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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Feliciano apóia Marina. Cadê o “não nos representa”?

Feliciano apóia Marina. Cadê o “não nos representa”?
Durante meses a fio, a mídia alimentou a radicalização religiosa.
Marco Feliciano, que anuncia agora sua epifania marinista, que era politicamente um nada, foi erigido em vilão nacional por sua intolerância fundamentalista.
Os “pós-modernos” todos entraram numa de achar que se opor a ele (um dever de qualquer pessoa civilizada) era o que mais importava, acima de tudo.
A “causa gay” – em si digna e respeitável como tudo o que tem a ver com a defesa da liberdade e da dignidade humanas – passou a ser o eixo das discussões da sociedade, com o apoio luxuoso da Globo e seus “polêmicos” beijos nas novelas.
Que superação da pobreza, afirmação nacional, desenvolvimento, que nada!
O Governo, que se equilibrava na frágil composição de forças de uma sociedade complexa e atrasada como a brasileira, era culpado de “ceder” milímetros e cobrado por não ser um “militante”.
Com todo o respeito que me merecem todas as pessoas, ofereceu-se espaço para que o fundamentalismo avançasse sobre o chamado “senso comum”, que não se modifica aos trancos, mas com perseverança e sacrifício, como fazemos há anos e que nos valeu tantos – embora incompletos,  grandes avanços.
Ai de quem ousasse alertar para os perigos deste clima de confronto, porque seria imediatamente tachado de reacionário, embora tudo o que quisesse fosse viabilizar os avanços sem produzir retrocessos.
Agora, porém, onde o escândalo dos “libertários”, dos ativistas, dos intelectuais que poderiam sinalizar ao povo brasileiro o perigo da onda obscurantista que se levanta?
Será que não são  capazes de observar que estão diante de alguém cuja trajetória descreve uma regra: a de abandonar e tentar  destruir aqueles que a apoiaram?
Quem sabe vamos chegar, metaforicamente, àquela situação da Alemanha nazista, onde os presos “acusados” de homossexualismo portavam um triângulo rosa para marcar-lhes o suposto opróbio.
Que beleza, estão todos lá, reunidos .
Aquela “suruba ideológica” que acusou o marinista Alfredo Sirkis quando o PSB  se aproximou do PT, no Rio, virou uma comportada aliança.
Depois dos tuítes do Malafaia e da “conversão marinista” de Marco Feliciano, já se pode duvidar de nada.
Fonte: O Tijolaço

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