Nestes tempos em que predomina uma visão sectária da vida, comemorar o centenário do importante arquiteto paranaense João Batista Vilanova Artigas é ponto obrigatório para quem defende uma sociedade voltada para a solidariedade humana.
Artigas nasceu em Curitiba no dia 23 de junho de 1915 e veio estudar em São Paulo onde abraçou o comunismo e levou essa sua visão humanista para seus trabalhos.
Artigas nasceu em Curitiba no dia 23 de junho de 1915 e veio estudar em São Paulo onde abraçou o comunismo e levou essa sua visão humanista para seus trabalhos.
Como um dos mais importantes arquitetos brasileiros, tem em seu portfólio a construção do Estádio do Morumbi e do prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), entre inúmeras obras espalhadas pelo Brasil. Perdeu a cátedra na FAU-USP, cassado pela ditadura em 1969 e exilado no Uruguai. Aliás, ele foi um dos professores fundadores da faculdade específica para arquitetos na USP e defendeu transformações curriculares que culminaram numa visão humanista das construções integradas aos espaços e voltados para o encontro das pessoas.
Muitas atrações comemoram o centenário do arquiteto que morreu em 12 de janeiro de 1985 aos 69 anos em São Paulo, cidade que adotou. O Itáu cultural apresenta a Ocupação Vilanova Artigas onde estarão expostos até 9 de agosto diversas obras entre desenhos, plantas e manuscritos originais dele. O público também tem acesso a vídeos e documentos que possibilitam visualizar a produção do importante arquiteto.
Ocorrem também alguns encontros com arquitetos para debater as propostas humanistas de Artigas para a arquitetura. “Às quartas, sempre às 20h. Os arquitetos Paulo Mendes da Rocha – em 1º de julho – e Nabil Bonduki – em 8 de julho – tratam dos aspectos principais do pensamento de Artigas. Em 22 de julho, o desenhista Luiz Gê – que também é formado em arquitetura – conversa sobre as relações entre essa área e os quadrinhos. Já em 29 de julho, o músico Jorge Mautner relembra a convivência com o homenageado desta Ocupação”, acentua texto de apresentação do Itaú Cultural.
Os organizadores garantem o lançamento do livro Vilanova Artigas, de Rosa (filha) e Marco Artigas (neto), na quarta-feira (1º/7), às 21h. O mundo infantil também está contemplado com o lançamento de “A Mão Livre do Vovô”, de Michel Gorski e Silvia Zatz, no sábado (11/7). Está em cartaz ainda o documentário “Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz”, de sua neta Laura Artigas e Pedro Gorski.
Aos 30 anos de sua morte, é importante ressaltar a visão de uma sociedade onde prevaleça a solidariedade humana, o saber, a igualdade, o respeito e a liberdade. Artigas sempre defendeu as máximas de “pôr a imaginação a serviço da felicidade humana” e de “elaborar propostas de futuro em termos utópicos”.
Fonte: Portal CTB
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