Empresário disse
que ela enfrentou 17 anos de 'batalha contra o câncer'. Dupla sueca formada com
Per Gessle tinha hits como 'Listen to your heart', 'It must have been love' e
'How do you do!'.
A sueca Marie Fredriksson,
vocalista da dupla Roxette, morreu nesta segunda-feira (9) aos 61 anos,
informou seu empresário. Em nota divulgada nesta terça-feira, ele disse que ela
enfrentou "17 anos de uma longa batalha contra o câncer".
Per Gessle, integrante
do Roxette, lamentou a morte de Marie em uma mensagem publicada nas redes
sociais. "Não tanto tempo atrás, passávamos dias e noites em meu pequeno
apartamento compartilhando sonhos impossíveis. Estou honrado de ter
compartilhado seu talento e generosidade. As coisas nunca mais serão as
mesmas."
Marie nasceu em 30 de maio de 1958, na Suécia, e iniciou sua
carreira quando se tornou amiga de seu então futuro companheiro de banda no
Roxette, Per Gessle.
Em 1984, ela começou sua carreira solo e,
dois anos depois, uniu-se a Per para a formação do grupo.
O Roxette lançou hits como "Listen
to your heart", "It must have been love", "Joyride",
"Dressed for success", "How do you do!", "Sleeping in
my car", "Dangerous" e "Fading like a flower".
Em 2002, Marie foi diagnosticada com um severo câncer no cérebro
e passou por um longo tratamento. Em 2009, a cantora fez uma volta gradual aos
palcos, seguindo com seus compromissos musicais e encontros com fãs até 2016,
quando os médicos lhe pediram para interromper a turnê e se dedicar aos
cuidados com a saúde.
Marie era casada com Mikael Bolyos e
tinha dois filhos, Josefin e Oscar. Segundo o comunicado, a família pediu
respeito neste momento de dor. O funeral da cantora será reservado apenas a
familiares próximos.
Time goes by so quickly. It’s not that long ago we spent days+nights in my tiny apartment sharing impossible dreams. And what a dream we eventually got to share! I’m honoured to have met your talent+generosity. All my love goes to you+your family. Things will never be the same. pic.twitter.com/CTegAUGrXG— Per Gessle (@PartyPleaser) December 10, 2019
Entenda o que é o câncer no cérebro, que matou a cantora Marie
Fredriksson do Roxette
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Gravidade da doença
depende da localização do tumor, que na maioria das vezes se desenvolve por
metástase
Em 2002, Marie foi diagnosticada com o
tumor após desmaiar dentro de casa e desde então lutava contra a doença. O
câncer no Sistema Nervoso Central (SNC) — que envolve o cérebro e a medula
espinhal — representa de 1,4 a 1,8% de todos tumores malignos no mundo, de acordo
com o Instituto Nacional do Câncer ( Inca ). Cerca de 88% deles são no
cérebro.
Os
tumores que se desenvolvem no cérebro podem ser primários — quando as células
cancerígenas são originárias do próprio tecido cerebral — ou secundários —
quando ocorre por causa de metástase de
outro câncer ,
como o de mama, pulmão e pele .
Os tipos secundários são os mais frequentes.
Pelo
fato de não haver exames preventivos para diagnosticar o câncer no cérebro , é preciso
ficar atento aos sinais de alerta. Eles podem surgir em momentos iniciais ou
avançados do tumor, já que dependem de onde ele está localizado. Os sintomas
mais frequentes são: dor de cabeça muito forte que pode estar associada a
náuseas e vômitos, crise convulsiva, alterações de equilíbrio, de visão ou de
audição, alterações da fala ou da capacidade intelectual (compreensão,
raciocínio, escrita, cálculo, reconhecimento de pessoas).
—
Se você notou alguns desses sinais, procure um médico. O tratamento precoce é
sempre melhor. Não negligencie os sintomas — orienta Carolina Fittipaldi,
médica oncologista da Oncoclínicas.
De
acordo com a especialista, a maioria dos diagnósticos ocorrem na emergência,
quando os pacientes procuram ajuda médica após uma crise de dor de cabeça muito
forte ou por causa de um episódio convulsivo. A lesão é identificadas por
exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética com
contraste.De
acordo com o Inca, alguns fatores aumentam a chance de desenvolvimento do
câncer cerebral, como exposição a radiação ionizante (profissionais que lidam
com raios-X, pessoas que se submetem à radioterapia ou a exames excessivos com
radiação) e deficiência do sistema imunológico (que pode ser causada pelo vírus
HIV ou pelo uso de medicamentos ou drogas que suprimem o sistema imunológico).
— O
tratamento depende muito do tipo de tumor e da localização dele no cérebro. Por
ser uma área nobre, às vezes, não se recomenda operar pois a cirurgia pode
provocar sequelas que vão prejudicar a qualidade de vida do paciente.
Dependendo do resultado da biópsia, determina-se qual planejamento será
seguido, se será preciso quimioterapia, radioterapia ou os dois — diz Carolina.
Todo
o tratamento é conduzido por uma equipe multidisciplinar, que além do
neurocirurgião, inclui oncologista clínico, fisioterapeuta, enfermeiro,
fonoaudiólogo e nutricionista, por exemplo.
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