Moabe Edon Pinto Nogueira Souto, de 25 anos, cometeu um crime bárbaro na manhã desta quarta-feira (30). Ele esfaqueou uma menina de apenas 5 anos que estava a caminho da escola em Betim, na grande Belo Horizonte (MG).
“Ele só dava facada e risada”, afirmou a babá Brenda Souza de Andrade, 23 anos, que levava a menina para a escola. A garota morreu no local com perfurações na nuca, pescoço e tórax, segundo informações da Polícia Militar.
“Assim que eu passei a esquina da Neusa Dutra, ele deu a primeira facada nela. Ela foi e caiu segurando a minha mão. Eu falei para o irmão dela: ‘corre’”, relatou a babá.
Em entrevista à Rádio Super, Brenda contou que, de repente, a menina caiu. “Perguntei por que ela havia caído”. Nesse momento, a babá olhou para trás, viu o agressor com uma faca que “com as de açougue”, pegou a menina no colo e começou a correr.
“Mas ele não queria as minhas costas. Só queria ela mesmo”, disse. Ao verem a cena, frequentadores de um estabelecimento comercial imobilizaram o agressor até a chegada da polícia. Alguns populares tentaram linchar Moabe. Na entrevista, Brenda disse nunca ter visto o criminoso.
A criança estudava no Centro Infantil Municipal (CIM) Silvina Julia de Carvalho. A Prefeitura de Betim decretou luto oficial de três dias. “As aulas estão suspensas na unidade infantil onde a vítima estudava até a próxima segunda-feira, 4. As demais unidades educacionais estão com atividades mantidas normalmente”, informou, em nota.
Psicopatia
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De acordo com a Polícia Militar (PM), não há qualquer relação entre o homem e a família da criança. A mãe do jovem disse que ele tem esquizofrenia. Aos militares, Moabe afirmou que cometeu o crime a mando de uma entidade e que estava fazendo um pacto com o diabo. Ele teria ouvido uma voz ordenando o assassinato.
A PM informou que o homem usava tornozeleira eletrônica, era usuário de drogas e tinha passagens pela polícia por porte de drogas e tráfico. Ele havia saído da prisão há dois meses, mas, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), não era mais monitorado pela Justiça.
“Houve um episódio no presídio, certa vez, em que ele [Moabe] mostrou muita risada, da mesma forma que foi feito hoje quando ele praticou o crime. Isso chamou a atenção dos detentos que estavam na mesma cela”, disse nesta quarta o major da PM Paulo Roberto.
A mãe de Moabe desmaiou ao saber da notícia. “Ele estava sendo medicado. A mãe relata que houve o agendamento de uma consulta e o médico psiquiatra constatou que a medicação não estava sendo suficiente. Estava levando o autor a ter surtos demorados, a agir de forma mais agressiva com os familiares, dentro de casa”, acrescentou o policial Paulo Roberto.
Fonte: Pragmatismo Político
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