Durante a plenária da Federação Única dos Petroleiros, ex-presidente rechaçou ofensas à Dilma e apontou o caminho para sair da crise: “tem que botar o pé na estrada, ir pra rua”
Na tarde desta sexta-feira (03), o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva participou da 5ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reuniu centenas de sindicalistas na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP).
Com o tradicional uniforme laranja da Petrobras, Lula defendeu os avanços conquistados durante os governos petistas e criticou o pessimismo de setores da sociedade. “Não há espaço nesse país para negativismo. A gente tem que olhar para aquilo que a gente era e para isso que a gente é hoje. Se a gente está com problemas, as medidas já foram tomadas pra solucioná-los”, disse.
Com o tradicional uniforme laranja da Petrobras, Lula defendeu os avanços conquistados durante os governos petistas e criticou o pessimismo de setores da sociedade. “Não há espaço nesse país para negativismo. A gente tem que olhar para aquilo que a gente era e para isso que a gente é hoje. Se a gente está com problemas, as medidas já foram tomadas pra solucioná-los”, disse.
O ex-presidente se mostrou indignado com a postura agressiva de parcelas da população contra Dilma. “Ser exigente é ir pra rua cobrar, não é ficar falando palavrão contra a presidenta ou qualquer outra pessoa. Não é pichar o muro do Jô Soares. Cadê a tolerância? Cadê a democracia? Cadê o respeito?”, indagou.
E nas soluções possíveis para vencer “estes momentos difíceis” para os trabalhadores, Lula foi enfático ao afirmar que “[Dilma] tem que botar o pé na estrada, ir pra rua, ao invés de ficar na televisão e na internet ouvindo os que falam mal dela”. Nesse sentido, o ex-presidente anunciou que está preparando uma caravana pelo país para discutir com a juventude os desafios da educação, que considera pauta fundamental para o próximo período.
Lula também criticou a redução da maioridade penal, que apontou como uma tentativa do Estado de se eximir da responsabilidade com os jovens entre 16 e 18 anos. “O Estado, que não cumpriu com as suas obrigações, resolveu acabar com a violência colocando moleque na cadeia. Eu acho que essa meninada está precisando de oportunidades, e não de cadeia”, afirmou.
Complexo de vira-lata
O ex-presidente voltou a defender a Petrobras e realizou duras críticas ao Projeto de Lei 131, do Senado, encabeçado por José Serra, que pretende modificar o marco regulatório de exploração do pré-sal, retirando a obrigatoriedade de participação mínima de 30% da Petrobras nas licitações.
Previsto para ser votado na próxima terça-feira (7), o projeto permitirá a entrada de multinacionais no setor e poderá comprometer o Fundo Social, criado durante o governo de Lula, que destina recursos dos royalties do pré-sal para saúde e educação.
“Essa gente vem dizer que é necessário acabar com o regime de partilha a troca do que? De trazer empresas multinacionais pra fazer aquilo que a gente tem competência? Enquanto é motivo de orgulho no mundo como a empresa que mais investe em tecnologia, eles dizem que a Petrobras não tem capacidade? Qual é a empresa que tem mais capacidade que a Petrobras? Essa gente está deixando prevalecer o complexo de vira-lata que uma parte da elite brasileira teve historicamente”, opinou.
Fonte:Brasil de Fato
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