Até agora faltam informações importantes para avaliar até que ponto a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal se omitiram diante das evidências da articulação golpista.
Fica evidente, nos textos degravados, que o diálogo ocorreu antes das votações sobre o processo de impeachment.
Fica evidente, nos textos degravados, que o diálogo ocorreu antes das votações sobre o processo de impeachment.
Quando?
Quando chegou à Procuradoria?
A PGR levou a gravação a Teori Zavascki, relator da Lava Jato?
Ou Janot e Teori não fizeram nada porque não sabiam ( mesmo que poucos venham a acreditar nisso)ou sabiam e não fizeram nada, deixaram ir avante os planos de ruptura da legalidade.
São, neste caso, cúmplices dela, inapelavelmente.
Não há “segredo de Justiça” que se justifique, menos ainda quando permitiram que o Juiz Sérgio Moro divulgasse, de ligeiras horas, um diálogo infinitamente menos comprometedor entre Lula e Dilma, que foi o suficiente para Janot considerar “obstrução da Justiça”.
E um senador, agora ministro do núcleo central do governo de usurpação, dizer que estava “conversando” ministros do Supremo para concordarem com a remoção da Presidenta, o que é?
Como questiona meu colega Fernando Molica, de O Dia, não é lícito “supor que o resultado da votação do impeachment teria sido outro caso os diálogos tivessem sido divulgados antes”?
Não se iludam suas excelências: por mais que a mídia brasileira não lhes faça perguntas incômodas, o mundo as fará.
Fonte: O Tijolaço
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