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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Mercosul avalia acordos com Rússia, China e aproximação com Aliança do Pacífico

No Paraguai, mandatários debateram questões econômicas e necessidade de expandir mercados; presidência pro-tempore passa para Uruguai.A ideia foi defendida pela presidente brasileira, Dilma Rousseff, que destacou a necessidade de se realizarem acordos comerciais com países não europeus. Ela reconheceu que a situação do Brasil repercute nos demais países da região e, por essa razão, defendeu o fortalecimento do bloco regional. Dilma destacou ainda os esforços do presidente do Paraguai, Horacio Cartes, para uma abertura e aproximação com a Aliança do Pacífico.

Além de Dilma e Cartes, participam da reunião os mandatários de Argentina, Mauricio Macri; Uruguai, Tabaré Vázquez; Bolívia, Evo Morales; Chile, Michelle Bachelet; e o primeiro-ministro da Guiana, Moses Veerasammy Nagamootoo. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, não compareceu por “compromissos internos” e foi representado pela chanceler Delcy Rodríguez.

Liberalização

No último domingo (20), os chanceleres do bloco concordaram em avançar em suas relações com países como China e Rússia. Neste sentido, os ministros concluíram que essas aberturas ao maior número de países ou blocos são uma forma de voltar às origens do bloco, que, segundo essa visão, teria vocação para o livre trânsito de bens, serviços e mercadorias.
Como forma de enfrentar a crise econômica que afeta os países sul-americanos, os mandatários presentes na 49ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul (Mercado Comum do Sul) defenderam a expansão do mercado do bloco para além da região, mirando em China e Rússia, além do acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), em negociação.
Durante o evento, a presidência pró-tempore, até hoje sob a responsabilidade do Paraguai, foi entregue ao Uruguai.
A ideia foi defendida pela presidente brasileira, Dilma Rousseff, que destacou a necessidade de se realizarem acordos comerciais com países não europeus. Ela reconheceu que a situação do Brasil repercute nos demais países da região e, por essa razão, defendeu o fortalecimento do bloco regional. Dilma destacou ainda os esforços do presidente do Paraguai, Horacio Cartes, para uma abertura e aproximação com a Aliança do Pacífico.
Além de Dilma e Cartes, participam da reunião os mandatários de Argentina, Mauricio Macri; Uruguai, Tabaré Vázquez; Bolívia, Evo Morales; Chile, Michelle Bachelet; e o primeiro-ministro da Guiana, Moses Veerasammy Nagamootoo. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, não compareceu por “compromissos internos” e foi representado pela chanceler Delcy Rodríguez.
Liberalização
No último domingo (20), os chanceleres do bloco concordaram em avançar em suas relações com países como China e Rússia. Neste sentido, os ministros concluíram que essas aberturas ao maior número de países ou blocos são uma forma de voltar às origens do bloco, que, segundo essa visão, teria vocação para o livre trânsito de bens, serviços e mercadorias.
Na mesma linha, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa ressaltou, nesta segunda (21), em entrevista ao Montevideo Portal, que os ministros estabeleceram pautas para liberalizar as trocas entre os países e avaliar uma flexibilização das negociações bilaterais.
Assim, Novoa informou que nos próximos meses será feita uma aproximação do bloco com a Aliança do Pacífico, integrada por Chile, Colômbia, México e Peru. Costa Rica e Panamá esperam a adesão ao grupo.
Questionado sobre uma possível mudança na correlação de forças dentro do bloco, Novoa ressaltou que alguns conceitos mudaram. “A Argentina [com o recém-eleito presidente Macri] vem com um conceito distinto ao que tinha antes, o que do ponto de vista facilita muito as relações”.
Diferentemente da posição que era adotada pela ex-presidente Cristina Kirchner, Macri defendeu uma maior “flexibilidade” do grupo para avançar em acordos econômicos com a União Europeia e a Aliança do Pacífico.
Diplomacia
Dilma aproveitou sua fala para saudar os presidentes Macri e Maduro pelo que chamou “defesa da democracia e rechaço ao autoritarismo”, referindo-se às eleições para a presidência e Congresso realizadas recentemente por Argentina e Venezuela, respectivamente, e cujos resultados foram aceitos sem maiores percalços.
Mantendo o tom adotado em sua campanha de crítica à Venezuela, Macri iniciou sua fala para pedir a “imediata libertação dos presos políticos da Venezuela”, com o argumento de que “nos Estados parte do Mercosul não pode ter espaço para a perseguição política por razões ideológicas, nem privação de liberdade por pensar de maneira diferente”.
Delcy Rodríguez, no entanto, rechaçou prontamente as declarações do mandatário, classificadas por ela como ingerencistas. “O senhor está praticando ingerência nos assuntos da Venezuela”, afirmou. Ela esclareceu aos presentes que os chamados por Macri de “presos políticos” organizaram as chamadas “guarimbas”, protestos violentos nos quais manifestantes incendiaram prédios públicos e praticaram uma série de ações que resultaram na morte de 43 pessoas, entre civis e policiais.

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