Vereadores de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram presos na manhã desta terça-feira (24) durante uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
De acordo com a Polícia Militar (PM), que participa da ação, seis parlamentares foram detidos, sendo quatro presos e dois conduzidos para depoimento. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas e nos gabinetes dos políticos.Ainda segundo a corporação, os 11 parlamentares do Legislativo municipal são investigados por suspeita de corrupção passiva, crimes contra o patrimônio e formação de quadrilha.
Conforme o MP, os vereadores recebiam propina para aprovar projetos ligados às áreas do setor imobiliário e do setor metalúrgico. A promotoria informou que as investigações, iniciadas há dois meses, partiram da denúncia de um empresário.
Entre os políticos detidos está o presidente da Casa, o vereador Carlos Alberto Braga (PSB), conhecido como “Carlinhos da Funerária”. Ele foi preso sob vaias de moradores da cidade que acompanhavam a operação nesta manhã. Dentro da casa do presidente do Legislativo, segundo a polícia, foi encontrado um revólver calibre 22. Aos militares, o vereador disse que havia encontrado a arma.
Além de Carlinhos, também foram detidos, segundo a Polícia Militar, os vereadores Enilton César da Silva (PPS), “Niltinho”; ; Tarcisio Alves de Resende (PMDB), “Nenem da Horta” e Marcos Aender dos Reis (PT), “Marcão”. Os nomes dos outros dois parlamentares presos não foram confirmados. Destes, três cumprem prisão temporária, um deles ainda responde por porte ilegal de arma e dois foram levados em cumprimento de mandado de condução coercitiva.
Marcos Aender disse, quando estava sendo colocado em um carro da polícia, que não tinha nada a declarar. "Não tenho nada a declarar.
O advogado da Câmara Municipal de São Joaquim de Bicas, Jouber da Silva Saraiva Amaral, falou que não teve acesso aos autos do inquérito. Ele disse que está aguardando informações para tomar as medidas cabíveis.
“Eu não estive com o presidente da Câmara, não tive acesso a ele. Não pude conversar com ele e ele, sequer, pôde telefonar. Eu acho até uma atitude abusiva do Ministério Público de impedir o acesso do advogado ao acusado. Então não posso dizer nada porque não sei do que se trata”, afirmou o advogado.
Os vereadores presos foram encaminhados para a sede do Ministério Público, em Igarapé, também na Região Metropolitana.
Os vereadores presos foram encaminhados para a sede do Ministério Público, em Igarapé, também na Região Metropolitana.
Fonte: R7
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