocorreu no Colégio Estadual do Paraná, a maior escola pública do estado, ocupada por jovens secundaristas contra a MP do Ensino Médio e a PEC 241.
No caso, os jovens acusam membros do Movimento Brasil Livre — incluindo Arthur, youtuber do Mamãefalei — de agressão, assédio sexual e exposição de menores de idade sem permissão dos pais.
Em resposta, o youtuber afirma ter sido agredido por dois estudantes após tentar fazer as filmagens. Em um vídeo publicado pelo seu canal é possível ver um dos jovens o segurando pelo pescoço. Porém, o site Esquerda Diário afirma que a agressão foi mútua, e que só ocorreu após diversas tentativas dos estudantes de não gravar a entrevista com Arthur, que teria forçado o contato.
Após o incidente, estudantes estão recebendo ameaças nas redes sociais por parte de seguidores do Movimento Brasil Livre.


No print acima, é possível ver um dos seguidores do grupo ameaçando os secundaristas na página Ocupa Tudo RS. Ele cita o confronto entre os membros do MBL e os estudantes em Curitiba, e ameaça: “Sou de MG BH pode vir aqui na praça da estação no que vou fazer questão de quebrar a cara de vocês”, diz em mensagem.
Em outro print enviado por um secundarista de Goiás, é possível ver o próprio Movimento Brasil Livre em sua página oficial articulando uma tentativa de desocupação de uma escola na região.


“Recebido no Inbox. Quem quer se organizar para desocupar o Instituto comenta aqui”, comentou o grupo, postando uma mensagem recebida via Inbox.
Um dos seguidores do MBL questiona na página: “Mas qual é o problema? É uma ocupação pacífica!”, sobre uma eventual tentativa do grupo desocupar a escola de forma forçada.
Meses atrás, um caso similar aconteceu em Brasília, na UnB.
Universitários grevistas foram atacados por cerca de 10 pessoas, que não eram estudantes da faculdade. Entre elas, estava a funcionária do PSC (Partido Social Cristão), Kelly Bolsonaro, que teria explodido uma bomba dentro da universidade. A militante de extrema-direita nega as acusações.
Segundo um dos professores da UnB, a ação ocorreu com articulação direta do MBL e de outros grupos conservadores em Brasília.



O blogueiro Luciano Ayan, militante do PSDB e membro do MBL, criticou amatéria publicada pela Agência Democratize nesta semana, sobre os ataques no Colégio Estadual do Paraná.
No texto, o blogueiro do site Ceticismo Político questiona as acusações dos estudantes secundaristas, e ainda ataca o jornalismo da Agência Democratize, nos referindo como “um site de extrema-esquerda”.
As ações do MBL, na realidade, não incentivam o debate em torno da MP do Ensino Médio nem da PEC 241 — como seus seguidores afirmam querer.
A forma de deslegitimar a opinião oposta, através de vídeos editados e pré-moldados, soa infantil para um grupo que deseja se institucionalizar na política brasileira defendendo um viés ideológico liberal. Não por acaso, instituições e pensadores liberais brasileiros já repudiaram a forma de agir e a política promovida pelo Movimento Brasil Livre, desde as manifestações contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Esse tipo de ação visa justamente o confronto e a polarização — como se defender a MP do Ensino Médio e a PEC 241 fosse algo anti-petista, e quem se posicionasse contra ambos os projetos fossem automaticamente petistas.
Este autor, assim como a Agência Democratize, promove o diálogo pacífico e puramente jornalístico sobre a realidade brasileira, e convida o Movimento Brasil Livre para debater sobre a PEC 241 e a MP do Ensino Médio, de forma republicana e democrática.
Fonte: Democratize

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