Dando sequência à serie “Eleições PCdoB 2014”,entrevista o ex-ministro do Esporte e vereador na capital paulista Orlando Silva. Ele é candidato a deputado federal nestas eleições. O comunista faz um balanço dos últimos 12 anos de governos progressistas e comenta a respeito da sua plataforma eleitoral.
Orlando Silva é baiano, natural de Salvador, e iniciou sua trajetória através do grêmio estudantil do seu colégio, nos anos 1980.
Desde então, participou de grandes lutas do cenário político brasileiro, sendo um dos protagonistas do movimento “Fora Collor!” que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Em 1995, o jovem foi o primeiro negro a ocupar a Presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE), enfrentando o auge do período neoliberal que sucateava o país. “Era um momento de muita ofensiva do neoliberalismo e resistência política de nossa parte, quando o Fernando Henrique Cardoso queria ferir a autonomia universitária, cortando os recursos necessários para a manutenção da atividade das universidades. O governo tratava com repressão e marginalizava os movimentos sociais. Felizmente, houve um acúmulo de força dos movimentos, o que possibilitou a chegada do campo progressista ao poder em 2002.”
Desde então, participou de grandes lutas do cenário político brasileiro, sendo um dos protagonistas do movimento “Fora Collor!” que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Em 1995, o jovem foi o primeiro negro a ocupar a Presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE), enfrentando o auge do período neoliberal que sucateava o país. “Era um momento de muita ofensiva do neoliberalismo e resistência política de nossa parte, quando o Fernando Henrique Cardoso queria ferir a autonomia universitária, cortando os recursos necessários para a manutenção da atividade das universidades. O governo tratava com repressão e marginalizava os movimentos sociais. Felizmente, houve um acúmulo de força dos movimentos, o que possibilitou a chegada do campo progressista ao poder em 2002.”
Socialismo com a nossa cara
O candidato comunista foi eleito em 1998 presidente da União da Juventude Socialista (UJS). A gestão foi marcada pelas reinvindicações de combate às altas taxas de desemprego e pela soberania nacional contra as privatizações do governo FHC. Em 2000 Orlando foi reeleito presidente da entidade.
Em 2006, na segunda gestão do governo Lula, Orlando é empossado ministro do Esporte e realizou os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Parapan-Americanos de 2007, com grande sucesso e recorde de medalhas de ouro. Sua gestão colocou o país no centro da agenda esportiva internacional pelos próximos 10 anos ao trazer a Copa do Mundo de 2014 para o Brasil. Entregou 6.000 obras de infraestrutura esportiva em todo o país, de quadras em escolas até grandes complexos esportivos, ampliando a prática esportiva em todos os estados.
Atualmente, Orlando é presidente estadual do PCdoB no estado de São Paulo. Ele concorre nestas eleições a uma vaga na Câmara Federal. Segundo o candidato, o Brasil vive uma fase completamente diferente, com o projeto implementado por Lula e Dilma. “Nós temos a menor desigualdade da história do Brasil, vivemos em plena democracia. Temos um país que se faz respeitar no cenário mundial por sua soberania e que contribui cada vez mais para a construção de um mundo de paz e de cooperação. Um governo que realiza o sonho de gerações do ponto de vista das oportunidades para o desenvolvimento nacional e de seu povo.”
Orgulho de ser comunista
O candidato diz que a militância comunista deve ter muito orgulho de ter feito parte desta caminhada dos 12 anos de governos progressistas. “O Partido, consciente do seu papel histórico, tem que ser protagonista na definição de uma agenda que dê continuidade a essas conquistas. É fundamental a realização de uma reforma política para ampliar a participação popular, a democracia, fortalecer os partidos. É preciso enfrentar uma reforma do Estado para garantir uma maior eficiência e
Esgotamento do projeto tucano
O ex-ministro afirma que São Paulo vive um esgotamento do projeto que começou há mais de 20 anos liderado por tucanos. “Eles são incapazes de fazer frente a temas sensíveis para a população. Quando eu caminho pelas ruas, sinto muitas reclamações do povo em relação à saúde. O SUS funciona de maneira parcial devido a uma alteração realizada pelo governo do estado. Há uma crítica muito forte sobre a qualidade da educação em sua infraestrutura e desrespeito com que os professores são tratados. Existe um pavor do ponto de vista da segurança pública, a juventude na periferia sofre com a violência brutal presente no estado e há uma omissão por parte do governo. A crise do desabastecimento de água é um exemplo cabal da ausência de planejamento da gestão do PSDB.”
Padilha para avançar nas mudanças
“Temos confiança em que é possível derrotar os tucanos, o candidato Alexandre Padilha (PT), que tem como vice ao governo do estado de São Paulo o comunista Nivaldo Santana, cresce nas pesquisas de intenção de voto e vamos trabalhar para chegar ao segundo turno. Em São Paulo temos uma grande preocupação que é articular os partidos da base do governo Dilma. O esforço é que, independentemente da opção pelo candidato no estado, é necessário que haja apoio à candidatura da presidenta Dilma, pois sua reeleição é nossa batalha principal”, afirma.
Plataforma política
No que diz respeito à sua plataforma política como candidato a deputado federal, Orlando preza pelo desenvolvimento econômico e social. “Quero ser uma voz que represente a posição do PCdoB, um Partido que tem história no país e em São Paulo. É importante enfrentar no Congresso temas que são de interesse nacional e que repercutem no estado. Como deputado, vou construir no parlamento a efetivação da Reforma Política e garantir conquistas sociais na área da educação, da creche ao ensino superior, e medidas para qualificar ainda mais os serviços de saúde e moradia, temas muito fortes de reinvindicações populares. Pretendo contribuir ao lado do prefeito Fernando Haddad para que o Congresso dê solução para o problema da dívida da capital paulista, é um problema-chave que limita o desenvolvimento da maior cidade do país”, conclui.
Fonte: Portal Vermelho
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