Negros, gays, pobres, movimentos sociais, estudantes, artistas, professores, entre outros. Manifestações desta quarta-feira contra o impeachment demonstraram que o Brasil é mais complexo do que querem fazer parecer. Maior mobilização de esquerda dos últimos tempos revela que o povo está disposto a ir às ruas para defender a democracia e que no País não há uma só voz
Milhares de pessoas saíram às ruas 24 estados brasileiros e no Distrito Federal para protestar contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), pedindo a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e por mudanças na política econômica do governo federal.
“Nós não precisamos de pato inflável na manifestação, nós enchemos a Paulista de povo”, provocou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
“Nós não precisamos de pato inflável na manifestação, nós enchemos a Paulista de povo”, provocou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Em determinado momento, a organização do ato chegou a anunciar a presença de 100 mil pessoas. Segundo o Datafolha, foram 55 mil. Em termos comparativos, segundo o mesmo instituto, no último domingo (13), o ato a favor do impeachment reuniu 40 mil.–
Durante o ato, os manifestantes souberam da decisão do Procurador Geral da República Rodrigo Janot de afastar Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados.
Rio de Janeiro
No Rio, artistas participaram do ato contra o impeachment. Bete Mendes esteve presente e gritou do palco, que não haverá impeachment. “Não vai ter golpe, chega de mídia golpista. Estamos todos juntos com Dilma, a primeira presidente mulher do Brasil.”
O ator Osmar Prado também foi dizer não ao golpe. Ele afirmou ainda que todos os governos fizeram manobras fiscais como essas de que a presidenta está sendo acusada.
“Deixem Dilma governar e derrotem-na se o quiserem, democraticamente, em 2018, se o povo assim o permitir”, afirmou o ator.
Maria Casadevall e Osmar Prado participaram dos atos contra o impeachment de Dilma Rousseff (reprodução)
Belo Horizonte
Belo Horizonte (16/12)
Em Belo Horizonte, reduto do senador tucano Aécio Neves – que lidera a tentativa de golpe –, manifestantes queimaram caixões simbólicos do presidente da Câmara dos Deputados e do próprio Aécio.
Dólares impressos com o rosto de Cunha foram colados pelos muros. De acordo com números da PM, cerca de 5 mil pessoas participam do protesto, já a organização falou em 20 mil manifestantes. A atividade superou o ato contra Dilma, realizado no último domingo, quando a PM contabilizou 3 mil pessoas nas ruas.Em Salvador, Fortaleza, Recife, João Pessoa, Manaus, Aracaju e Porto Alegre as manifestações também foram significativas, com muita gente nas ruas.
Recife:
Salvador:
Porto Alegre:
Fonte: Pragmatismo Político
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