A II Jornada de Lutas da Juventude começou na quarta-feira, 26 de março, em Brasília e São Paulo, e vai até o dia 09 de abril. Estudantes e entidades do movimento estudantil defendem a aprovação do PNE, com investimento de 10% do PIB para educação. Em São Paulo, os estudantes conseguiram pressionar a aprovação do plano de carreira para professores e funcionários do Centro Paula Souza.
As lideranças do ato em Brasília foram recebidas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), que se comprometeu em apoiar a aprovação dos 10% do PIB para educação. “Foi uma abertura muito boa em Brasília e em São Paulo. A Jornada de Lutas é bem ampla, envolve muitas bandeiras como reforma política, desmilitarização da polícia, democratização da mídia, mas também tem as reivindicações mais urgentes, como a aprovação do PNE”, afirma o vice-presidente da UJS, Renan Alencar.
A abertura em São Paulo foi marcada pela paralisação de várias escolas estaduais, em protesto pela falta de qualidade no ensino e na estrutura. De acordo com Renan Alencar, a propaganda do estado que passa na televisão não é o estado em que vivemos.
Para Carina Vitral, presidente da UEE, a abertura da Jornada em São Paulo foi muito positiva, os estudantes conseguiram pautar a mercantilização do ensino das escolas, a falta de qualidade e os desvios de verba do metrô, bem como a instauração de uma CPI para apurar as denúncias de corrupção. “O transporte também é uma pauta do movimento estudantil. As várias panes do metrô atrasam a vida de muitos estudantes”.
As principais reivindicações em São Paulo foram sobre o transporte público e a aprovação do plano de carreira dos professores e funcionários do Centro Paula Souza. Os manifestantes também cobraram a instauração da CPI para apurar as denúncias sobre o Cartel do Metrô da gestão do PSDB, há 20 anos comandando o estado de São Paulo, com gritos de “Não vai ter Alckmin”.
“Além de lotado, o metrô é caro e acontecem várias panes. Fora o assédio contra as mulheres, e ainda liberam peça publicitária alegando que é bom “xavecar” no metrô. Nossa malha ferroviária é insuficiente, onde está o dinheiro de investimento no transporte público?”, questiona Renan Alencar.
O ato em São Paulo caminhou até a Assembleia Legislativa (ALESP). Os manifestantes, funcionários, professores e alunos, ocuparam o plenário Juscelino Kubitschek e acompanharam a votação do Projeto de Lei Complementar 7/2014, que altera a Lei Complementar 1.044/2008, que institui o plano de carreiras dos servidores do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps). As Escolas de Ensino Técnico (Etecs) e as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) integram o centro. O projeto foi aprovado por unanimidade.
“Foi um dia de lutas e vitórias. Ocupamos o plenário da ALESP exigindo a aprovação do plano de carreira dos professores e funcionários do Centro Paula Souza e conseguimos”, afirma Carina Vitral.
Os atos vão continuar até o dia 09 abril em todo o país. No dia 01º a Jornada se unirá as mobilizações de “descomemoração” do Golpe Militar de 1964, para lembrar esse período não resolvido de nossa história e para que ele nunca mais aconteça.
Fonte: Portal UJS
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