Siga a gente aqui!

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Lei trabalhista aumenta subemprego e renda baixa, afirma economista

Matéria publicada pelo Valor Econômico da quarta (30) revela que a subocupação subiu 37% no último ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e revelam que, das 2,4 milhões de vagas criadas nos últimos 12 meses, 892 mil foram ocupadas por pessoas que trabalham menos do que gostariam, ou seja, subempregadas.
Matéria publicada pelo Valor Econômico da quarta (30) revela que a subocupação subiu 37% no último ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e revelam que, das 2,4 milhões de vagas criadas nos últimos 12 meses, 892 mil foram ocupadas por pessoas que trabalham menos do que gostariam, ou seja, subempregadas.


Do total, 31% trabalham nas chamadas “ocupações elementares”, como profissionais de limpeza, alimentação, construção e manutenção. Outros 26% são trabalhadores de serviços e vendedores do comércio.

Renda - A pesquisa informa que rendimento médio dos subocupados era de R$ 826,00 no segundo trimestre, abaixo do salário mínimo de R$ 998,00 e equivalente a 36% da renda média dos trabalhadores em geral, que é de R$ 2.290,00.

“É um salário de fome, que não garante o sustento”.  A afirmação é do presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo, Pedro Afonso Gomes. Para o dirigente, a situação é reflexo da estagnação econômica do País. “Quando temos um exército de desempregados, a situação é essa. O cidadão se sujeita a qualquer ocupação ou remuneração para sobreviver”, observa.

Perda - Segundo o economista, há um leilão de vagas onde todos perdem. “Se a pessoa não aceitar, outra aceita, porque a taxa de desemprego é grande e as empresas estão demitindo os mais experientes pra contratar pessoas mais novas e menos qualificadas, com menores salários. Perde o trabalhador e perde o empregador”, ele alerta.

Outro fator destacado por Pedro Afonso é a nova legislação trabalhista, que empurra para informalidade. “A reforma trabalhista permite que o trabalhador aceite flexibilizar seus direitos. O próprio funcionário acaba entrando num acordo com o patrão, abre mão de garantias, como Piso salarial. É uma situação grave”, afirma.

Economia - Fruto da atividade fraca, a subocupação acaba retroalimentando a morosidade da economia, alerta Pedro Afonso Gomes. “Quem trabalha menos tem renda menor, contribui para a redução do consumo e isso se reflete diretamente na economia local. É um efeito em cadeia, que afeta toda a sociedade. Quem não tem renda não consome. Afeta o patrão e o empregado”. 

Na avaliação do economista, a saída é a retomada do crescimento, algo que não é previsto para os próximos quatro ou cinco anos. “Enquanto a economia não andar, a situação não muda. Por isso, é fundamental um pacto entre setor empresarial e trabalhadores. Se depender de governo, não há perspectiva de retomada do desenvolvimento”, conclui.


Fonte: Agência Sindical

Nenhum comentário:

Postar um comentário