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sexta-feira, 8 de julho de 2016

O recado de Dallas para a polícia racista do Brasil.

Após mais duas mortes brutais cometidas pela polícia contra negros, a revolta explodiu. De novo.

Philando Castile foi parado em uma blitz e alvejado à queima-roupa, dentro do carro, por um policial. Sua namorada transmitiu a tragédia via streaming no Facebook.
A filha de 4 anos estava no banco de trás.

Alton Sterling, vendia CDs em frente a uma loja de conveniência. Foi abordado, jogado no chão e, mesmo imobilizado por dois PMs, também foi executado.

Só este ano foram 123 negros mortos pela polícia americana. Frente ao dantesco cenário, milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades americanas para protestar. Os cartazes diziam o óbvio, o primário em termos de civilidade, mas solapado diariamente: “Vidas negras importam”.

No entanto, em Dallas, o recado enviado para as autoridades de que a paciência se esgotou foi bastante duro. Atiradores abriram fogo contra a polícia e mataram pelo menos 5 agentes e feriram outros seis. Alguns com gravidade, podendo ampliar o número de vítimas fatais nas próximas horas.
Após mais duas mortes brutais cometidas pela polícia contra negros, a revolta explodiu. De novo.
Philando Castile foi parado em uma blitz e alvejado à queima-roupa, dentro do carro, por um policial. Sua namorada transmitiu a tragédia via streaming no Facebook.
A filha de 4 anos estava no banco de trás.
Alton Sterling, vendia CDs em frente a uma loja de conveniência. Foi abordado, jogado no chão e, mesmo imobilizado por dois PMs, também foi executado.
Só este ano foram 123 negros mortos pela polícia americana. Frente ao dantesco cenário, milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades americanas para protestar. Os cartazes diziam o óbvio, o primário em termos de civilidade, mas solapado diariamente: “Vidas negras importam”.
No entanto, em Dallas, o recado enviado para as autoridades de que a paciência se esgotou foi bastante duro. Atiradores abriram fogo contra a polícia e mataram pelo menos 5 agentes e feriram outros seis. Alguns com gravidade, podendo ampliar o número de vítimas fatais nas próximas horas.
“Ainda não conhecemos todos os fatos. O que sabemos é que aconteceu um ataque cruel, calculado e desprezível contra as forças de segurança. Estamos horrorizados com as mortes em Dallas. Não há justificativa para os ataques”, declarou Barak Obama.
O presidente americano já foi mais feliz em suas declarações. Ele sabe exatamente o motivo mas ontem foi escorregadio em seu discurso. O saco da população encheu e já vem dando sinais de estar em vias de estourar faz tempo. A cidade de Ferguson tinha dado um aviso em alto e bom som em 2014. Foram muitas semanas de protestos, tensão e revolta. Por qual razão? A morte de pessoas nas quais a cor da pele foi preponderante. E tudo permanece extamente igual.
A polícia dos Estados Unidos é racista e assassina. A polícia dos Estados Unidos é igual a brasileira. Um recente relatório da Human Rights Watch apresentado esta semana mostrou que a Polícia Militar do Rio de Janeiro matou mais de 8 mil pessoas nos últimos dez anos. 645 mortes só em 2015, o que dá uma proporção de 25 civis abatidos para cada policial morto em serviço. E dos civis mortos, já se sabe que 77% são negros da periferia.
Enquanto a cidade americana de Ferguson ardia, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgava que entre 2000 e 2014, a polícia brasileira tinha matado pelo menos 11.197 pessoas. O ‘pelo menos’ fica por conta dos casos registrados. Em suma, o número pode ser maior.
O Brasil caminha na direção de uma revolta contra o extermínio dos negros e pobres? Os sinais de alerta estão sendo fornecidos, mas ao que tudo indica as autoridades não querem escutar. Uma sociedade que despeja na polícia um poder de julgo e condenação caminha para a barbárie. Estamos vendo isso nas terras do Tio Sam e tapamos os ouvidos para a pergunta “por que o senhor atirou em mim?” feita por jovens em nosso quintal todos os dias. Nada menos que 29 crianças e adolescentes são assassinados diariamente no país, é o que aponta o relatório ‘Violência Letal contra as Crianças e Adolescentes do Brasil’, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.
Oito mil mortos em apenas uma cidade, 29 jovens todos os dias, são alertas gritados no megafone. Vai mudar alguma coisa?

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