As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) aprovaram nesta quinta-feira (22), durante sua 10ª Conferência Nacional Guerrilheira, a transformação do grupo em partido ou movimento político.
“Está aprovado que vamos passar à transformação em uma força política”, disse à emissora multiestatal Telesur o comandante das Farc Félix Antonio Muñoz Lascarro, conhecido como Pastor Alape.
“Está aprovado que vamos passar à transformação em uma força política”, disse à emissora multiestatal Telesur o comandante das Farc Félix Antonio Muñoz Lascarro, conhecido como Pastor Alape.
Segundo ele, são esperadas reformas institucionais para decidir como se dará este novo passo, mas já há comissões trabalhando nesse sentido.
Alape explicou que, contando a partir de segunda-feira (26), data da cerimônia para a assinatura final do acordo de paz entre o governo e a guerrilha, as Farc continuarão sendo uma guerrilha pelos próximos 180 dias. Após esse período, “terá que se estabelecer uma direção de transição à força política, que a conferência decidirá”.
As Farc realizam em Llanos del Yarí, no departamento de Meta (sul da Colômbia), sua primeira conferência pública em mais de 50 anos. Nesta sexta-feira (23) haverá o encerramento oficial do encontro, quando se dará a leitura da Declaração Política e a aprovação, por mais de 200 delegados, do acordo de paz entre a guerrilha e o governo de Juan Manuel Santos.
Em entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira, Carlos Antonio Lozada, um dos chefes das Farc, afirmou que o nome da "proposta política" será decidida em um congresso constitutivo, a ser convocado após o processo de deposição das armas.
De acordo com ele, até a manhã desta sexta-feira (23), haviam sido aprovados 50% dos temas tratados em comissões, e existe a possibilidade de que a conferência se estenda até o sábado (24) se não houver tempo de decidir todas as questões.
O acordo entre o governo e a guerrilha, firmado em 24 de agosto após quatro anos de diálogo, será submetido a um plebiscito em 2 de outubro para ser validado pela população colombiana.
Lozada disse também aos jornalistas que, em caso de o acordo não se aprovado pelos colombianos, as Farc descartam a renegociação do pacto.
Segundo ele, “não existe a menor possibilidade de que o acordado em Havana seja renegociado; o acordado acordado está e não existe essa possibilidade”.
Fonte: Caros Amigos
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