Foi realizada na tarde de hoje, 12/05, a caminhada que marca os 10 anos da campanha Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta, uma ação de movimentos e comunidades negras da capital baiana e do interior da Bahia, com articulações em outros estados e até países.
Da praça do Campo Grande até a Piedade, moradores de bairros como Cosme de Farias, Engomadeira e da comunidade da Cidade de Plástico, do Subúrbio Ferroviário de Salvador, dentre outros, marcharam contra o extermínio e pedindo por justiça pela morte dos jovens negros. Repetindo a ação realizada há 10 anos, quando ocuparam a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, marco de criação da Campanha.
Da praça do Campo Grande até a Piedade, moradores de bairros como Cosme de Farias, Engomadeira e da comunidade da Cidade de Plástico, do Subúrbio Ferroviário de Salvador, dentre outros, marcharam contra o extermínio e pedindo por justiça pela morte dos jovens negros. Repetindo a ação realizada há 10 anos, quando ocuparam a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, marco de criação da Campanha.
A concentração foi aberta com o discurso do fundador da Campanha, Hamilton Borges, que lembrou aos presentes o que motivou a existência da articulação. “A Reaja só existe porque nossos irmãos e irmãs assassinados não possuem nenhum valor para o Estado, dessa maneira, não temos motivo para comemorar. Contrapondo o que disseram, que a nossa campanha não iria durar meses, aqui estamos”, anunciou Borges. Entre outros fatos, Hamilton lembrou a Chacina do Cabula, que vitimou 18 pessoas (incluindo os desaparecidos) e o assassinato de Giovane, cuja denúncia do Ministério Pública do Bahia aponta ter ocorrido dentro da sede da Rondesp (Rondas Especiais), unidade da Polícia Militar, no bairro do Lobato. “Esse secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, deveria pedir renúncia imediata, pois em nenhum lugar do mundo, a polícia matou tanto como a instituição liderada por ele, aqui na Bahia”, cobrou Hamilton Borges, sob aplausos dos cerca de cem participantes da marcha.
Na mesma linha, a militante Andreia Beatriz, reiterou a importância da união da população contra o genocídio de cidadãos negros. “Estamos lutando pela vida, contra o desrespeito aos nossos e para reclamar de uma dor, que é minha, do meu pai, da minha mãe. Em nome da morte de mais uma hoje, a jovem Dayllane, de 21 anos, que morreu hoje na comunidade da Cidade de Plástico, e dos meninos do Cabula”, disse. A comunidade acusa mais uma ação violenta da Polícia Militar como responsável pela morte de Dayllane, o que gerou protesto na tarde de hoje, na Avenida Suburbana.
No encerramento, pais e familiares de vítimas da ação policial deram seu depoimento, cobrando justiça.
A Campanha Reaja ou será mortx prepara outras ações para marcas os 10 anos de atuação.
Fonte: Correio Nagô
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