O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – o “chanceler paralelo” que humilha o babaca Ernesto Araújo e que recentemente participou de um convescote fascista na Europa – não deve ter gostado muito do resultado das eleições na Espanha neste domingo (28).
A imprensa mundial especulou que a extrema-direita seria a grande vitoriosa no pleito, prevendo mais de 60 deputados do Vox, o que daria à sigla fascista um papel decisivo na escolha do primeiro-ministro da monarquia parlamentarista. Esse prognóstico, felizmente, não se confirmou!
Segundo o portal Terra, “o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) alcançou vitória folgada nas eleições gerais desse domingo. A legenda do primeiro-ministro Pedro Sánchez obteve 29% dos votos, conquistando 122 dos 350 assentos no Congresso. Em segunda colocação, o conservador Partido Popular (PP) caiu para 65 postos – menos da metade dos 137 que detinha e bem abaixo dos prognósticos mais pessimistas. Atrás dele, o liberal Ciudadanos, com 57 deputados, e o extremista [sic] de esquerda Unidos Podemos, com 35 deputados... Já o populista Vox obteve 24 assentos”.
A vitória do PSOE, que adotou uma postura mais progressista na gestão de Pedro Sánchez, é um fato a se comemorar em um mundo tão sombrio, de retrocessos civilizatórios. Compondo com os deputados da chapa Podemos-Esquerda Unida e das siglas nacionalistas, ele deverá fazer maioria no parlamento espanhol. Será necessário, porém, pisar no acelerador para avançar nas mudanças no país e evitar um desastre em breve. A extrema-direita não alcançou o resultado desejado, mas conquistou terreno. Os neofascistas retornaram ao parlamento pela primeira vez desde o final da cruel ditadura de Francisco Franco, em 1975. É algo assustador!
Como registrou uma reportagem da emissora pública alemã Deutsche Welle, o Vox é um partido que coloca em risco a democracia na Espanha. “O item número um do programa de 100 pontos do Vox é a ‘abolição da autonomia catalã até a completa derrota da incitação ao golpe’. Outra promessa de campanha é a expulsão sumária de imigrantes ilegais, bem como a construção de um ‘muro intransponível’ para substituir a atual cerca de seis metros de altura na fronteira entre Marrocos e os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, no norte da África... Em uma pesquisa do jornal digital conservador El Español e do instituto Sociometrica, cerca de metade das 1.800 pessoas entrevistadas considera o Vox como uma ‘ameaça à democracia espanhola’”.
A emissora alemã registra que “inúmeros apoiadores da ditadura de Franco, que durante muito tempo não tiveram respaldo político na Espanha, são eleitores certos do Vox. No último dia 20 de novembro, o 43º aniversário da morte de Franco foi lembrado em missas católicas realizadas em toda a Espanha. Na frente de uma igreja, na elegante avenida madrilenha Calle Serrano, muitas pessoas brandiram os braços direitos bravamente em saudações nazistas e cantaram hinos elogiando o regime franquista. Houve gritos de ‘Viva Franco, Viva España’ e até ‘Viva Hitler’... Isso tudo vai ao encontro da imagem que o Vox apresentou com seus candidatos – uma série de generais aposentados que louvam a ditadura”.
Fonte: Blog do Miro
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