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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

AlmaViva faz operadores trabalharem um tempo a mais de graça

A empresa AlmaViva, no Vale do Jatobá, em Belo Horizonte, mais especificamente do setor de atendimento da Tim, está roubando quem trabalha, fazendo as pessoas exercerem múltiplas funções e adicionando à carga horária tempo extra sem que recebam por esse trabalho.
Nota da redação: Recebemos esta denúncia de um teleoperador da empresa AlmaViva em Belo Horizonte, que prefere não se identificar para evitar as perseguições tão comuns nos Call Centers. Aproveitamos para disponibilizar este espaço para todas as pessoas que trabalham na AlmaViva (e em qualquer Call Center) escreverem denúncias sobre o que ocorre em seus locais de trabalho.

A empresa AlmaViva, no Vale do Jatobá, em Belo Horizonte, mais especificamente do setor de atendimento da Tim, está roubando quem trabalha, fazendo as pessoas exercerem múltiplas funções e adicionando à carga horária tempo extra sem que recebam por esse trabalho. Como fazem isso? Através do assédio moral, da mentira e de jogar os operadores uns contra os outros.

O que acontece é exatamente assim: a empresa está sempre contratando mais gente do que a quantidade de máquinas disponíveis. E como dois corpos não podem ocupar ao mesmo tempo o mesmo lugar, então, faltam máquinas para algumas pessoas trabalharem.

Devido a isto, na AlmaViva mesmo que alguém queira cumprir rigorosamente seu horário e escala de trabalho, será impossível, pois chegar no horário não é garantia de que vai poder trabalhar. Então, todos os dias talvez você vá precisar ficar quarenta minutos, uma hora ou mais que sua escala, porque senão vão descontar do já miserável salário.
Nota da redação: Recebemos esta denúncia de um teleoperador da empresa AlmaViva em Belo Horizonte, que prefere não se identificar para evitar as perseguições tão comuns nos Call Centers. Aproveitamos para disponibilizar este espaço para todas as pessoas que trabalham na AlmaViva (e em qualquer Call Center) escreverem denúncias sobre o que ocorre em seus locais de trabalho.
A empresa AlmaViva, no Vale do Jatobá, em Belo Horizonte, mais especificamente do setor de atendimento da Tim, está roubando quem trabalha, fazendo as pessoas exercerem múltiplas funções e adicionando à carga horária tempo extra sem que recebam por esse trabalho. Como fazem isso? Através do assédio moral, da mentira e de jogar os operadores uns contra os outros.
O que acontece é exatamente assim: a empresa está sempre contratando mais gente do que a quantidade de máquinas disponíveis. E como dois corpos não podem ocupar ao mesmo tempo o mesmo lugar, então, faltam máquinas para algumas pessoas trabalharem.
Devido a isto, na AlmaViva mesmo que alguém queira cumprir rigorosamente seu horário e escala de trabalho, será impossível, pois chegar no horário não é garantia de que vai poder trabalhar. Então, todos os dias talvez você vá precisar ficar quarenta minutos, uma hora ou mais que sua escala, porque senão vão descontar do já miserável salário.
Porém, o que nem sempre as pessoas ficam sabendo é que esta é uma forma da empresa ganhar mais explorando aos trabalhadores. O que os supervisores não falam é que esta é uma forma da empresa fazer com que todos os dias milhares de pessoas trabalhem para ela um pouco a mais e de graça.
Isso mesmo... Pode parecer que você não está trabalhando porque não está atendendo e sim reiniciando pela quarta vez consecutiva uma máquina. Mas, quando isso acontece o que você está fazendo é trabalhar de graça, ou dizendo de outra forma, a empresa está roubando seu tempo, está roubando você!
E por que a empresa nos rouba? Para diminuir os custos a empresa primeiro deixa de fazer a manutenção nas máquinas, o que piora ainda mais a organização do trabalho, porque dificilmente a mesma máquina vai funcionar dois dias consecutivos para uma pessoa trabalhar e várias máquinas ficam inutilizáveis no espaço da empresa. Depois, desvia a função das pessoas que recebem o salário de operador para fazerem pequenas manutenções na máquina (como reiniciar, trocar headsets, mouses e monitores) e para organizarem o local de trabalho (dar um jeito de encontrar uma máquina mesmo onde parece impossível). E por último faz que enquanto exercem funções que não são as suas este tempo não conte, dizendo que a pessoa não está trabalhando, não está "logada" no sistema que controla as ligações.
Ao fazer isso, a empresa gasta menos com manutenção, gasta menos com nosso salário (qualquer minuto já é descontado) para pagar os custos da manutenção e ainda faz a gente fazer o trabalho da manutenção e da organização do trabalho de graça, sem contar nas nossas horas de trabalho. Ou seja, nós pagamos a manutenção das máquinas que a empresa deixa de fazer; com o salário que deixamos de receber a cada minuto que ficamos na empresa que não conte no nosso tempo de trabalho de seis horas e vinte.
Existe uma portaria do ministério do trabalho que obriga que as empresas disponibilizem para os trabalhadores a contagem diária de tempo dos seus pontos. No caso da AlmaViva estes pontos estão disponibilizados no site e a contagem é retirada do sistema de pontos que não pausa o tempo logado quando a máquina reinicia, desliga, ou quando há qualquer problema com o sistema de controle de ligações (call control).
Porém, não dá para ficar esperando que a justiça resolva nosso problema, porque mesmo existindo essa portaria os supervisores mentem e ameaçam os trabalhadores para que cumpram o tempo medido no "call control". Não "dá nada" para eles. Então, a única forma de acabar com isso é não aceitando as mentiras da empresa.
Não podemos aceitar quando o supervisor diz que se você fez seis horas e vinte no sistema de ponto (ou na entrada pela catraca, caso não encontre máquina para logar) e não fez no call control que será descontado do seu salário. Se for descontado será assédio moral. Não podemos permitir que os supervisores mintam para outros colegas de trabalho e também não podemos fazer o jogo deles, que ficam jogando os trabalhadores uns contra os outros, pedindo para deslogarem por conta dos "spaces" de cada equipe. Se hoje fica um colega sem PA, pode ter certeza que amanhã qualquer um de nós pode ficar também e não é o "space" de supervisor algum que vai resolver o problema. Tem que todo mundo ter PA, ou quem estiver sem e não puder logar também não pode ter um minuto sequer desconsiderado das seis horas e vinte.
O sindicato tem que fazer alguma coisa, mas nunca faz nada contra esse tipo de problema. E faz falta um espaço "seguro", para não ficarmos prejudicados, e nos organizar para lutar quando a empresa insiste em nos roubar, como nesse caso.
Então, nossa voz, a internet e as redes sociais podem ser nossas armas, se você vir o supervisor ou qualquer outro responsável da empresa exigindo que os trabalhadores façam seis horas e vinte no call control para que não tenham seu salário descontado, envie uma denúncia para o Esquerda Diário; para o esquerdadiario@gmail.com.
Se você viu esta nota, curta, compartilhe, envie nos grupos do zap e faça com que mais gente dê ouvidos para nossa voz, quanto mais gente estiver informada, mais força teremos para lutar, e motivos para lutar não falta em um trabalho terceirizado e precarizado na AlmaViva.

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