Jamal Khashoggi colaborava com o jornal norte-americano Washington Post e escrevia textos críticos sobre o príncipe herdeiro da Arábia Saudita
O Ministério Público da Arábia Saudita pediu nesta quinta-feira (03/01) a condenação à pena de morte de cinco suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, torturado e morto no consulado do país em Istambul, Turquia, em 2 de outubro passado.
Segundo a agência estatal Saudi Press, 11 réus começaram a ser julgados nesta quinta, mas os nomes daqueles para quem a procuradoria pediu a pena de morte não foram divulgados. O Ministério Público ainda diz ter solicitado à Turquia que fornecesse provas relativas ao crime, mas o pedido não teria sido atendido.
Segundo a agência estatal Saudi Press, 11 réus começaram a ser julgados nesta quinta, mas os nomes daqueles para quem a procuradoria pediu a pena de morte não foram divulgados. O Ministério Público ainda diz ter solicitado à Turquia que fornecesse provas relativas ao crime, mas o pedido não teria sido atendido.
"Nenhuma resposta chegou até agora, e o Ministério Público ainda aguarda", diz uma declaração oficial do órgão. Khashoggi colaborava com o jornal norte-americano Washington Post e escrevera textos críticos sobre o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, líder de facto do país.
Desde o ano passado, Riad já forneceu diversas versões sobre a morte do jornalista, que havia ido ao consulado para retirar documentos de divórcio. Inicialmente, o governo saudita negara o falecimento. Depois, admitiu o assassinato, mas afirmando que havia sido um acidente resultante de uma "briga corporal".
Por fim, o país confirmou que o homicídio foi premeditado, porém descartando qualquer envolvimento de Mohammed bin Salman, que tenta emplacar uma imagem de reformista - agentes próximos ao príncipe estavam no consulado no momento do crime. O corpo de Khashoggi ainda não foi encontrado.
Fonte: Opera Mundi
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