Danilo Gentili devia explicar na cadeia por que ofereceu bananas a um negro que o interpelara sobre seu uso de racismo nas “piadas”
Vou contar uma história ocorrida em Londres.
Meses atrás, um jogador de futebol teve uma síncope cardíaca em pleno jogo, diante de um estádio lotado e de câmaras que transmitiam a partida para vários países.
Foi uma comoção coletiva. Ele ficou minutos sem respirar, e saiu numa maca sem que se soubesse se estava morto. (Felizmente, conseguiram ressuscitá-lo: ele se retirou do futebol, mas está vivo.)
No Twitter, mensagens angustiadas, desesperadas torciam pelo jogador.
No meio da dor generalizada, alguém começou a postar mensagens racistas, insultuosas ao jogador e às pessoas que sofriam naqueles instantes por ele.
Houve uma reação imediata dos internautas. O racista, em seu último tuíte, depois de falar em bananas e coisas do gênero, disse o seguinte: “Vivo num país em que a liberdade de expressão é sagrada.”
Bem, para encurtar a história: em poucas horas alguém bateu em sua porta. Era a polícia. Ele foi levado para a prisão, onde passou alguns meses.
Covardemente, apagara sua conta no Twitter, mas estava tudo registrado.
Me lembrei desse episódio ao ver que Danilo Gentili, o analfabeto político com voz esganizada que faz humor para preconceituosos rasteiros como ele, ofereceu bananas a um homem negro que o interpelara sobre seu uso de racismo nas “piadas”.
Tão covardemente quanto o londrino valentão, Gentili apagou o tuíte racista. Mas o ofendido já tinha gravado a imagem.
Solidariedade a Gentili partiu dos mentecaptos de sempre, entre eles o cantor Roger, o Inútil, outro analfabeto político. Roger se gaba de um QI elevado, mas acredito tanto nisso quanto acredito na audiência “enorme” de Reinaldo Azevedo.
Gentili é um entre tantos ‘comediantes’ que atiraram na lata de lixo o humor nacional com suas “piadas” endereçadas a negros, pobres, nordestinos, retirantes, homossexuais.
Fonte: Pragmatismo Político
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