De última hora, Eduardo Cunha altera regra de votação do impeachment que diz respeito às segundas chamadas. Trata-se de mais uma estratégia para garantir a aprovação do processo contra a presidente. Questionado por parlamentares, Cunha respondeu que a decisão cabe a ele e não vai voltar atrás
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alterou na última hora um dos critérios de votação com os quais o governo conta para conseguir a quantidade necessária de votos para derrubar o impeachment de Dilma Rousseff, a segunda chamada dos deputados.
Inicialmente, o peemedebista anunciou em reunião de líderes que faria a segunda chamada daqueles parlamentares que não aparecessem para votar quando convocados pela primeira vez apenas ao final quando esgotada a lista dos 513 deputados.
Neste domingo (17), dia da votação, Cunha decidiu que a segunda chamada será feita ao final da votação de cada Estado.
Ou seja, os parlamentares que porventura não responderem à primeira chamada, precisarão obrigatoriamente se posicionar, no mais tardar, após todos os integrantes do seu Estado votarem.
A medida veio como uma forma de prejudicar a estratégia das bancadas governistas, que contavam com uma decisão contra o impeachment de parlamentares que se ausentaram na primeira chamada por uma pressão dos resultados da votação.
Na última sexta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) fez uma sessão extraordinária para analisar ações contra o processo e determinou uma série de regras, antes questionadas, da ordem de votação.
A sessão desta tarde teve início já com questionamentos de deputados da base sobre a mudança de última hora feita por Cunha. O peemedebista, contudo, respondeu que a decisão cabe a ele e não vai voltar atrás.
ORDEM
A ordem de votação do impeachment será por Estado. Votam primeiro os deputados de Roraima e, por último, os de Alagoas. Confira a sequência:
Roraima; Rio Grande do Sul; Santa Catarina; Amapá; Pará; Paraná; Mato Grosso do Sul; Amazonas; Rondônia; Goiás; Distrito Federal; Acre; Tocantins; Mato Grosso; São Paulo; Maranhão; Ceará; Rio de Janeiro; Espírito Santo; Piauí; Rio Grande do Norte; Minas Gerais; Paraíba; Pernambuco; Bahia; Sergipe; e Alagoas.
Fonte: Pragmatismo Político
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