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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Homem tranca ex-mulher e amiga no banheiro e coloca fogo na casa

Feminicídio: uma mulher morreu e a outra está em estado gravíssimo, respirando com ajuda de aparelhos. Uma das vítimas é ex-companheira do agressor, que foi espancada antes de ser queimada vivaDepois de cometer o crime, o homem fugiu no carro de uma das vítimas e acabou se envolvendo em um acidente. Rodrigo buscou ajuda em posto da Polícia Militar e os agentes o trouxeram para a delegacia.

A artista plástica Alessandra Vaz, ex-companheira de Rodrigo, está internada em estado gravíssimo com 80% do corpo queimado em um hospital particular de Nova Friburgo. Um boletim médico informou que a vítima respira com a ajuda de aparelhos.

Daniela Mousinho da Silveira, de 47 anos, teve 90% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos. Ela morreu na manhã desta quarta-feira (9) no Hospital Estadual Melchiades Calazans, em Nilópolis.
Rodrigo Alves Marotti, de 30 anos, trancou sua ex-companheira junto com uma amiga dela em um banheiro e colocou fogo na casa. O crime ocorreu na noite de segunda-feira (7) em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
Depois de cometer o crime, o homem fugiu no carro de uma das vítimas e acabou se envolvendo em um acidente. Rodrigo buscou ajuda em posto da Polícia Militar e os agentes o trouxeram para a delegacia.
A artista plástica Alessandra Vaz, ex-companheira de Rodrigo, está internada em estado gravíssimo com 80% do corpo queimado em um hospital particular de Nova Friburgo. Um boletim médico informou que a vítima respira com a ajuda de aparelhos.
Daniela Mousinho da Silveira, de 47 anos, teve 90% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos. Ela morreu na manhã desta quarta-feira (9) no Hospital Estadual Melchiades Calazans, em Nilópolis.
Rodrigo contou aos investigadores que tinha uma sociedade com a ex-mulher e que ela não estava cumprindo a parte dela no acordo após o fim do relacionamento, o que o levou a “perder a cabeça”.
Agressão
Testemunhas contaram que Alessandra foi agredida por Rodrigo antes da casa ser incendiada. “Quando eu saí eu vi que estava pegando fogo em uma das janelas da casa. Uma gritaria danada. Depois eu tentei ajudar , mas como a parte de cima não tem alvenaria, mas muita madeira, então pegou fogo a parte de cima toda, né”, disse uma testemunha que não quis ser identificada.
Rodrigo foi transferido para uma unidade prisional no Rio de Janeiro na manhã desta quarta. A Polícia Civil disse que ele vai responder por feminicídio e o caso está sendo investigado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
Feminicídio no Brasil
No Brasil, 13 mulheres são mortas por dia. No total, 4,8 em cada 100 mil mulheres morrem por violência doméstica – essa taxa coloca o Brasil em quinto lugar no ranking de violência doméstica criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A cada 1 hora e meia, uma mulher morre no Brasil por causas violentas – e, nesse cenário, o marido ou namorado é responsável por mais de 80% dos casos. Os dados são de pesquisas do Ipea, Mapa da Violência e do SESC.
A denúncia de violência doméstica pode ser feita em qualquer delegacia, com o registro de um boletim de ocorrência, ou pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), serviço da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Vale lembrar: a denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país.
Para proteger e ajudar as mulheres a entenderem quais são seus direitos, em 2014, a Secretaria lançou um aplicativo para celular (Clique 180) que traz diversas informações importantes, como os tópicos da Lei Maria da Penha.
O Código Penal estipula a pena de reclusão de 12 a 30 anos para o homicídio contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio).

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