Cláudio Botelho, ator e diretor da peça “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos”, se referiu a um “ex-presidente ladrão” e uma “presidente ladra”. Parte da plateia reagiu com coro de “não vai ter golpe”
Na noite desta sexta-feira (20), em Belo Horizonte, o espetáculo “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 minutos”, encenado no Grande Teatro do Palácio das Artes, não chegou ao fim por conta de um aparente improviso do ator e codiretor Claudio Botelho.
Por volta da metade do musical, ele deu início a uma sequência de ataques ao ex-presidente Lula e à presidenta Dilma, inseridos no contexto da história.
Por volta da metade do musical, ele deu início a uma sequência de ataques ao ex-presidente Lula e à presidenta Dilma, inseridos no contexto da história.
Em cena, ele, que fazia o papel de líder de uma companhia teatral que rodava pelo interior do país, fala sobre a chegada de sua trupe em Brejo de Cruz, lugar no qual passava o último capítulo da novela das oito, mesma noite em que um “ex-presidente ladrão foi preso” e que uma “presidente ladra” que ia sofre o impeachment.
Parte da plateia começou a aplaudir mas uma outra parcela vaiou. Logo, as vaias se sobrepuseram e o ator reagiu indignado: “Belo Horizonte?! Minha cidade?!”, relata o jornal Em Tempo. Botelho tentou retomar a peça, mas muitos espectadores se levantaram para ir embora. “Isso é típico de vocês! Vão embora mesmo!”, bradou.
Parte do elenco ainda tentou retomar o espetáculo após a discussão, mas o musical acabou interrompido, com a produção anunciando que devolveria o valor dos ingressos aos espectadores.
“Raras vezes eu vi o público se levantar e dizer ‘não’ a um artista careta, a um artista fascista. Chega de fascismo! Golpe não!”, disse o ator e produtor cultural Adir Assumpção, que assistia ao espetáculo. Ele afirmou ter enviado um e-mail para Chico Buarque, que já recebeu agressões por sua postura em relação ao governo e ao PT.
Fonte: Revista Forum
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