MigraMundo inicia parceria de conteúdo com a Cáritas RJ, na qual é autorizado a divulgar e reproduzir as histórias de refugiados acolhidos pela entidade. Com isso, a ideia é ajudar ampliar o máximo possível a divulgação do tema do refúgio no Brasil, que infelizmente ainda é bastante desconhecido.
“Aprendi português graças ao Exaltasamba. Eu ouvia as músicas com um dicionário na mão. O meu sonho é conhecer o Péricles.”
Em abril de 2013, Evelyne chegou ao Brasil. Nascida no Senegal, ela fugiu de casa porque sua família queria casá-la com um abastado chefe religioso, contra sua vontade. Após sofrer castigos físicos diários da própria mãe, a jovem pagou uma pessoa para colocá-la em um navio rumo a Santos. Ela achava que estava indo para a Espanha. Por sorte, encontrou um senegalês que lhe pagou uma passagem para Caxias do Sul (RS).
Em abril de 2013, Evelyne chegou ao Brasil. Nascida no Senegal, ela fugiu de casa porque sua família queria casá-la com um abastado chefe religioso, contra sua vontade. Após sofrer castigos físicos diários da própria mãe, a jovem pagou uma pessoa para colocá-la em um navio rumo a Santos. Ela achava que estava indo para a Espanha. Por sorte, encontrou um senegalês que lhe pagou uma passagem para Caxias do Sul (RS).
“Dou graças a Deus por ter chegado sã e salva e por ter encontrado alguém que tenha me ajudado.”
No Sul, Evelyne conseguiu emprego em um restaurante, mas após 8 meses decidiu largar tudo para retomar os estudos. No Senegal, ela tinha cursado um semestre de Letras. No Brasil, a exigência do vestibular e o valor das mensalidades abalaram seus planos, mas não o suficiente para que ela desistisse. A mudança para o Rio foi uma aposta. Solicitante de refúgio, a senegalesa está trabalhando como camelô para juntar dinheiro, mas se matriculou em um curso técnico de informática “para sair da rua”. O desejo, porém, é passar no vestibular e fazer uma faculdade.
Sou jovem, tenho 23 anos. Quero estudar para ter uma boa carreira. Porque um dia eu me caso, fico dependente do marido e depois ele me larga. Quero ter um bom trabalho para ajudar meus seis irmãos que ficaram no Senegal. E minha mãe também. Porque, apesar de tudo, ela é minha mãe. Adoraria voltar um dia ao Senegal e que ela entendesse por que tomei essa decisão. Estou sozinha no Brasil.”
Fonte: Migra Mundo
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