Mais um grave acidente de trabalho foi registrado na metalúrgica Teksid do Brasil, empresa do Grupo Fiat, situada em Betim. Desta vez, a vítima foi o metalúrgico Pedro Tavares Neto, que trabalhava no setor de Fornos, na manhã da última quinta-feira, 24. O trabalhador foi socorrido no Hospital Santa Rita e, posteriormente, encaminhado ao Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.
Segundo informações obtidas pelo Sindicato, o metalúrgico passou por cirurgia e encontra-se no CTI. Até o momento, seu estado de saúde não foi informado.
Tão logo tomou conhecimento do acidente, a direção do Sindicato entrou em contato com a Teksid e solicitou uma reunião em caráter de urgência para tratar do assunto. Na reunião, realizada na manhã de desta sexta-feira, 25, o Sindicato cobrou explicações sobre o acidente e pediu uma reunião com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e os técnicos de segurança do trabalho da empresa para discutir as questões referentes à segurança do trabalhador da fábrica.
Em 2012, foram registrados vários acidentes graves na planta da Teksid, que resultaram em três mortes. Em todos os casos, o Sindicato cobrou da empresa mudanças e melhorias nas condições de trabalho e segurança na fábrica, para evitar novos casos de acidentes. O Sindicato também denunciou os casos e pediu providências às autoridades competentes.
417 acidentes em 4 anos
A lista de acidentes de trabalho ocorridos na planta da Teksid nos últimos anos é extensa. Conforme levantamento realizado pelo Sindicato, entre 2008 e 2012 ocorreram 417 acidentes na Teksid e na Nemak – empresas que funcionam no mesmo local. O número é baseado nos Comunicados de Acidentes de Trabalho (CATs) que foram enviadas à entidade.
Para o presidente do Sindicato, João Alves de Almeida, as empresas investem muito em tecnologia, produtividade e qualidade de seus produtos, mas não se atentam para o principal, que é a vida humana.
“A Teksid e a Nemak, particularmente, não podem continuar a tratar com descaso as condições de segurança e a vida dos trabalhadores, tampouco seguir com sua política de comprar mandatos de cipeiros e impedir o trabalho eficaz de prevenção de acidentes”, alerta.
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Fonte texto: Blog CTB/MG
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