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domingo, 12 de junho de 2016

A unidade e a solidariedade entre os povos são indispensáveis

venezuelanos. Em 2015 o presidente dos EUA, Barack Obama, emitiu um decreto em que aponta a Venezuela como uma “ameaça” à segurança nacional estadunidense. O decreto continua em vigor e é um imperativo democrático e da soberania nacional de toda a região derrogá-lo.

A vitória da oposição nas eleições legislativas de dezembro de 2015 e a grave crise econômica que o país enfrenta, com sérios problemas de desabastecimento, fizeram recrudescer os planos golpistas e o clima de instabilidade faz subir ainda mais os níveis já elevados de tensão política.

Diante disso, a Revolução Bolivariana defende-se com honra e coragem. Recorre ao povo e à preservação da pátria e da legalidade. Ao mesmo tempo em que a mobilização popular dos chavistas torna-se cotidiana, o presidente Nicolás Maduro chama ao diálogo responsável, buscando evitar uma confrontação que ameace a paz na Venezuela. No dia 19 de maio, Maduro solicitou ao secretário-geral da União das Nações Sul Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e aos ex-presidentes da Espanha, José Luis Rodríguez Zapareto; do Panamá, Martín Torrijos e da República Dominicana, Leonel Fernández, que iniciassem gestões para lograr um diálogo com setores de oposição onde se alcance, de acordo com as palavras do presidente venezuelano, “o compromisso de respeito à Constituição por parte dos oposicionistas e se promova a paz”.
Intensifica-se a ofensiva brutal do imperialismo estadunidense e das forças oligárquicas venezuelanas, que contam com o apoio da mídia monopolista a seu serviço em outros países latino-americanos e mesmo com a omissão de forças de esquerda omissas e claudicantes.
Os comunistas e a esquerda consequente  brasileiros não silenciam. Vão ao Foro de São Paulo que se realiza de 22 a 26 de junho, em San Salvador, El Salvador, para fazer não só a denúncia do golpe de Estado no Brasil, como também somar-se às forças solidárias à Revolução Bolivariana da Venezuela. Manifestações estão previstas para respaldar o governo de Nicolás Maduro em sua luta pela revogação do absurdo decreto de Obama que considera a Venezuela uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos e para deter os intentos golpistas.
Na última sexta-feira (10), a Secretaria de Política e Relações Internacionais do PCdoB emitiu contundente declaração em que expressa seu apoio ao diálogo nacional proposto pelo presidente Nicolás Maduro “como caminho para que o tratamento das divergências entre as forças políticas venezuelanas – que persistirão existindo pois dizem respeito a diferentes projetos de nação – aconteça dentro dos marcos constitucionais e de forma pacífica”. O PCdoB também exigiu respeito integral à soberania venezuelana e fez um chamamento “a intensificar as ações de apoio à Venezuela, confiante em que a Revolução Bolivariana saberá defender suas conquistas, tendo ao seu lado o povo pobre e trabalhador e a solidariedade militante dos lutadores e lutadoras da América Latina e do Caribe”.
Vale a pena reproduzir a íntegra da nota, intitulada Intensificar a solidariedade à Venezuela.
“Por toda a América Latina, principalmente onde exista um governo com orientação democrática e progressista, faz-se sentir a poderosa ofensiva reacionária das classes dominantes em aliança com o imperialismo.
A massacrante propaganda midiática antigovernamental, a sabotagem econômica, as técnicas de desestabilização, acontecem em toda parte, mas na Venezuela elas são particularmente intensas e violentas.
Já em 2002, com apenas quatro anos de governo democrático e popular, liderado pelo então presidente Hugo Chávez Frias, houve uma intentona golpista fracassada, intentona saudada entusiasticamente pela mídia empresarial venezuelana e brasileira. Em seguida à revolta popular que reconduziu Chávez ao poder, o governo bolivariano continuou apostando no aprofundamento da democracia e na ampliação dos direitos sociais dos trabalhadores.
Desde 1998, quando Chaves chegou à presidência, até hoje, portanto 18 anos, foram nada menos do que 20 eleições e referendos, todos com ampla fiscalização internacional e em apenas duas ocasiões o chavismo foi derrotado.
Mesmo assim, jamais cessaram as provocações, articuladas interna e externamente, contra a soberania popular. Assassinatos de chavistas, ataques criminosos contra o patrimônio público, tudo isso e muito mais foi usado como forma de luta pelos oposicionistas venezuelanos. Em 2015 o presidente dos EUA, Barack Obama, emitiu um decreto em que aponta a Venezuela como uma “ameaça” à segurança nacional estadunidense. O decreto continua em vigor e é um imperativo democrático e da soberania nacional de toda a região derrogá-lo.
A vitória da oposição nas eleições legislativas de dezembro de 2015 e a grave crise econômica que o país enfrenta, com sérios problemas de desabastecimento, fizeram recrudescer os planos golpistas e o clima de instabilidade faz subir ainda mais os níveis já elevados de tensão política.
Diante disso, a Revolução Bolivariana defende-se com honra e coragem. Recorre ao povo e à preservação da pátria e da legalidade. Ao mesmo tempo em que a mobilização popular dos chavistas torna-se cotidiana, o presidente Nicolás Maduro chama ao diálogo responsável, buscando evitar uma confrontação que ameace a paz na Venezuela. No dia 19 de maio, Maduro solicitou ao secretário-geral da União das Nações Sul Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e aos ex-presidentes da Espanha, José Luis Rodríguez Zapareto; do Panamá, Martín Torrijos e da República Dominicana, Leonel Fernández, que iniciassem gestões para lograr um diálogo com setores de oposição onde se alcance, de acordo com as palavras do presidente venezuelano, “o compromisso de respeito à Constituição por parte dos oposicionistas e se promova a paz”.
Este esforço meritório tem amplo respaldo dos países latino-americanos. A Unasul e a Alba já se pronunciaram enfaticamente, apoiando o diálogo e exigindo respeito à soberania venezuelana.
Mesmo a OEA, cujo secretário-geral, Luis Almagro, havia divulgado carta aberta atacando a Venezuela, manifestou no dia 1º de junho o apoio dos países membros à iniciativa de Maduro, na prática desautorizando o Secretário-Geral, obtendo a Venezuela neste caso uma importante vitória diplomática.
No entanto, a mídia empresarial, os imperialistas e seus títeres na Venezuela insistem na escalada golpista. Recentemente, os EUA apresentaram um relatório onde afirmam que na Venezuela existe um “ambiente permissivo de apoio a atividades que beneficiaram conhecidos grupos terroristas”. A maioria do Parlamento Europeu aprovou na quarta-feira (8/6) uma resolução em que na prática aposta na conflagração, ao condicionar o diálogo à libertação do que chama de “presos políticos” entre eles o neofascista Leopoldo López, comprovadamente autor intelectual de atos que causaram dezenas de mortos.
Com tais “incentivos” a oposição não compareceu à última reunião do diálogo.
O Partido Comunista do Brasil expressa seu firme apoio à República Bolivariana da Venezuela e ao diálogo proposto pelo presidente Nicolás Maduro como caminho para que o tratamento das divergências entre as forças políticas venezuelanas – que persistirão existindo pois dizem respeito a diferentes projetos de nação – aconteça dentro dos marcos constitucionais e de forma pacífica.
O PCdoB conclama ainda ao respeito integral à autodeterminação venezuelana e faz um chamamento a intensificar as ações de apoio à Venezuela, confiante em que a Revolução Bolivariana saberá defender suas conquistas, tendo ao seu lado o povo pobre e trabalhador e a solidariedade militante dos lutadores e lutadoras da América Latina e do Caribe”.
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Com o mesmo espírito solidário, o Partido Comunista do Brasil participará na próxima quarta-feira (15), em Bruxelas, em um ato de solidariedade com os povos da América Latina. A iniciativa é do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), com a participação dos movimentos de solidariedade na Bélgica INTAL e Associação Iniciativa Cuba Socialista e o Partido dosTrabalhadores da Bélgica.
Terei a honra de representar os comunistas brasileiros, na condição de secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB. Falarei sobre a contra-ofensiva do imperialismo e das oligarquias locais contra o processo de transformação política e social na América Latina e sobre a conjuntura brasileira. Manifestarei a solidariedade dos comunistas e do povo brasileiro aos povos da América Latina, especialmente aos nossos irmãos venezuelanos, sob ataque brutal do imperialismo e das classes dominantes golpistas. Igualmente, farei a denúncia do golpe em curso no Brasil, mostrando as verdadeiras razões do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
Vou ainda reproduzir a visão dos comunistas e da Frente Brasil Popular sobre o governo interino de Michel Temer, dizer claramente que se trata de um governo ilegítimo e usurpador, que não merece o reconhecimento dos governos e forças políticas pelo mundo.
Na época atual, em que é crescente a ofensiva global do imperialismo e das classes dominantes contra os direitos dos povos e a paz mundial, a unidade e a solidariedade entre as forças revolucionárias e progressistas e entre os povos é tudo.

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