grupo de haitianos
Foto de MPA Brasilies
Os haitianos que se encontram em Manaus e estão dispostos a se organizar já contam com um instrumento legal para isso: a Associação dos Trabalhadores Haitianos no Amazonas (Atham), entidade registrada em cartório, com CNPJ e estatuto social próprio, criada com a finalidade de se tornar um referencial tanto para os imigrantes daquele país que chegam a Manaus como para a sociedade local interessada em conhecer a cultura, força de trabalho e habilidades daquele povo.Criada oficialmente há menos de um mês, a Atham inicia a partir da próxima semana o processo de cadastramento dos haitianos que estão morando em Manaus.O primeiro passo é conhecer a realidade em que estão vivendo hoje os cerca de 1,6 mil haitianos que se encontram espalhados pela cidade. A enfermeira haitiana Marie Ketly Vibert Franceschi, 58, que há 38 anos mora no Brasil e teve a ideia de criar a associação, explica que hoje a principal preocupação das famílias é com a possibilidade de inserção no mercado de trabalho para garantir a sobrevivência no Brasil.
Mãe de três filhos, Marie conta que viu na entidade a possibilidade de prestar esse serviço para o seu povo. Formada em Enfermagem, ela afirma que a Atham, além de assistência jurídica voltada à regularização do visto de permanência e inserção no mercado de trabalho, vai também prestar apoio em saúde e na quebra da barreira da língua, visto que a grande maioria não fala o português.“Queremos prestar esse apoio com a realização de cursos de língua portuguesa e intermediar contato junto às empresas interessadas na mão-de-obra haitiana para evitar que a língua seja um fator que dificulte o acesso ao trabalho”, afirmou Marie, que conta com o apoio da francesa Helena Chiron e do amazonense Roberto Gilonna nessa empreitada.
Vistos
A Atham quer acompanhar o dia-a-dia da comunidade haitiana em Manaus. Dos 1,6 mil vivendo hoje na cidade, 434 já estão com vistos de permanência concedidos pela Polícia Federal.A entidade se preocupou em estabelecer contato com as instituições visando o amparo legal e trabalhista aos haitianos. Para isso, mantém contato com o Ministério Público do Trabalho - 11ª Região (por meio do procurador do Trabalho Audaliphal Hildebrando), Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as empresas do Sistema de Transporte Coletivo e a Pastoral do Migrante.“Muitas empresas demonstram interesse em contratar os haitianos, mas não tinham como estabelecer o contato com a comunidade, e para isso que a associação vai se prestar. Nossa principal preocupação é a de dar dignidade para todos esses homens e mulheres que estão chegando ao Brasil com a finalidade de trabalhar, não querem viver de esmolas”, afirma.
Sede
Passo seguinte será lançar uma campanha para arrecadação de recursos a fim de adquirir ou alugar um imóvel A Atham ainda está longe de ser a entidade dos sonhos da enfermeira haitiana Marie Ketly.Sem recursos para possuir sede própria, a entidade precisará muito do apoio da iniciativa privada e dos próprios haitianos associados para se firmar.“O importante é que já estamos registrados e dispostos a trabalhar pelos e com os haitianos que, futuramente, vão cooperar para manter a associação”, afirma Marie Ketly.Por enquanto, a Atham funciona provisoriamente na casa da enfermeira, no bairro Adrianópolis, mas a intenção é dar início a uma campanha para arrecadação de recursos a fim de conseguirem adquirir ou alugar um imóvel.A entidade já recebeu uma TV de 42 polegadas, ofertada pela superintendente da Suframa, Flávia Grosso, e espera também a contribuição de empresas do Polo Industrial de Manaus, para que possa fazer uma rifa ou sorteio para angariar recursos.
“Futuramente, queremos que a associação forme um time de futebol para participar de competições locais e tenha uma área de lazer onde possam se reunir e reforçar os laços familiares”, ressalta ela. Os haitianos Rosberson Sterling e Rosebel Destine, ambos com 23 anos e desempregados, disseram estar esperançosos com a associação.Rosberson mora no Monte das Oliveiras e trabalhava em um supermercado em Porto Príncipe. Já Rosebel, residente na Paróquia do São Geraldo, era motorista no Haiti.
Mãe de três filhos, Marie conta que viu na entidade a possibilidade de prestar esse serviço para o seu povo. Formada em Enfermagem, ela afirma que a Atham, além de assistência jurídica voltada à regularização do visto de permanência e inserção no mercado de trabalho, vai também prestar apoio em saúde e na quebra da barreira da língua, visto que a grande maioria não fala o português.“Queremos prestar esse apoio com a realização de cursos de língua portuguesa e intermediar contato junto às empresas interessadas na mão-de-obra haitiana para evitar que a língua seja um fator que dificulte o acesso ao trabalho”, afirmou Marie, que conta com o apoio da francesa Helena Chiron e do amazonense Roberto Gilonna nessa empreitada.
Vistos
A Atham quer acompanhar o dia-a-dia da comunidade haitiana em Manaus. Dos 1,6 mil vivendo hoje na cidade, 434 já estão com vistos de permanência concedidos pela Polícia Federal.A entidade se preocupou em estabelecer contato com as instituições visando o amparo legal e trabalhista aos haitianos. Para isso, mantém contato com o Ministério Público do Trabalho - 11ª Região (por meio do procurador do Trabalho Audaliphal Hildebrando), Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as empresas do Sistema de Transporte Coletivo e a Pastoral do Migrante.“Muitas empresas demonstram interesse em contratar os haitianos, mas não tinham como estabelecer o contato com a comunidade, e para isso que a associação vai se prestar. Nossa principal preocupação é a de dar dignidade para todos esses homens e mulheres que estão chegando ao Brasil com a finalidade de trabalhar, não querem viver de esmolas”, afirma.
Sede
Passo seguinte será lançar uma campanha para arrecadação de recursos a fim de adquirir ou alugar um imóvel A Atham ainda está longe de ser a entidade dos sonhos da enfermeira haitiana Marie Ketly.Sem recursos para possuir sede própria, a entidade precisará muito do apoio da iniciativa privada e dos próprios haitianos associados para se firmar.“O importante é que já estamos registrados e dispostos a trabalhar pelos e com os haitianos que, futuramente, vão cooperar para manter a associação”, afirma Marie Ketly.Por enquanto, a Atham funciona provisoriamente na casa da enfermeira, no bairro Adrianópolis, mas a intenção é dar início a uma campanha para arrecadação de recursos a fim de conseguirem adquirir ou alugar um imóvel.A entidade já recebeu uma TV de 42 polegadas, ofertada pela superintendente da Suframa, Flávia Grosso, e espera também a contribuição de empresas do Polo Industrial de Manaus, para que possa fazer uma rifa ou sorteio para angariar recursos.
“Futuramente, queremos que a associação forme um time de futebol para participar de competições locais e tenha uma área de lazer onde possam se reunir e reforçar os laços familiares”, ressalta ela. Os haitianos Rosberson Sterling e Rosebel Destine, ambos com 23 anos e desempregados, disseram estar esperançosos com a associação.Rosberson mora no Monte das Oliveiras e trabalhava em um supermercado em Porto Príncipe. Já Rosebel, residente na Paróquia do São Geraldo, era motorista no Haiti.
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Fonte texto: A Crítica/Portal UNEGRO
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