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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

China anuncia erradicação da extrema pobreza.

O marco foi alcançado pela retirada de 93 milhões de pessoas da pobreza desde 2013, disse o governo da China. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira que a China está preparada para compartilhar sua experiência com outros países em desenvolvimento.

A China removeu os últimos condados remanescentes de uma lista de regiões pobres, no que as autoridades descreveram como a conquista da meta política de longa data do presidente Xi Jinping de eliminar a pobreza extrema até o final deste ano. 

O marco foi alcançado pela retirada de 93 milhões de pessoas da pobreza desde 2013, disse o governo da China. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira que a China está preparada para compartilhar sua experiência com outros países em desenvolvimento.

A China estabelece seu próprio padrão nacional de pobreza extrema, com base em uma renda per capita de 4 mil iuanes por ano —ou cerca de 1,52 dólar por dia— e outros fatores, como acesso a cuidados básicos de saúde e educação. Isso se compara ao padrão de 1,90 dólar por dia estabelecido pelo Banco Mundial para medir a pobreza extrema em todo o mundo. 

Na tarde de segunda-feira, autoridades de uma das províncias mais pobres da China, Guizhou, anunciaram que os últimos nove condados restantes foram removidos da lista de regiões pobres do país. A lista, elaborada em 2014, identificou inicialmente 832 como extremamente pobres.

Guizhou disse que a renda média anual per capita nos condados aumentou para 11.487 iuanes. A mídia estatal disse que auditores terceirizados visitaram os nove condados para conduzir pesquisas finais neste mês.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Resultado da eleição indica que a esquerda subestima a força das questões identitárias

Tem gente que fala que as questões de gênero e raça "tiram votos"; o aumento do número de trans, negros e mulheres vereadorxs aponta o contrário

Nos últimos anos, as chamadas questões “identitárias” (de raça e gênero) têm dividido a esquerda. Enquanto a extrema direita faz delas, em termos morais, seu cavalo de batalha, parte do campo progressista torce o nariz para que adentremos esta seara e a tratemos como parte inegociável de nossa luta. Tem gente que defende que o identitarismo “atrapalha”, “tira votos”, e que deveria ser retirado do centro do debate. O resultado das eleições de 2020, no entanto, mostra o contrário.

Nos últimos anos, as chamadas questões “identitárias” (de raça e gênero) têm dividido a esquerda. Enquanto a extrema direita faz delas, em termos morais, seu cavalo de batalha, parte do campo progressista torce o nariz para que adentremos esta seara e a tratemos como parte inegociável de nossa luta. Tem gente que defende que o identitarismo “atrapalha”, “tira votos”, e que deveria ser retirado do centro do debate. O resultado das eleições de 2020, no entanto, mostra o contrário.

Os mais vibrantes resultados da esquerda no pleito envolvem o identitarismo. Pelo menos 25 candidatos/as transgêneros foram eleitos para a Câmara de Vereadores em todo o país este ano, segundo levantamento da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transgêneros), contra apenas 8 em 2016. Ou seja, o número mais que triplicou. Entre os/as trans eleitos/as, 16 são de esquerda.

"Em minha opinião, a parcela da esquerda que vê no identitarismo um problema está equivocada. E se estiver justamente na luta antirracista, antimachista e antiLGBTfóbica nossa maior força e capacidade de renovação?"

Outros recordes foram batidos: a mulher trans Linda Brasil (PSOL) se tornou a vereadora mais votada em Aracaju (SE), com 5.773 votos; Érica Hilton (PSOL) foi a 6ª mais votada em São Paulo, com 50.508 votos, e se tornou a primeira mulher trans a ocupar uma vaga no legislativo municipal; em Belo Horizonte, Duda Salabert (PDT) também foi a campeã na Câmara e se tornou a vereadora mais votada em Belo Horizonte em todos os tempos, com 37.613 votos.

As mulheres cisgênero também fizeram bonito. Em 18 das 25 capitais onde houve eleição (em Macapá foi adiada), o número de mulheres nas Câmaras de Vereadores aumentou. Em números totais, a presença feminina cresceu em cerca de 36% nos legislativos municipais. Todas as capitais do país elegeram mulheres vereadoras este ano.

Cuiabá, onde nenhuma mulher havia sido eleita em 2016, passou a ter duas vereadoras, uma delas do PT, negra, Edna Sampaio. Curitiba conquistou a primeira mulher negra vereadora em mais de 300 anos: Carol Dartora, também do PT. Em Belém, outra petista negra se destacou na eleição, Bia Caminha, de 21 anos, negra e bissexual, a mais jovem vereadora da história da cidade. Vivi Reis, do PSOL, a mulher mais votada para a Câmara da capital paraense com 9.654 votos, é negra e LGBTQ. Tainá de Paula, do PT, recebeu 24.881 votos e foi a segunda mulher mais votada no Rio de Janeiro.
Um levantamento da Gênero e Número mostra que 44% dos vereadores nas capitais brasileiras a partir de 2021 serão negros. E as mulheres serão 18% de todos os vereadores das capitais. Trata-se de uma força que não pode ser desprezada.

Historicamente, a luta contra o fascismo sempre se fincou no tripé raça, gênero e classe. Por que agora seria diferente? A perseguição aos judeus na Alemanha nazista era baseada em raça, mas também envolveu classe: como os judeus integravam uma poderosa classe média no país, Adolf Hitler se utilizou do racismo para fazer deles bode expiatório da crise econômica, acusando-os de “roubar os empregos” dos alemães –não por acaso, o mesmo discurso de Donald Trump e outros próceres do neofascismo contra os imigrantes. Hitler também perseguiu os homossexuais, que eram identificados com um triângulo rosa nos campos de concentração para onde eram enviados. 

Ora, se a extrema direita se sustenta e promove sua lavagem cerebral utilizando o machismo, o racismo, o classismo e a LGBTfobia, como a esquerda poderia fugir dessa luta com medo de “perder votos”? Ainda mais quando o que se mostrou nesta eleição é justamente o oposto, que ela cresce ao entrar nessa briga?

Em minha opinião, a parcela da esquerda que vê no identitarismo um problema está equivocada e subestima o poder eleitoral desse enfrentamento, que é, além de tudo, uma demanda da sociedade em direção aos partidos, e não o inverso. E se estiver justamente na luta antirracista, antimachista e antiLGBTfóbica nossa maior força e capacidade de renovação?

É esta leitura que a eleição nos dá.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Em protesto por morte de João Alberto, manifestantes atacam loja do Carrefour

Assassinato de João Alberto em Carrefour de Porto Alegre motivou protesto no Dia da Consciência Negra. Em SP, loja da avenida paulista acabou destruída. Supermercado tem histórico de casos de violações, racismo e agressões

Manifestantes atacaram uma unidade da rede francesa de supermercados Carrefour, na tarde desta sexta-feira (20), na Avenida Paulista, em São Paulo.
A loja foi destruída após um protesto convocado pelo movimento negro da cidade em resposta ao assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, em uma loja do Carrefour em Porto Alegre (RS).

Manifestantes atacaram uma unidade da rede francesa de supermercados Carrefour, na tarde desta sexta-feira (20), na Avenida Paulista, em São Paulo.
A loja foi destruída após um protesto convocado pelo movimento negro da cidade em resposta ao assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, em uma loja do Carrefour em Porto Alegre (RS).

Em resposta à morte de João Alberto na véspera do Dia da Consciência Negra, centenas de manifestantes aderiram à 17ª Marcha da Consciência Negra de SP, que se concentrou no vão do MASP (Museu de Arte de São Paulo) e se dirigiu uma grande unidade do supermercado na rua Pamplona.

O hipermercado que fica no térreo de um shopping estava fechando as portas e os seguranças tentaram impedir a entrada dos manifestantes, que romperam o bloqueio e destruíram o interior da loja. Houve um início de incêndio.

Caso João Alberto

João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte por um policial militar e por um segurança em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre (RS), na noite desta quinta-feira (19).

Segundo a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, as agressões teriam começado após um desentendimento entre a vítima fatal e uma funcionária do local. Desacordado, Freitas foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que tentou reanimá-lo sem sucesso. Os dois agressores foram presos em flagrante e são investigados por homicídio qualificado.

A BM informou que o agente envolvido na agressão é “temporário” e estava fora do horário de trabalho. Em nota, o Carrefour prometeu romper contrato com a empresa de segurança terceirizada do local e afirmou que adotará medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos e definiu o ato como criminoso.

“O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário”, diz um trecho do comunicado da empresa francesa.

Carrefour

O Carrefour diz que vai fazer rigorosa apuração interna do caso e que “nenhum tipo de violência e intolerância é admissível”. Mas, o supermercado carrega um histórico de violência e descaso envolvendo os clientes e os próprios funcionários.

O mais recente noticiado pela imprensa havia ocorrido em agosto deste ano. Um promotor de vendas do Carrefour morreu durante o trabalho em uma unidade de Recife (PE). Moisés Santos, de 53 anos, foi coberto com guarda-sóis e cercado por caixas, para que a loja seguisse em funcionamento e seu corpo permaneceu no local entre 8h e 12h, até ser retirado pelo Instituto Médico Legal (IML).
 
Outros casos de racismo, violações trabalhistas e agressões contra animais também são episódios ligados ao supermercado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

ESCRAVIDÃO Agentes federais resgatam trabalhadores em situação análoga à escravidão

Local de trabalho, na Zona da Mata mineira, não oferecia condições mínimas de higiene pessoal
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatam trabalhadores em situação análoga à escravidão. A ação ocorreu em fazendas na região da Zona da Mata mineira, nesta terça-feira (17). Os empregadores foram notificados e um procedimento administrativo será aberto pelo Ministério do Trabalho.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatam trabalhadores em situação análoga à escravidão. A ação ocorreu em fazendas na região da Zona da Mata mineira, nesta terça-feira (17). Os empregadores foram notificados e um procedimento administrativo será aberto pelo Ministério do Trabalho.

A fiscalização conjunta contou com a participação de agentes da PRF, auditores do trabalho, um procurador do trabalho e um defensor público da União.

A operação ocorreu em fazendas nas cidades de Oliveira Fortes (MG) e Matias Barbosa (MG), que ficam a 78 e 30 quilômetros de distância de Juiz de Fora, respectivamente. 

Durante inspeção aos locais de trabalho, agentes federais abordaram 36 trabalhadores rurais que trabalhavam com gado de leite e madeira.

Dessa forma, nove trabalhadores foram resgatados em condições precárias de trabalho, análogas à escravidão. Segundo as informações dos agentes, os empregadores não ofereciam EPIs adequados e a alimentação era transportada junto aos insumos agrícolas.

Além disso, a fiscalização detectou falta de condições mínimas de higiene pessoal, e diversas obrigações trabalhistas eram descumpridas pelos empregadores.

Os fiscais notificaram os donos da fazenda que deverão comparecer ao Ministério do Trabalho de Juiz de Fora. Portanto, conforme a legislação, os fazendeiros devem regularizar a situação dos trabalhadores apresentando os documentos exigidos pelos fiscais.

Além disso, um procedimento administrativo será aberto para que o Ministério do Trabalho avalie as irregularidades. O empregador poderá ser responsabilizado por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Com direita brasileira em crise, 2022 se projeta ainda mais favorável à esquerda.

Todos os setores que compõem a direita brasileira – dos moderados aos extremistas – estavam conformados de continuar a se subordinar à liderança do Bolsonaro e contar com ele como seu candidato em 2022, para tentar de novo, de uma forma ou de outra, derrotar o PT. O aumento do nível de apoio do Bolsonaro com o auxilio emergencial confirmava, para os setores que pretendiam ter uma candidatura alternativa, que seria quase impossível disputar com ele no primeiro turno.

Todos os setores que compõem a direita brasileira – dos moderados aos extremistas – estavam conformados de continuar a se subordinar à liderança do Bolsonaro e contar com ele como seu candidato em 2022, para tentar de novo, de uma forma ou de outra, derrotar o PT. O aumento do nível de apoio do Bolsonaro com o auxilio emergencial confirmava, para os setores que pretendiam ter uma candidatura alternativa, que seria quase impossível disputar com ele no primeiro turno.

Quando, de repente, o governo voltou a entrar em crise, pelo acúmulo de uma série de acontecimentos que afetam diretamente a Bolsonaro, desequilibrando-o. Antes das eleições dos Estados Unidos, já se havia difundido uma serie de acusações sobre o seu filho Flávio, em que parece que o cerco vai se fechando cada mais sobre ele.

Em seguida, vieram as eleições norte-americanas, que pegaram desprevenido Bolsonaro, que acreditava piamente nas bravatas do Trump de que seria reeleito facilmente. Publicamente, Bolsonaro ainda não deu o braço a torcer, ao não reconhecer a vitória de Biden, mas já assimilou o golpe. Uma derrota com consequências em vários planos para ele. Em primeiro lugar, deixa de contar com os Estados Unidos no plano internacional, o que já representa muito, pelo isolamento que representa para a política externa do governo.

Em segundo, significa o fracasso do estilo político de Bolsonaro, que fez com que Trump se some à restrita lista de presidentes norteamericanos que não conseguem se reeleger. Ainda mais que essa derrota pega o Bolsonaro no momento em que ele, claramente, submete tudo a seu projeto de reeleição.
Em terceiro lugar, a forma da derrota do Trump, em que a oposição fez da campanha eleitoral um referendo sobre o Trump, reunindo a todos os setores que o rejeitam, dos mais moderados – até mesmo do Partido Republicano – aos mais radicais – a esquerda do Partido Democrata. Uma situação que Bolsonaro também vive, de poder ser confrontadas suas palavras com a realidade desastrosa do seu governo, que pode ser seguida pela oposição brasileira.

Em quarto, as pressões que o novo governo norteamericano exercerá sobre o brasileiro, a começar pelas questões de proteção da Amazônia, junto com temas de direitos humanos e de política internacional. Não será fácil a vida do governo a partir da posse do novo governo norteamericano, em 20 de janeiro de 2021.

A isso se somam os desastrosos resultados eleitorais para Bolsonaro.  Depois de dizer que não participaria das campanhas, ele acabou participando, e da maneira mais desastrosa. Os resultados fizeram dele o maior perdedor, com o fortalecimento de todos os setores da oposição, tanto da direita como da esquerda.

A direita também acusou a mudança da situação política, que promete deterioração ainda maior do governo. O PSDB, sem surpresas, reafirma que João Doria será seu candidato. O DEM, que se fortaleceu nas eleições, começa a preparar a candidatura de Luciano Huck. E o PSD, que foi quem mais elegeu candidatos nas eleições, afirma que terá candidato próprio. Tudo enfraquece o bloco com que poderia contar Bolsonaro, que depende cada vez mais do Centrão, aliado incerto conforme se aproximem mais as eleições.

Paradoxalmente, quando há um espirito unitário na esquerda, é a direita que passa a sofrer com suas divisões. A direita entra abertamente em crise. Bolsonaro depende do que consiga fazer na economia, que está em péssimas condições.

2022 se projeta como ainda mais favorável à esquerda.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Apoiada por Sérgio Moro, Gazeta do Povo inicia ofensiva contra Sleeping Giants Brasil

Após mais de 15 empresas prometerem cortar anúncios, jornal tenta criminalizar ativistas que pressionam pela demissão de Constantino

Depois que mais de 15 empresas, entre elas Arezzo, Boticário, Alegra Foods e Outback prometeram que não vão mais anunciar no jornal, a reacionária Gazeta do Povo, de Curitiba, iniciou uma forte ofensiva contra o movimento Sleeping Giants Brasil nas redes sociais. O Sleeping Giants promove pressão no twitter sobre empresas para que não se associem a influencers ou veículos envolvidos em fake news ou que propaguem homofobia, machismo e racismo. Um dos principais alvos do grupo no país é o guru do bolsonarismo, o “filósofo” Olavo de Carvalho, que já perdeu mais de 250 financiadores desde que o Sleeping Giants começou a atuar no Brasil.

Depois que mais de 15 empresas, entre elas Arezzo, Boticário, Alegra Foods e Outback prometeram que não vão mais anunciar no jornal, a reacionária Gazeta do Povo, de Curitiba, iniciou uma forte ofensiva contra o movimento Sleeping Giants Brasil nas redes sociais. O Sleeping Giants promove pressão no twitter sobre empresas para que não se associem a influencers ou veículos envolvidos em fake news ou que propaguem homofobia, machismo e racismo. Um dos principais alvos do grupo no país é o guru do bolsonarismo, o “filósofo” Olavo de Carvalho, que já perdeu mais de 250 financiadores desde que o Sleeping Giants começou a atuar no Brasil.

Da noite de quarta, 11, para quinta-feira, 12 de novembro, o centenário jornal curitibano, assumidamente conservador e hoje dominado por uma família ligada à Opus Dei, disparou mais de 40 tweets contra o Sleeping Giants Brasil, a quem chama de “milicianos digitais”. O jornal obteve o apoio, na rede social, do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Sérgio Moro.

A Gazeta do Povo tornou-se alvo do grupo ao decidir manter, entre seus colunistas, o extremista de direita Rodrigo Constantino, que declarou em vídeo: “Se minha filha chegar em casa –e eu dou uma boa educação para que isso não aconteça, mas a gente nunca controla tudo–, se ela chegar em casa um dia dizendo ‘pai, fui numa festinha e fui estuprada’, vou pedir as circunstâncias. ‘Fui para uma festinha, eu e três amigas, tinha 18 homens, nós bebemos muito e eu estava ficando com dois caras e acabei dormindo lá e fui abusada’, ela vai ficar de castigo feio. Eu não vou denunciar um cara desses para a polícia, eu vou dar um esporro na minha filha”.

A declaração, vista como apologia ao estupro, caiu muito mal para Constantino e ele foi demitido da Jovem Pan e outros veículos nos quais colaborava, mas não da Gazeta. 
Além disso, Constantino, contumaz propagador de fake news, já publicou notícias falsas na própria coluna que mantém na Gazeta do Povo. Ou seja, ao mantê-lo no jornal, o veículo virou alvo em dobro dos ativistas digitais: tanto pelo machismo quanto pelas fake news. Nem mesmo o apelo de uma carta assinada por 120 funcionários da redação apelando pelo desligamento do colunista foi suficiente para demover a direção, que disse ter aceitado as explicações de Constantino.

No twitter, o Sleeping Giants está marcando empresas para que deixem de anunciar na Gazeta como forma de pressão pela demissão de Constantino, contra quem usam a tag #DemiteConstantinoGazeta desde a divulgação do vídeo, na semana passada. Eles então divulgam a resposta das empresas que cederam à pressão, como a Heinz e a Credicard, que prometeram não anunciar mais na Gazeta do Povo. 

No editorial, a Gazeta defende que o que os ativistas estão fazendo é “linchamento virtual” e tenta criminalizar o grupo, afirmando que sua atuação seria “inconstitucional” porque o artigo 5º da Carta garante a “livre manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. “O anonimato no qual se esconde o Sleeping Giants é uma característica particular dos linchamentos virtuais de hoje; é a arma conveniente dos covardes para estimular os justiçamentos online e chantagear empresas”, diz o texto.

O anonimato dos perfis é uma das características do movimento nos EUA, França, Alemanha, Suécia e em pelo menos outros 10 países. Logo que surgiu no Brasil, o grupo incomodou os bolsonaristas, que, segundo o site The Intercept Brasil, acionaram a Polícia Federal para descobrir quem seriam os donos do perfil. O Intercept descobriu ainda que o delegado que investigou o grupo é cunhado de um blogueiro chapa-branca do presidente. A disputa com um dos pilares midiáticos do bolsonarismo deve reacender a sanha da extrema direita judicial para cima do perfil –ainda mais agora, com o apoio de Moro.

Ao mesmo tempo que se queixa de ter sua liberdade expressão atacada, a Gazeta, que não existe mais diariamente em papel desde 2017, quando sua circulação, em queda livre havia duas décadas, tinha minguados 33 mil exemplares, e que cancelou em agosto a edição semanal, está aproveitando para promover uma campanha por novos assinantes digitais. 
O perfil Sleeping Giants Brasil está defendendo sua atuação no twitter dizendo que não há ataque à liberdade de expressão. “A Gazeta do Povo tem o direito de manter o colunista que culpabiliza a vítima de estupro, assim como seus anunciantes, empresas privadas, também têm o direito de repudiar a decisão do jornal e por isso o Sleeping Giants Brasil resolveu ouvi-las sobre o caso. Isso é censura?”, pergunta o grupo. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Pela segunda vez na semana, Brasil tem mais de 40 mil infectados pela covid em um dia

Ex-ministro Osmar Terra, defensor de teses "fakes" sobre a pandemia, confirma que foi contaminado pelo coronavírus
Pel segunda vez nesta semana, o Brasil voltou a confirmar mais de 40 mil infectados pela covid-19 em 24 horas. Nesta sexta-feira (13), o total de novos pacientes com a doença ficou em 40.113. Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), o número de pessoas que foram contaminadas desde que o vírus chegou ao país soma 5.819.496. Na quarta-feira (11), o registro foi superior a 48 mil.

Pela segunda vez nesta semana, o Brasil voltou a confirmar mais de 40 mil infectados pela covid-19 em 24 horas. Nesta sexta-feira (13), o total de novos pacientes com a doença ficou em 40.113. 
Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), o número de pessoas que foram contaminadas desde que o vírus chegou ao país soma 5.819.496. Na quarta-feira (11), o registro foi superior a 48 mil.

Ainda de acordo com o Conass, em um dia houve a confirmação de 712 óbitos. O total de casos fatais desde que o vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil já chega a 164.946. O resultado desta sexta-feira (13) pode ser ainda mais expressivo. Levantamento do Consórcio de Veículos de Imprensa, identificou 926 mortes no período. O grupo reúne Folha de S. PauloO Estado de S. PauloExtraO GloboG1 e UOL.

Levantamento diário disponibilizado pelo Ministério da Saúde mostra que os números desta semana interrompem a trajetória de queda em óbitos e infectados, que vinha sendo registrada. Os dados relativos a novos pacientes no período já estão próximos a 200 mil, patamar que não é registrado há quase dois meses. O total de casos fatais já é o maior das últimas quatro semanas. 

Osmar Terra contaminado

O deputado federal e ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB-RS), informou que foi infectado pelo coronavírus. Ele é contrário as medidas de isolamento social e atua divulgando mentiras sobre a covid-19. Em abril, ele chegou a dizer que a população era vítima de uma experiência com a quarentena e que as medidas não fariam diferença no crescimento de casos.

Terra, que é médico, previu também a queda nos números da covid no Brasil a partir de maio. No início do período em questão, o Brasil tinha menos de 60 mil infectados. No fim do mês, os números já eram superiores a 174 mil. Foi também em maio que o país registrou mais de 7 mil mortos em uma semana pela primeira vez, entrando em um platô que se manteve até o fim de agosto.

Pelas redes sociais, o ex-ministro informou que está sem sintomas e que ficará em isolamento. Ele ressaltou que iniciou "tratamento precoce com hidroxicloroquina e ivermectina", medicamentos não recomendados para a covid-19 pela Organização Mundial da Saúde e sem comprovação científica de ação contra o coronavírus.

O que é o novo coronavírus

Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Lutando contra desinformação e checando fatos nas eleições de Mianmar

Verificação de fatos: desafio em comunidades sob conflito armado

Desde então, empresas de tecnologia como o Facebook garantiram que irão adotar medidas para evitar a desinformação. Em agosto, o Facebook anunciou um conjunto de medidas divulgadas como um preparativo para as eleições de 8 de novembro em Mianmar, como a remoção de “informações incorretas verificáveis e boatos não verificáveis com potencial para suprimir o voto ou prejudicar a integridade do processo eleitoral”, uso de inteligência artificial para identificar discurso de ódio em 45 línguas, incluindo birmanês, restrição para o máximo de cinco vezes que uma mensagem pode ser encaminhada no Facebook, sendo este “um método que, comprovadamente, pode desacelerar a divulgação em massa de informações incorretas”, e uma parceria com três equipes nacionais de checagem de dados.
Além do Facebook, diversos grupos iniciaram operações de checagem de fatos durante o período de campanha eleitoral.

A checagem de fatos é um processo básico de verificação para expor desinformação. Isso é importante para Mianmar desde que atos de violência comunal, que nos últimos anos tiveram como alvo comunidades de minorias étnicas, foram parcialmente atribuídos ao uso de plataformas de redes sociais para a disseminação de discursos de ódio e desinformação.

Desde então, empresas de tecnologia como o Facebook garantiram que irão adotar medidas para evitar a desinformação. Em agosto, o Facebook anunciou um conjunto de medidas divulgadas como um preparativo para as eleições de 8 de novembro em Mianmar, como a remoção de “informações incorretas verificáveis e boatos não verificáveis com potencial para suprimir o voto ou prejudicar a integridade do processo eleitoral”, uso de inteligência artificial para identificar discurso de ódio em 45 línguas, incluindo birmanês, restrição para o máximo de cinco vezes que uma mensagem pode ser encaminhada no Facebook, sendo este “um método que, comprovadamente, pode desacelerar a divulgação em massa de informações incorretas”, e uma parceria com três equipes nacionais de checagem de dados.
Além do Facebook, diversos grupos iniciaram operações de checagem de fatos durante o período de campanha eleitoral.

A Global Voices entrevistou Thet Min, verificador de fatos do site de notícias de verificação de fatos Real or not, sobre os esforços para expor a desinformação em Mianmar. O Real or not é um projeto da Organização TIC para o Desenvolvimento de Mianmar (MIDO).

A equipe de checagem de fatos da MIDO direciona seu trabalho utilizando estas três perguntas:

"1. Relevância: por que esta história precisa ser verificada?
2. Metodologia: como é possível verificar esta história?
3. Real ou não: baseado nas evidências encontradas, quais são os fatos?"

MIDO e sua equipe de checagem de fatos também engajam seus usuários por meio de uma caixa de mensagens.

Eles utilizam fontes oficiais do governo e notícias da mídia popular para verificar conteúdos virais reportados como falsos. Caso necessário, contatam diretamente os indivíduos relevantes antes de concluírem um relatório. 

Thet Min complementa com mais informações sobre seu trabalho:

"Como política da nossa equipe de checagem de fatos, nosso foco é nos conteúdos de maior repercussão nas redes sociais que podem ter impacto negativo frente à situação social e política do país."

Thet Min enfatiza a importância do trabalho que eles estão desenvolvendo previamente às futuras eleições:

"Informações falsas podem mudar as intenções de voto no período eleitoral."

Um dos relatórios que eles publicaram refere-se à Radio Free Mianmar, que possui uma logomarca similar à do site de notícias Radio Free Asia, e que foi denunciado por publicar informações falsas sobre as eleições.

"Há cerca de duas semanas, descobrimos um site notícias falsas que faz cerca de 10 novas publicações por dia. O site imita a logomarca da Radio Free Asia e ataca o partido Liga Nacional Pró-Democracia (NLD), grupos étnicos armados, grupos da sociedade civil e a mídia, incluindo verificadores de fatos, com informações falsas."

O NLD é o partido governante de Mianmar, que na eleição geral de 2015 derrotou um partido que tinha o apoio militar. O NLD continua a ser alvo de desinformação originada de fontes alegadamente vinculadas ao exército.

Mas o governo, comandado pelo NLD, também é acusado de bloquear mais de 200 sites que continham desinformações, mesmo que na lista estivessem inclusos sites de notícias referentes a assuntos étnicos que forneciam cobertura independente em regiões remotas. O site Justice for Myanmar, que expunha corrupção militar, também foi bloqueado por, supostamente, disseminar boatos.

Thet Min compartilhou alguns dos desafios que eles enfrentam hoje:

"Para nós, uma das principais dificuldades é ter acesso a diferentes partes interessadas, particularmente o governo. Em Mianmar, por algumas áreas étnicas estarem em situação de conflito armado, são proeminentes as informações falsas e enganosas que chegam em forma de propaganda e discurso perigoso referentes a questões sobre os conflitos. Então, é difícil para a mídia de notícias obter informações precisas sobre essas áreas, uma vez que ela não consegue ter acesso às evidências e às vozes desse povo. Para verificadores de fatos, é difícil checar os fatos de grande parte das notícias dessas áreas. Não sabemos a conjuntura exata, nem mesmo dados numéricos."

Mianmar possui mais de 100 grupos étnicos, alguns deles envolvidos em conflito armado com o governo nacional. O conflito em alguns municípios de Rakhine, ao norte de Mianmar, resulta em interferência na rede de internet desde junho de 2019. O colégio eleitoral do governo anunciou o cancelamento das eleições em áreas de risco, o que poderá privar mais de um milhão de eleitores de seu direito civil.

Thet Min aconselhou os usuários de internet de Mianmar:

"As pessoas ficam sensíveis durante o período eleitoral. Queremos que os eleitores não sejam manipulados ao lerem as notícias, seja qual for o partido que eles apoiem. Pode ser que eleitores compartilhem notícias falsas sobre partidos políticos que não os agradam sem checar e verificar. Desinformação pode prejudicar nossa sociedade."

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

AMAPÁ SOBRA ENERGIA PARA OS GENOCIDAS

No Residencial São José no bairro do Congós uma criança de 13 anos é atingida ppr uma bala de borracha no olho. Uma criança sem água, sem energia elétrica, sem comida, sem amparo do estado e que teve sua infância freiada pela irresponsabilidade da empresa espanhola ISOLUX. A empresa testa o limite do descaso e mostra ao Governo Federal que é possível tirar ainda mais, de nós brasileiros, a dignidade. Mais de 145 horas sem possibilidade de se comunicar com familiares e amigos fora do estado.

A Era das Trevas para o brasileiro é literal no Amapá. As chamas dos protestos são a única fonte de luz no Amapá e o som que se escuta nas ruas é de revolta. O Estado está a mais de uma semana sem energia e sem uma palavra do Governo Federal.

No Residencial São José no bairro do Congós uma criança de 13 anos é atingida ppr uma bala de borracha no olho. Uma criança sem água, sem energia elétrica, sem comida, sem amparo do estado e que teve sua infância freiada pela irresponsabilidade da empresa espanhola ISOLUX. A empresa testa o limite do descaso e mostra ao Governo Federal que é possível tirar ainda mais, de nós brasileiros, a dignidade. Mais de 145 horas sem possibilidade de se comunicar com familiares e amigos fora do estado.

O aeroporto lotado de amapaenses para retirar dinheiro e carregar seus celulares, deitados no chão, cansados e com sede ppr uma água que é rara e quando encontrada atinge preços exorbitantes. Belém do Pará se mobiliza para ajudar com o que pode. Manda ajuda ao estado que aguarda uma resolução do problema inimaginável da falta de energia em pleno 2020. O Brasil vive a era das trevas no Amapá.

O Senador Randolfe Rodrigues, visivelmente cansado e desnorteado em cada live, postagem e entrevista que cede aos meios de comunicação, luta pela população contra gigantes como a Companhia de Eletricidade do Amapá, a CEA, para que seja paga as indenizações aos usuários pelos prejuízos decorrentes do apagão no Estado. Quem já viu políticos mentindo ou apenas atuando como bons moços sabe que Randolfe não está vivendo uma farsa para ganhar votos na próxima eleição. O Senador parece esgotado. Dá pena.

A Azul Linhas aéreas, em uma ação solidária, cede um vôo com itens de primeira necessidade para levar até Macapá e aos amapaenses que, sem saber da indignação do Brasil pelo descaso com os irmãos, vai às ruas bater de frente contra a polícia militar mandada pelo governador e prefeitos que têm como única preocupação a maquiagem da calamidade para o resto do mundo. A ISOLUX, a partir de hoje, começa a pagar 15 milhões de reais por dia caso a energia não seja restabelecida . Será que vai pagar? Pra quem? Para o Estado alinhado à política genocida daquele homem que se importa apenas com as eleições e derrota de seu ídolo medíocre Donald Trump? Inimigo da ciência e da saúde assim como seu tiéte, Jair Bolsonaro, bridariam a falta de números sobre a Covi 19 que, após esse apagão, vai acelerar ainda mais as mortes e números de contágio por uma Pandemia que precisa ser esquecida por uma população que agora luta nas ruas entre tiros de bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha como a que acertou uma criança de 13 anos no olho enquanto via, da porta da sua casa, seu mundo pegar fogo e seus vizinhos sendo dizimados moralmente pelo mecanismo da brutalidade policial, usado pelos genocidas governantes sempre que precisam calar o brasileiro.

Nesse ano de 2020, talvez a palavra mais utilizada para descrever esse desgoverno tenha sido Genocida. Agora com o apagão no Amapá, podemos ver em tempo real, como um exemplo de como se constrói o conceito de genocídio e desrespeito ao brasileiro.
A palavra é Genocídio. A criança levou um tiro no olho. A ISOLUX não vai pagar. A energia ainda não voltou e o brasileiro, indignado, vai às ruas, mas não para protestar pela dignidade dos irmãos amapaenses, mas para protestar pela derrota de Trump por Joe Biden.
Infeliz de quem acha que o brasileiro está pelo Brasil. O brasileiro já abandonou o país há dois anos. E o último que sair não vai precisar apagar a luz, pois não vai haver energia.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Letícia Parks: “Parece que a Djamila se atribuiu o direito de decidir quem é negro”

Chamada de "clarinha de turbante" por filósofa, militante marxista negra lançou um abaixo-assinado pedindo direito de resposta ao Roda Viva

Há alguns meses fiz um vídeo com uma crítica política à Djamila, que se referia ao fato de ela ter feito um vídeo de publicidade para a empresa 99, e ainda por cima em meio aos protestos dos entregadores de aplicativos que lutavam contra as absurdas condições de trabalho e o pagamento de fome que recebiam em suas jornadas extenuantes. Trabalhadores que são em grande parte negros, e sofrem duplamente com a exploração capitalista e a opressão racista, e mais ainda nesse governo reacionário de Bolsonaro, Mourão e com apoio de todos os golpistas.

Sou negra, antirracista, marxista e revolucionária, e quero meu direito de resposta frente aos insultos de Djamila Ribeiro.

Há alguns meses fiz um vídeo com uma crítica política à Djamila, que se referia ao fato de ela ter feito um vídeo de publicidade para a empresa 99, e ainda por cima em meio aos protestos dos entregadores de aplicativos que lutavam contra as absurdas condições de trabalho e o pagamento de fome que recebiam em suas jornadas extenuantes. Trabalhadores que são em grande parte negros, e sofrem duplamente com a exploração capitalista e a opressão racista, e mais ainda nesse governo reacionário de Bolsonaro, Mourão e com apoio de todos os golpistas.
Eu coloquei este debate porque entendo que o racismo é uma opressão secular criada pelo capitalismo para poder aprofundar sua exploração, e que é usado sistematicamente para este fim, relegando os negros –e principalmente as mulheres negras– aos empregos mais precários e com menores salários. E Djamila, ao colocar o prestígio de sua figura para a publicidade de uma empresa, se mostra conivente com a tentativa desses capitalistas de ocultar o seu racismo sob uma fachada de “propaganda inclusiva”.  Se trata de um debate sobre que tipo de antirracismo é necessário construir, e o meu é ao lado dos trabalhadores e em combate ao capitalismo. Um debate político.

"Djamila reiteradamente desmerece minha militância como mulher negra e coloca em dúvida inclusive minha identidade racial, se atribuindo o direito de definir quem é negra e quem não é, quem sofre racismo ou não"

Contudo, a resposta que Djamila deu foi a de me insultar pessoalmente por quase meia hora em uma live com Marcelo Freixo, dizendo absurdos como que eu seria uma “clarinha de turbante” que é manipulada por uma “branquitude racista”. Assim, Djamila não apenas quis dizer que eu não sou negra “de verdade”, desmerecendo minha identidade e minha luta contra o racismo, como afirmou que não sou capaz de pensar com minha própria cabeça, e que minhas ideias são “manipulações” de “brancos racistas” que me utilizam para atacar pessoas negras como ela. Distorce completamente o debate, me insultando para não responder ao meu questionamento a uma mulher negra que coloca seu prestígio a serviço de encobrir o racismo de uma empresa capitalista bilionária. Inclusive, quando ela e sua família sofreram ameaças físicas eu me solidarizei, porque rechaço qualquer tipo de ameaça, meu debate é político.
Agora, em rede nacional, e com o apoio de Vera Magalhães e do Roda Viva, Djamila Ribeiro volta aos ataques contra mim: não apenas reafirmou o uso do termo “clarinha de turbante”, mas acrescentou outros termos absurdos e historicamente utilizados de forma racista contra o povo negro e sua identidade. Distorcendo Lélia Gonzalez, me atribuiu os rótulos de “moreninha”, “mulatinha”, e ainda novamente que seria “usada” por uma “branquitude racista” para “atacar pessoas pretas que estão fazendo seu trabalho honestamente”. Até o direito ao meu nome foi tolhido no referido programa. Me atribuindo todas essas formas de epítetos inaceitáveis para a história racista de nosso país.
O que Djamila faz reiteradamente é desmerecer minha militância como mulher negra, marxista e revolucionária, e colocar em dúvida inclusive minha identidade racial, se atribuindo o direito de definir quem é negra e quem não é, quem sofre racismo ou não. Diferente do que ela diz, sei muito bem do racismo que eu e o povo negro sofremos a vida inteira, e a questão que a incomoda verdadeiramente é que não me coloco numa perspectiva antirracista liberal como ela, em que se defende que os negros devem buscar individualmente espaços de poder e projeção e que isso resolveria o problema do racismo. Defendo um antirracismo revolucionário e marxista, que compreende a profunda inter-relação entre capitalismo e racismo, e luta não pelas possibilidades individuais de um negro que ascenda, mas pela emancipação de todos os negros da opressão e da exploração, lutando lado a lado com os trabalhadores brancos. Por isto me coloco ao lado dos entregadores de aplicativos e contra as empresas que os exploram, e por isto questiono politicamente – e não com ataques pessoais – uma figura pública negra que se coloque ao lado desta empresa. 
Djamila teve espaço em rede nacional de televisão para me insultar, me desacreditar, colocar minha identidade e minha militância em questão. Eu apenas reivindico o direito de ter o mesmo espaço para poder me defender, lutar pelas minhas ideias e refutar os insultos sofridos. Quero ter minha voz ouvida, como Djamila teve a dela para me insultar. Por isto lancei um abaixo-assinado exigindo o direito de resposta no Roda Viva, onde Djamila teve seu espaço para promover abertamente seus insultos contra mim. Não vou abaixar a cabeça, junto com todos os negros que tiveram seu direito a identidade negada, sempre ao lado da classe trabalhadora, seguirei lutando pelas minhas convicções e ideais. 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Ibope em São Paulo: Covas amplia liderança, Russomanno cai e Boulos aparece em segundo

Boulos, Russomanno e França estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro

Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira 9 mostra que o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), tem 32% das intenções de voto e continua a liderar a corrida rumo à Prefeitura de São Paulo. No último levantamento do instituto, publicado em 30 de outubro, ele tinha 26%.

Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira 9 mostra que o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), tem 32% das intenções de voto e continua a liderar a corrida rumo à Prefeitura de São Paulo. No último levantamento do instituto, publicado em 30 de outubro, ele tinha 26%.

O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, tem 13% das intenções e aparece numericamente à frente de Celso Russomanno, do Republicanos, que tem 12%. Márcio França, do PSB, tem 10%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, Boulos, Russomanno e França estão tecnicamente empatados.

Na sequência, aparecem Jilmar Tatto (PT), com 6%; Arthur do Val (Patriota), com 5%; Joice Hasselmann (PSL), com 2%; e Andrea Matarazzo (PSD), Levy Fidelix (PRTB) e Orlando Silva (PCdoB), com 1%.

Brancos e nulos somam 11%. Não souberam ou não opinaram 5% dos entrevistados.

Os candidatos Antônio Carlos (PCO), Marina Helou (Rede) e Vera Lúcia (PSTU) não atingiram 1%.
Em relação à pesquisa de 30 de outubro, Guilherme Boulos manteve os 13% das intenções de voto. Celso Russomanno, porém, caiu de 20% para 12%. Já Márcio França oscilou dentro da margem de erro, de 11% para 10%.

O Ibope ouviu 1.204 eleitores da cidade de São Paulo entre os dias 7 e 9 de novembro.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Luis Arce, presidente eleito da Bolívia, é alvo de atentado

Arce estava em uma reunião na sede do partido MAS, em La Paz, quando houve a explosão. Ainda não há reporte de mortes e feridos ou sobre o estado do presidente eleito
Quem também comentou foi o ex-presidente boliviano Evo Morales, que expressou a seguinte mensagem: “condenamos o atentado contra nossa sede de campaña em La Paz. Pequenos grupos tentam gerar um clima de confusão e violência, mas não terão sucesso. Nós não cairemos em nenhuma provocação. Nossa revolução é pacífica e democrática”.

Acompanhe abaixo alguns outros comentários.

O presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, sofreu um atentado com dinamite na noite desta quinta-feira (5), em La Paz.

Segundo porta-voz do MAS (Movimento Ao Socialismo, partido de Arce), o presidente eleito se encontrava reunido com correligionários discutindo sobre as primeiras medidas do governo que tem sua posse marcada para o próximo domingo (8).

O atentado rapidamente se tornou um dos temas mais comentados nas redes sociais, apesar das poucas informações a respeito, e mesmo ainda sem haver reportes sobre mortos e feridos, nem sobre o estado de saúde de Arce no momento.

Algumas personalidades do mundo da política – como o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) e o senador progressista colombiano Gustavo Petro – e alguns correspondentes internacionais estão tuitando sobre o assunto no momento.

Quem também comentou foi o ex-presidente boliviano Evo Morales, que expressou a seguinte mensagem: “condenamos o atentado contra nossa sede de campaña em La Paz. Pequenos grupos tentam gerar um clima de confusão e violência, mas não terão sucesso. Nós não cairemos em nenhuma provocação. Nossa revolução é pacífica e democrática”.

Acompanhe abaixo alguns outros comentários.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

História - Minas Gerais é celeiro de arte rupestre na região Sudeste

Há cerca de 200 sítios arqueológicos somente na região metropolitana de Belo Horizonte
Muitas pessoas vão a exposições de quadros pintados há 200, 300 anos, em museus e galerias internacionais onde tudo é muito bonito, sofisticado, com segurança. Mas bem pertinho de Belo Horizonte há pinturas milenares, com até 13 mil anos, feitas por homens pré-históricos em cavernas ou paredões de pedras. Elas estão expostas ao sol, à chuva ou a até algum desavisado que pode jogar uma tinta por cima – e grande parte dos próprios moradores da capital nem sabe ou não dá valor.

Muitas pessoas vão a exposições de quadros pintados há 200, 300 anos, em museus e galerias internacionais onde tudo é muito bonito, sofisticado, com segurança. Mas bem pertinho de Belo Horizonte há pinturas milenares, com até 13 mil anos, feitas por homens pré-históricos em cavernas ou paredões de pedras. Elas estão expostas ao sol, à chuva ou a até algum desavisado que pode jogar uma tinta por cima – e grande parte dos próprios moradores da capital nem sabe ou não dá valor.

Minas Gerais é o celeiro da arte rupestre, e há milhares de sítios arqueológicos espalhados pelo Estado. Somente na região metropolitana, são cerca de 200 com esses vestígios pré-históricos. “Rio de Janeiro e Espírito Santo não têm nada, em São Paulo são apenas 16. A pintura rupestre é a nossa praia, aqui estão os melhores arqueólogos especialistas nisso”, defendeu a historiadora Alenice Baeta, que tem pós-doutorado em arqueologia e é especialista em transmitir a relevância desse patrimônio mineiro.

“É o início de tudo, é o início da comunicação gráfica, um legado visual que foi deixado em tantos lugares do mundo, e o território mineiro foi escolhido também para isso”, disse a arqueóloga, que enfatiza a luta que é a preservação desse legado deixado por nossos ancestrais.

Diante de um paredão com essas pinturas no Parque Estadual Cerca Grande, em Matozinhos, Alenice pediu aos visitantes que fechassem os olhos, como quem está de frente a um templo sagrado, e começou a guiá-los para imaginar os homens pré-históricos fazendo as tintas com pigmentos de minério, montando andaimes com bambus para subir, pintar e deixar mensagens, símbolos e marcas para as próximas gerações, mais de 6.000 antes. “Pense na sua origem pessoal, na origem da humanidade, nos primeiros homens que estiveram aqui na terra, que não são de longe, são os povos indígenas do Brasil”, falou, fazendo com que todos sentissem a dimensão daqueles vestígios.

Com a falta de investimento nesse patrimônio produzido pelos pré-históricos, poucos sítios estão protegidos e possuem estrutura de visitação. “Cultura no Brasil não tem valor, pré-história então. Trabalhar com memória é muito complicado, não tem incentivo”, destacou Alenice.

Foi em Minas, na lapa Vermelha, na região de lagoa Santa, que foi encontrado o crânio da Luzia, fóssil humano mais antigo achado na América, com cerca de 13 mil anos. O Parque Estadual do Sumidouro, situado entre Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, é de tamanha importância para a arqueologia que nutriu de dados o naturalista britânico Charles Darwin, autor de “A Origem das Espécies”, de 1859. “E as escolas brasileiras continuam dando exemplos de fora para falar do período pré-histórico”, alfinetou a arqueóloga, que já participou de mapeamentos de sítios mineiros que duraram em torno de dez anos.

Depredações põem patrimônio em risco

No Parque Estadual do Sumidouro, é possível chegar aos paredões com pinturas rupestres por meio de uma trilha que sai da Casa Fernão Dias, em Pedro Leopoldo. Lá, além de um mirante lindo para as montanhas de Minas, há uma estrutura (deque) para visualizar as gravuras e incisões milenares. Quem tiver um binóculo, pode ver com mais detalhes, já que muitas estão apagando por ser um lugar que o sol bate diariamente. Por meio de um incentivo da montadora japonesa Nissan, foram colocadas placas com as fotos das pinturas e um desenho por cima do que seriam as figuras para o visitante ter uma noção dos símbolos que estão se apagando naquele patrimônio.

Mas não são só o tempo e o ambiente que prejudicam a preservação desses vestígios; o principal, talvez, seja a ação do homem. Várias pinturas são depredadas por vândalos que escrevem o seu nome ou algum dizer por cima e por tribos urbanas que fazem pichações, já que há centenas de sítios bem próximo a capital. A arqueóloga Alenice Baeta conta ainda que existe um mercado negro em torno dos patrimônios arqueológicos: “Tem pessoas que encomendam uma pintura rupestre verdadeira (quebram o pedaço da pedra) para colocar em casa”.

ONDE VISITAR

Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas. Éum monumento natural em unidade de conservação estadual, com visitação diária das 9h às 16h.

Parque do Sumidouro, na Quinta do Sumidouro, em Lagoa Santa. A trilha guiada de 2,5 km é oferecida de terça a domingo, 8h30, 10h30 e 15h (R$ 10 por pessoa), saindo da Casa Fernão Dias. Casando a visita com a gruta da Lapinha, que fica no mesmo parque, conhece-se o Museu de Peter Lund (considerado o pai da paleontologia).

Lapa do Ballet, em Matozinhos. Tem que agendar, pois fica dentro de uma unidade de conservação da empresa Lafarge.

Gruta de Maquiné, em Codisburgo, funciona todos os dias, das 9h às 17h.
Lapa da Sucupira, na serra do Cipó, fica no sítio Rancho Fundo, onde a família cobra R$ 10 para quem quer a visita guiada.

Pedra Pintada, em Cocais, distrito de Barão de Cocais. Uma família cuida do local, com várias pinturas.

Fonte: O Tempo

EUA mostram que são a maior república de bananas do mundo

A grande e insofismável república de bananas do mundo são os Estados Unidos da América. Senão, vejamos:

1. Pesquisas totalmente equivocadas por duas eleições seguidas

A grande e insofismável república de bananas do mundo são os Estados Unidos da América. Senão, vejamos:

1. Pesquisas totalmente equivocadas por duas eleições seguidas

2. Apuração confusa de votos pelo correio, favorecendo suspeitas

3. Um candidato, Donald Trump, declarando vitória antes da contagem final e levando para o tapetão

4. O mesmo sujeito instigando suas milícias a não aceitar o adversário Joe Biden se este triunfar

5. Contagem dos votos em Green Bay, Wisconsin, atrasada porque acabou a tinta das impressoras

Na raiz do problema está o sistema eleitoral americano, anacrônico e elitista, facilmente manipulável graças a essa aberração dos delegados.

A Constituição americana criou esse mecanismo em 1787, quando nenhum país no mundo elegia o chefe do Poder Executivo por eleição direta.

É comum alguém receber a maioria do voto popular e, mesmo assim, perder a eleição. Já aconteceu cinco vezes e vai acontecer mais.

As campanhas milionárias, em vez de olharem para os 240 milhões de eleitores, investem apenas nos poucos estados indecisos.

Os “pais fundadores” viam a necessidade de outorgar a chefia da nação a um grupo de iluminados, colocando o povo em segundo plano.

Séculos depois, um bufão negacionista e racista cor de laranja que despreza a democracia ficou muito próximo de conseguir um segundo mandato.

Jovem se demite do Walmart com megafone e xinga colegas de trabalho; veja vídeo

Após o desabafo, a jovem se despede de um amigo, chamado Ariel, e agradece a ela por ter conseguido indica-la à vaga de emprego na época que “mais precisava” de dinheiro

Pouco após de ser mandada embora de um cardo na rede de supermercados estadunidense Walmart, a filipina Shana Ragland, de 19 anos, que mora nos Estados Unidos, resolveu denunciar casos de assédio moral e sexual, racismo, e sexismo que ocorreram durante os quase dois anos que trabalhou por lá.

Pouco após de ser mandada embora de um cardo na rede de supermercados estadunidense Walmart, a filipina Shana Ragland, de 19 anos, que mora nos Estados Unidos, resolveu denunciar casos de assédio moral e sexual, racismo, e sexismo que ocorreram durante os quase dois anos que trabalhou por lá.

O vídeo no qual ela desabafa em um autofalante, para alertar clientes e provocar colegas, foi publicado na plataforma TikTok no último sábado (31) e viralizou. A usuária "@belzebrub", do Twitter, legendou a pequena epopéia trabalhista de Ragladn. Assista:
"Atenção todos os clientes, funcionários e gerentes do Walmart: meu nome é Shana, do estoque, e eu só queria dizer que Henry é um canalha racista, Giovana é uma racista, Lia é uma gerente babaca. Essa empresa demite funcionários negros sem motivo. Essa empresa trata seus funcionários feito merda, especialmente os do estoque", ouve-se em um trecho das imagens.

Após o desabafo, a jovem se despede de um amigo, chamado Ariel, e agradece a ela por ter conseguido indica-la à vaga de emprego na época que “mais precisava” de dinheiro. “Eu me demito dessa porra”, termina a trabalhadora no vídeo, que soma mais 6,3 milhões de curtidas na rede social. 

Fonte: O Tempo 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Cruzeiro, Galo, América e outros clubes pedem justiça por Mariana Ferrer


Uma corrente movida nas redes sociais fez com que vários times de futebol ao redor do Brasil se posicionassem contra a absolvição do empresário acusado de estuprar a influenciadora Mariana Ferrer, além da humilhação sofrida pela jovem durante o julgamento (relembre aqui). Cruzeiro, América e Atlético foram alguns dos clubes que divulgaram mensagens de apoio à causa e repudiaram a normalização do crime de estupro.

“Estupro é estupro! Em qualquer lugar. Em qualquer situação. Chega de violência contra a mulher. Para denúncias, ligue 180”, publicou o Cruzeiro no Twitter. “Estupro nunca é culpa da vítima. #JustiçaPorMariFerrer”, escreveu o América. “O Atlético se solidariza com Mariana Ferrer e todas as mulheres vítimas de estupro. Exigimos respeito. Justiça já!!!”, publicou o Galo na rede social.
Fortaleza, Flamengo, Goiás, Corinthians, Vasco, Sport, Fluminense, Grêmio, Internacional e Bahia foram alguns dos times que também fizeram publicações pedindo justiça por Mariana Ferrer e repudiando o caso. Os clubes também divulgaram a frase “Não existe estupro culposo’, em alusão ao argumento do promotor do caso, que afirmou que o crime foi cometido sem que houvesse a intenção de estuprar.

O caso

O empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a influenciadora Mariana Ferrer, de 23 anos, em Florianópolis, foi absolvido do crime. Em reportagem publicada pelo Intercept Brasil, nesta terça-feira (3), o promotor responsável pelo caso argumentou não teve “intenção” de estuprar. Imagens ainda mostram a jovem sendo humilhada durante o julgamento. Nas redes sociais, o nome de Mariana Ferrer voltou a figurar entre os assunto mais comentados, com total repúdio ao encerramento do caso.
O juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, aceitou a argumentação do promotor Thiago Carriço. O empresário foi absolvido em setembro deste ano. O argumento do promotor contraria a tese inicial do próprio MP (Ministério Público), que considerava o homem culpado por estupro de vulnerável. 

Em imagens conseguidas pelo Intercept, é possível ver Mariana sendo humilhada durante o julgamento por videoconferência. A defesa do empresário exibiu fotos sensuais produzidas pela jovem durante trabalhos como modelo profissional antes do crime, como forma de reforçar o argumento que a relação foi consensual.
Fonte: BHAZ