Estudantes gritam "Mais amor, menos Marina" durante passagem da candidata e realizam beijo gay em protesto contra o recuo no programa de governo após pressão de setores evangélicos
A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, foi alvo de protestos nesta terça-feira, durante a sua rápida passagem por Florianópolis, SC. O motivo do manifesto, coordenado por estudantes, foi a aliança com o candidato ao Senado, Paulo Bornhausen, também do PSB.
Assim que chegou na sede do partido, na região central da cidade, Marina foi cercada por um grupo de estudantes que carregava cartazes com dizeres “Mais amor, menos Marina”, além de faixas demonstrando que o deputado Marco Feliciano estaria apoiando a candidata.
Assim que chegou na sede do partido, na região central da cidade, Marina foi cercada por um grupo de estudantes que carregava cartazes com dizeres “Mais amor, menos Marina”, além de faixas demonstrando que o deputado Marco Feliciano estaria apoiando a candidata.
Os jovens também gritaram contra Bornhausen, liderança catarinense que construiu a carreira em partidos como PFL, DEM e PSD. Duas jovens chegaram a realizar um beijo gay para protestarem contra a mudança no programa de governo da candidata que tratava da questão de casamento homoafetivo. “Marina representa o setor mais atrasado da nossa sociedade ao não aceitar a criminalização da homofobia. Marina tem apoio do Malafaia, Feliciano, Bornhausen. Mas não tem o apoio do povo catarinense. O Estado é laico e não podemos aceitar que as influencias religiosas influenciem e dite as regras da nossa sociedade”, disse um dos estudantes.
O programa de governo de Marina incluía proposta de legalizar o casamento gay, mas o trecho foi retirado após pressão do líder evangélico Silas Malafaia.
Apesar do protesto, Marina Silva participou de evento no comitê e em seguida se reuniu com cerca de 300 militantes no centro de eventos da capital. Ela não comentou o assunto e dedicou seu discurso para disparar críticas contra a adversária Dilma Rousseff, que participa da Assembléia da ONU em Nova York. “Ela só falou do que foi feito na questão ambiental mas não sinalizou para nenhuma proposta futura”, disse.
Fonte: Pragmatismo Político
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