Siga a gente aqui!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Aécio promete sistema tributário e corte de ministérios como prioridades

Aécio promete sistema tributário e corte de ministérios como prioridades
Em sabatina promovida pelo portal G1 na manhã desta segunda-feira (4), Aécio Neves, candidato do PSDB à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), afirmou que dará prioridade, caso eleito, à simplificação do sistema tributário e a uma reforma ministerial com corte de metade das pastas existentes, revisão do Ministério da Justiça e criação do Ministério da Infraestrutura.
Segundo o postulante, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato ao Senado, trabalha no desenho da nova configuração da máquina pública federal. Hoje, são 39 o número de setores com status de ministério, e Aécio pretende chegar próximo ao “número deixado pelo ex-presidente Fernando Henrique em 2001”, cerca de 20. "Não quero entrar em detalhes, mas [o Ministério da Infraestrutura] trataria de investimentos em rodovias, ferrovias, por exemplo”, resumiu.
Quanto ao Ministério da Justiça, além de afirmar que vai revisar o papel da Polícia Federal e atuar incisivamente no combate ao tráfico de drogas nas fronteiras, Aécio garantiu que não vai “contingenciar” o orçamento da Pasta e estrangular os investimento do setor, “como acontece há 10 anos”. O Ministério da Pesca, por sua vez, está na lista de cortes, "até porque temos que reforçar o Ministério da Agricultura", explicou.
Sobre a simplificação do sistema tributário, Aécio prometeu que o projeto será enviado ao Congresso logo nos primeiros dias. "Estamos declarando guerra ao custo Brasil e resgatando os investimentos que podem vir para o País, incluindo os privados, que andam reduzidos”, pontuou.
GGN elenca, abaixo, os principais pontos da sabatina do G1:
Concursos públicos e corte de comissionados
Confrontado sobre o fato de a gestão FHC ter congelado a promoção de concursos públicos, Aécio afirmou que “o momento agora é outro” e que dará atenção à "profissionalização do setor público""Concursos são fundamentais. O que vou reduzir são os cargos comissionados. Dos 24 mil cargos de livre provimento, acho que podemos reduzir um terço”, projetou o candidato.
Redução salarial de cargos eletivos
Sobre a possibilidade de decretar a redução salarial de ocupantes de cargos eletivos, Aécio disse que essa “não será questão central”. “O que parlamentares têm de fazer é trabalhar e manter contato com os eleitores. Por isso defendo reforma política. É preciso conexão maior entre o representado e representante."
Sarney, Calheiros e o PMDB
Questionado por um leitor do G1 se governar no plano federal é viável sem apoio de figuras como José Sarney, Renan Calheiros e outros caciques do PMDB, Aécio disse que sim. “É possível governar sem o PMDB. Não há mais como manter essa relação de mercantilização. (Mas) Se quadros do PMDB resolverem apoiar o nosso projeto, será algo da democracia. Aqueles que vierem somar, será ótimo. Mas não em troca de nacos de poder”, disse.
Aborto, maconha e casamento gay
Em relação às propostas para descriminalizar o aborto, Aécio disse que segue a legislação atual, que garante o procedimento em caso de má formação do feto, risco de morte à mulher ou estupro. “Acho que a lei já atende as demandas."
Sobre a legalização das drogas, o tucano se colocou contrário às propostas, afirmando que o Brasil não deve ser “cobaia desse tipo de caso”. “Respeito os países que fazem essa experiência, mas não vi avanços objetivos ainda”, acrescentou.
O candidato afirmou ainda que o casamento gay já é uma “pauta do passado”, no sentido de que a sociedade deveria reconhecer e apoiar a união entre pessoas do mesmo sexo.  “É algo que está colocado."
Terras indígenas e invasões do MST
Sobre os episódios envolvendo a demarcação de terras indígenas, Aécio disse que temos uma legislação que deve ser cumprida e que fará valer a Constituição. Na visão do tucano, “existe hoje omissão do governo federal, que permite conflito permanente entre órgão públicos que regulam essa matéria."
Sobre as invasões urbanas ou no campo patrocinadas pelo Movimento Sem Terra, Aécio classificou os atos como criminosos e disse que o correto é promover a “reforma agrária que Dilma não fez”. “Ela fez menos reforma agrária do que Geisel fez no governo ditatorial”, cutucou.
Foro privilegiado, grandes fortunas, cotas e privatização
Nos minutos finais da sabatina, o presidenciável do PSDB foi submetido ao chamado pinga-fogo, um combo de perguntas que deveriam ser respondidas com sim ou não.
Aécio afirmou ser a favor do projeto do senador Aloysio Nunes para reduzir a maioridade penal; disse que poderia rever as discussões sobre taxação de grandes fortunas; afirmou ser “temporariamente” favorável às cotas em universidades; defendeu o financiamento privado de campanha desde que seja limitado; apoiou a unificação das policias e a “reestatização” de empresas estatais, como a Petrobras.
Aécio ainda colocou-se contrário ao foro privilegiado em julgamento de políticos, mesmo que tenha sido beneficiado por esse princípio em ação civil pública ajuizada pela Promotoria da Saúde de Minas Gerais, em função de fraude contábil envolvendo mais de R$ 4 bilhões da saúde.
Aeroporto de Cláudio
Questionado sobre as razões que o levaram a aguardar 10 dias para admitir que fez uso do aeroporto de Cláudio (MG) - contruído em terreno de um tio-avô do tucano por R$ 14 milhões, ainda sem permissão para operar -, Aécio afirmou que a demora se deve à tentativa de esclarecer, primeiro, uma “informação que não está correta”, que seria a acusação de ter feito uma obra pública em terreno privado.
Mensalão
Instigado a rebater uma declaração da presidente Dilma, na qual a petista afirma que o mensalão do PT teve “dois pesos e umas 19 medidas”, Aécio disse que os casos são “distintos” e não cabe comparação.
O senador justificou a posição alegando que a Ação Penal 470 sustentou a existência de caixa dois para campanhas eleitorais, além de compra de votos no Congresso por apoio ao governo Lula (2002-2010). No caso do PSDB, “houve processo sobre campanha eleitoral. Se houve irregularidade, todos precisam ser punidos. (...) O PT tem dificuldade grande de reconhecer equívocos. Seria melhor fazer o ‘mea culpa’", pontuou.
Novas sabatinas
Candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos será sanatinado no G1 na próxima segunda-feira, 11 de agosto. O portal promoverá entrevistas com 10 postulantes ao Palácio do Planato.
Dilma Rousseff foi sorteada para ser alvo da sabatina no final de julho mas, por problemas de agenda, não pôde participar.
Fonte: Luis Nassif On Line

Nenhum comentário:

Postar um comentário