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sábado, 9 de maio de 2020

Em vídeo, enfermeira de NY denuncia racismo na atenção médica: “vidas de negros e latinos não importam aqui”

“As pessoas não estão morrendo pelo coronavírus. Muitos são vítimas desse tipo de tratamento negligente dado a pessoas pobres, e não da doença”, relata Nicole Sirotek


A enfermeira estadunidense Nicole Sirotek, que trabalha em um hospital de Nova York atendendo pacientes com covid-19, gravou um vídeo estarrecedor, denunciando o que, segundo ela, é uma regra “racista e xenófoba” por parte dos médicos que trabalham com ela.
A enfermeira estadunidense Nicole Sirotek, que trabalha em um hospital de Nova York atendendo pacientes com covid-19, gravou um vídeo estarrecedor, denunciando o que, segundo ela, é uma regra “racista e xenófoba” por parte dos médicos que trabalham com ela.


Segundo a profissional de saúde, “as vidas dos negros não importam aqui, as vidas dos latinos tampouco, a negligência é grave e a má gestão médica é completa”. Segundo ela, a maioria dos pacientes morre “achando que vai receber uma boa atenção, mas aqueles em quem confiam estão agindo sem nenhum tipo de cuidado ou preocupação com eles”.
Entre os muitos exemplos de negligência contados por Sirotek em seu vídeo, está o de um anestesista que intubou incorretamente um paciente, ela teria informado o médico sobre isso, mas este simplesmente se negou a acreditar, e somente aceitou o erro cinco horas depois, quando lhe mostraram uma radiografia. Segundo a enfermeira, o paciente morreu.

“A covid-19 não colocou aquele tubo no lugar errado. Essa pessoa não morreu pelo coronavírus. Muitíssimos dos que estão morrendo são vítimas desse tipo de tratamento, não da doença”, relata a enfermeira, entre lágrimas.

Ela disse que também tentou falar com outras enfermeiras do hospital, para defender que não houvesse mais negligências contra pacientes negros e latinos, e mais rigor nos protocolos para evitar mais mortes.

“Me disseram que `ah, mas não se pode salvar as vidas de todos´, mas elas sabem o que está acontecendo, e concordam que isso é errado, então eu me pergunto se sou a única aqui que não é uma sociopata”, reclamou, Sirotek, visivelmente emocionada.

Fonte: Revista Forum

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