Gentrificação, exclusão produzida, cidade segregada e destruição criativa são algumas denominações utilizadas para explicar a relação entre Políticas Urbanas e Racismo em Salvador, a tônica da última edição do projeto “Cidade Que Queremos!”, realizado na segunda-feira (25), no auditório Milton Santos, no Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), Largo 2 de Julho.
A ideia das plenárias é abrir o debate sobre a urbanização da cidade e “se posicionar contra a saída dos pretos e pobres que vivem no Centro Antigo de Salvador”. Organizado de forma “horizontal”, entre Coletivos como “Nosso Bairro é 2 de julho” e o “Desocupa”, o formato da iniciativa privilegia a participação democrática da população da cidade.
A ideia das plenárias é abrir o debate sobre a urbanização da cidade e “se posicionar contra a saída dos pretos e pobres que vivem no Centro Antigo de Salvador”. Organizado de forma “horizontal”, entre Coletivos como “Nosso Bairro é 2 de julho” e o “Desocupa”, o formato da iniciativa privilegia a participação democrática da população da cidade.
O debate contou com contribuições de acadêmicos, como o professor de Urbanismo da UNEB, Luiz Antônio de Souza, e de ativistas como a coordenadora executiva do Instituto da Mulher Negra ODARA, Valdecir Nascimento, e dos integrantes da Campanha Reaja ou será mortx, Hamilton Borges e Aline Santos, convidados a falar sobre a presença ostensiva da polícia nos bairros centrais. Durante as discussões, houve intervenções poéticas com o Grupo Ágape, célula itinerante do Sarau da Onça, que acontece no bairro de Sussuarana.
Essa última citação de Viviane revela um processo chamado de destruição criativa, que segundo o professor Luiz Antônio de Souza, é mecanismo capitalista que exige a destruição do imóvel para reconstrução posterior, uma analogia do economista austríaco Joseph Schumpeter. “Muitas vezes acontece de forma violenta. As pessoas são obrigadas a saírem de suas casas, um processo de degradação que começou antes das chuvas e essa é usada como uma oportunidade”, completa.
Ainda de acordo com o professor, a segregação do espaço urbano é um fenômeno socialmente divido. Dessa forma, a construção de uma nova cidade não pode ser delega às politicas públicas que só contribuem para essa divisão. Se faz necessária uma construção coletiva a partir da união entre a comunidade soteropolitana e de discussões como essa.
Fonte: Blog Correio Nagô
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