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sábado, 27 de setembro de 2014

Imprensa mentiu sobre guerra ao terrorismo

Na longa entrevista que deu aos blogueiros, na tarde desta sexta-feira, a presidenta Dilma fez uma observação que me deixou intrigado.
Ao acusar a imprensa de ter distorcido integralmente o seu discurso na ONU, ela explicou que não defendeu, obviamente, nenhum “diálogo” com nenhuma organização terrorista. Em seu pronunciamento, Dilma disse o óbvio: mais bombardeios não resolverão nada.
Na entrevista, a presidenta alertou que a mídia brasileira divulgou uma mentira. A mídia deu a entender que Dilma estava se posicionando contra a decisão do Conselho de Segurança da ONU, e que este havia aprovado ataques aéreos às bases do Isis, sigla do Estado Islâmico.
Na longa entrevista que deu aos blogueiros, na tarde desta sexta-feira, a presidenta Dilma fez uma observação que me deixou intrigado.
Ao acusar a imprensa de ter distorcido integralmente o seu discurso na ONU, ela explicou que não defendeu, obviamente, nenhum “diálogo” com nenhuma organização terrorista.
Em seu pronunciamento, Dilma disse o óbvio: mais bombardeios não resolverão nada.
Na entrevista, a presidenta alertou que a mídia brasileira divulgou uma mentira.
A mídia deu a entender que Dilma estava se posicionando contra a decisão do Conselho de Segurança da ONU, e que este havia aprovado ataques aéreos às bases do Isis, sigla do Estado Islâmico.
Mentira.
Os bombardeios americanos e europeus acontecem, mais uma vez, ao arrepio da lei internacional.
Dilma estava certa, e seu discurso foi infinitamente mais sensato que o de Obama.
O Conselho de Segurança da ONU não aprovou nenhum bombardeio ou invasão de espaço aéreo.
Ao contrário, o texto da resolução da ONU, aprovado no último dia 24, aponta a necessidade de se construir soluções não violentas para o crescente nível de terrorismo da região do Iraque e Síria.
O texto fala em endurecimento, aí sim, do combate ao financiamento ao terrorismo e ao livre trânsito de terroristas entre os países.
Mas sugere, claramente, que a prioridade deve ser dada às estratégias não-violentas.
Menciona a necessidade de investimento maciços em educação e cultura, para frear a influência da “retórica terrorista” junto às populações traumatizadas pela guerra.
Bombardeios matam inocentes, destróem infra-estrutura, produzem mais miséria e mais desespero.
E mais terroristas.
O Estado Islâmico nasceu das guerras no Iraque e na Síria.
Guerras idiotas conduzidas ou patrocinadas criminosamente pelos EUA.
Saddam Hussein podia ser um tarado, um déspota, um homem corrompido pelo poder. Mas o Iraque de seu tempo era um país laico, um dos únicos do oriente médio, onde as mulheres saíam às ruas livremente, sem rosto coberto, e podiam exercer funções públicas.
Antes das sanções, era o país mais próspero e mais livre da região.
E não tinha “armas de destruição em massa”.
Hoje se sabe que aquilo foi uma invenção do governo Bush, com a conivência criminosa da mídia americana.
Hoje a região foi tomada por uma religiosidade violentíssima, trevosa, atrasada. Milhões de mulheres estão sob o risco de amputação genital, por resolução do Estado Islâmico contra o prazer sexual da mulher.
É uma coisa de louco, criada pela guerra.
Não aceito e não aprovo o apoio que a imprensa americana dá ao belicismo do governo Obama.
Mas sei que a guerra é uma indústria bilionária, gera empregos e divisas para os EUA.
Para o Brasil, não.
Além de ser uma infâmia moral, a guerra, mesmo num lugar distante como o Iraque, fere os interesses econômicos do Brasil, porque exportamos para o oriente médio.
Faturamos bilhões de dólares exportando carnes, café, geladeiras, etc, para a região.
Dilma estava certa.
Não à guerra, não aos bombardeios.
O terrorismo tem de ser combatido por meios não-violentos.
O terrorismo foi criado pela estratégia de guerra, e tem crescido assustadoramente, para desespero de milhões de pessoas no mundo inteiro, sobretudo no oriente médio, e para o lucro da indústria de armas, americana e europeia.
Fonte: O Cafezinho

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