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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Desconhecimento limita ação da população no combate às mudanças climáticas

A primeira etapa da pesquisa, que foi qualitativa, foi conduzida por antropólogos brasileiros, treinados por profissionais do Frameworks, instituto independente dos Estados Unidos. No período de abril a junho deste ano, foram entrevistados 12 especialistas de variadas áreas relacionadas ao clima. Em seguida, os principais temas levantados foram apresentados a 25 cidadãos/ãs de cinco capitais – São Paulo, Belo Horizonte [Minas Gerais], Porto Alegre [Rio Grande do Sul], Salvador [Bahia] e Manaus [Amazonas]. O resultado foi que entre o que a ciência sabe sobre as mudanças climáticas e a compreensão da população existe um grande distanciamento.
As pessoas, em especial no Brasil, não conseguem diferenciar as causas e as conseqüências das mudanças climáticas que o planeta vem enfrentando.
Este é o resultado de uma pesquisa inédita divulgada recentemente pelo Instituto Arapyaú, em parceria com o Observatório do Clima. O objetivo de aproximar o assunto do cidadão, para que ele reveja seus comportamentos e cobre os governantes em nível nacional e internacional.

A primeira etapa da pesquisa, que foi qualitativa, foi conduzida por antropólogos brasileiros, treinados por profissionais do Frameworks, instituto independente dos Estados Unidos. No período de abril a junho deste ano, foram entrevistados 12 especialistas de variadas áreas relacionadas ao clima. Em seguida, os principais temas levantados foram apresentados a 25 cidadãos/ãs de cinco capitais – São Paulo, Belo Horizonte [Minas Gerais], Porto Alegre [Rio Grande do Sul], Salvador [Bahia] e Manaus [Amazonas]. O resultado foi que entre o que a ciência sabe sobre as mudanças climáticas e a compreensão da população existe um grande distanciamento.
Registrou-se dificuldade do público em separar variação do clima no cotidiano das mudanças climáticas, decorrentes do aquecimento global. Um exemplo desse desconhecimento é o que os entrevistados entendem como "clima”, relacionando-o sempre à previsão meteorológica e ao derretimento das geleiras e eventos extremos, como secas e chuvas torrenciais.
Mas não são só os/as brasileiros/as se confundem. O Frameworks também desenvolveu um mapeamento completo sobre clima e os oceanos nos Estados Unidos. Os antropólogos começaram a testar formas de falar sobre questões profundas e complexas de maneira simples, utilizando metáforas. Por exemplo, eles associaram o oceano ao coração, comparando como o coração funciona com um oceano.
Agora, os pesquisadores brasileiros vão trabalhar para avançarem para este estágio. Eles mergulharão nos distanciamentos identificados entre os especialistas e a população para desenvolverem metáforas explanatórias. Na sequência, realizarão uma pesquisa quantitativa, apresentando aos entrevistados essas novas formas de explicar e avaliarão os resultados.
De acordo com o estudo, a explicação referente aos temas climáticos tem uma função importante para as organizações que trabalham com a agenda do clima no Brasil e no mundo. A maioria da população nem sequer percebe que para a elevação da temperatura parar é preciso uma série de políticas públicas articuladas.
Um relatório, que já contará com uma estratégia de comunicação, será entregue pelo Frameworks, e será debatido com um grupo de comunicadores, representantes de organizações jornalísticas, novas mídias, de marketing e entretenimento. Depois, será possível produzir as metáforas, com a realização de testes sobre novas formas de informar acerca das questões climáticas. Para esta última etapa, parceiros financiadores dispostos a contribuírem com a finalização da pesquisa estão sendo convidados.
Fonte: Adital

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