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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Macri diz que Venezuela 'não acrescentou' ao Mercosul e que bloco 'estaria melhor' sem Caracas

Brasil, Argentina, Chile, México, Paraguai e Peru divulgaram nota em que se dizem ‘preocupados’ com o que chamam de 'atraso' no processo de referendo na Venezuela


Sobre a situação brasileira, o presidente argentino disse considerar que o processo de impeachment de Dilma Rousseff não foi um golpe de Estado.
“Hoje [o Brasil] é governado pelo vice-presidente da chapa do PT, que ganhou as últimas eleições [presidenciais]”, disse Macri, para quem a parceria com o Brasil está “acima das conjunturas políticas de momento”.
Países se dizem ‘preocupados’ com referendo na Venezuela
Também nesta quarta-feira, as chancelarias de Brasil, Argentina, Chile, México, Paraguai e Peru divulgaram uma nota conjunta em que se dizem ‘preocupadas’ pela decisão do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela de implicar um “método determinado” para realizar a coleta de 20% das assinaturas necessárias para convocar o referendo que pode revogar o mandato de Nicolás Maduro.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta quarta-feira (29/08) que o Mercosul estaria “melhor” sem a Venezuela, cuja presença no bloco, de acordo com ele, “não acrescentou” à organização.
Em entrevista concedida a meios de comunicação brasileiros em sua residência oficial em Buenos Aires, Macri se disse preocupado com a situação da Venezuela. O mandatário argentino vem fazendo críticas ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desde a campanha que o levou à Presidência argentina no ano passado. De acordo com ele, Maduro estaria “violando direitos humanos” ao realizar a prisão de líderes opositores, a quem Caracas acusa de estarem promovendo violência no país. 
“Sinto que o governo de Maduro radicaliza a sua posição, em vez de gerar uma abertura para o diálogo”, disse Macri.
Questionado sobre a possibilidade de Caracas se adequar às normas do Mercosul até o prazo de 1º de dezembro ou de uma eventual saída da organização, Macri afirmou que “o ingresso da Venezuela não acrescentou nada positivo” ao bloco comunitário. “O Mercosul seguiria adiante de uma forma mais fácil sem a Venezuela”, acrescentou. Segundo o mandatário argentino, se a Venezuela não se adequar às nMacri criticou também o que chamou de “colapso econômico” da Venezuela e disse que o país não “respeita as normas democráticas”.
Até a publicação desta reportagem, Caracas não havia se pronunciado sobre as declarações de Macri.
Em 14 de setembro, os chanceleres de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai decidiram que a presidência do Mercosul não seria exercida pela Venezuela, como indicava o cronograma do bloco, e que os quatro países fundadores da organização irão exercer em conjunto sua liderança até o final do ano.
Em resolução aprovada por Brasil, Paraguai e Argentina com abstenção do Uruguai, os países-membros do bloco decidiram que a Venezuela tem até o dia 1º de dezembro para se adequar às regras internas do bloco. Caso isso não ocorra, o país será suspenso da organização.
A Venezuela, por sua vez, diz que irá continuar na liderança do bloco e acusa Argentina, Brasil e Paraguai de tentar “destruir” o Mercosul.
‘Acima da conjuntura’
A entrevista aos jornalistas ocorreu cinco dias antes do encontro de Macri com o presidente brasileiro Michel Temer, que viajará a Buenos Aires na segunda-feira (03/10).
Sobre a situação brasileira, o presidente argentino disse considerar que o processo de impeachment de Dilma Rousseff não foi um golpe de Estado.
“Hoje [o Brasil] é governado pelo vice-presidente da chapa do PT, que ganhou as últimas eleições [presidenciais]”, disse Macri, para quem a parceria com o Brasil está “acima das conjunturas políticas de momento”.
Países se dizem ‘preocupados’ com referendo na Venezuela
Também nesta quarta-feira, as chancelarias de Brasil, Argentina, Chile, México, Paraguai e Peru divulgaram uma nota conjunta em que se dizem ‘preocupadas’ pela decisão do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela de implicar um “método determinado” para realizar a coleta de 20% das assinaturas necessárias para convocar o referendo que pode revogar o mandato de Nicolás Maduro.
Segundo o texto, a consequência é “postergar a realização do referendo revogatório até 2017, afetando assim o sentido da consulta”.
O CNE anunciou, há uma semana, a aprovação do cronograma do processo para convocar o referendo, que deverá ocorrer no primeiro trimestre do próximo ano.
A oposição da Venezuela, por sua vez, diz que o CNE tem atrasado o processo de maneira proposital já que, se o referendo for realizado a partir de janeiro de 2017 e a população decidir pela saída de Maduro, quem assume é o vice-presidente, Aristóbulo Istúriz (PSUV), sem que sejam convocadas novas eleições presidenciais.
A nota dos chanceleres afirma também que os países reiteram seu “apoio e disposição” para o diálogo entre governo e oposição na Venezuela que permita “promover a estabilidade política, a recuperação econômica e o pleno respeito aos direitos humanos”.ormas até 1º de dezembro, “deverá deixar de fazer parte” do bloco regional.

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