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quarta-feira, 8 de maio de 2019

O pixador da periferia de São Paulo que pixou o Muro de Berlim, prédios nazistas e museus.

Entenda o que foi esse rolê na Europa e como foi cada ataque ao Muro de Berlim, nas lojas da Vivienne Westwoode no Museu Moco


Bruno Rodrigues é hoje um dos pixadores de maior representatividade dentro da pixação, e nós colamos no point dos pixadores no Centro de São Paulo para descolar como foi a trip europeia do Bruno. “Fui convidado para uma série de atividades na Europa, passei pela Suiça, Alemanha, Holanda e França, nesses países apresentamos o filme “Olhar Instigado” participando de debates em universidade, galeria de arte e locais de ativismo” afirma o artista.
Bruno Rodrigues é hoje um dos pixadores de maior representatividade dentro da pixação, e nós colamos no point dos pixadores no Centro de São Paulo para descolar como foi a trip europeia do Bruno. “Fui convidado para uma série de atividades na Europa, passei pela Suiça, Alemanha, Holanda e França, nesses países apresentamos o filme “Olhar Instigado” participando de debates em universidade, galeria de arte e locais de ativismo” afirma o artista.



Ele explica como o pixo levou um jovem preto lá do extremo oeste de São Paulo direto para a Europa, “quando eu comecei em 2006 o movimento passava por um momento de mudança, com ataques a galerias, faculdades e tudo mais, quando eu vi essa transformação eu me reeduquei, estudei o passado da pixação, fiz a minha história, resumindo isso foi uma coisa eu estudei, planejei, executei e se realizou”
Na sua passagem por Berlim o pixador deixou sua marca no muro mais famoso do mundo, ao lado de um conhecido graffiti chamado ‘O Beijo’. Aproveitando a visibilidade do graffiti Bruno lançou no muro as frases: Antifacismo e Fora Bozo uma alusão ao presidente Jair Bolsonaro. “Ali foi um protesto uma reinvindicação, é um muro conceitual, foi em um local inteligente, por que aquele grafite é de grande visibilidade e repercutiu e está repercutindo até hoje ”.
As motivações do pixador para fazer um ato anti Bolsonaro tem raízes na própria história do movimento pixo, “o objetivo do meu trabalho é ser o que eu represento nas ruas, trazer esse lado protestante, algo que possa trazer questionamentos”.


Já na Holanda Bruno Rodrigues atacou o Moco Museu, que estava com exposição não autorizada do artista de rua Bunsky. Para o pixador o conceito de “não autorizada” já era um convite para o pixação “o termo não autorizado é tudo o que a pixação representa, o que fiz foi colocar toda a potência e transgressão do pixo no museu” no dia seguinte o museu apagou as pixações e a frase não autorizado, “o museu aceitava receber a arte do Bansky de forma não autorizada, mas não aceitou uma arte não autorizada na sua fachada”.
Ainda em Berlim a loja da famosa estilista Vivienne Westwood também foi atacada, “o que me motivou pixar a loja da Vivienne foi uma declaração do próprio filho dela que disse que o punk morreu. Não morreu, acredito que nunca vá morrer, sempre terá alguém com olhos críticos pra mostrar sua força de questionamento e o pixo faz isso como o movimento punk e mostrei essa vertente que nasceu em São Paulo. Mesmo a estética do pixo sendo comercializada, cooptada pelo mercado, o conceito dela não se perdeu, quantos manos dão sua vida pra marcar seu testemunho? ”

Fonte: Vai da Pé

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