Esposa
e filhas seguem exemplo de Queiroz e também faltam a depoimento no Ministério
Público. Após mais um deboche, Promotoria diz que pode quebrar sigilos da
família do ex-assessor de Flávio Bolsonaro
As filhas e a mulher do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor
do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não compareceram ao depoimento no
Ministério Público sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf), marcado para a tarde desta terça-feira (8).
Nathalia e Evelyn Queiroz e Marcia Aguiar seguiram o exemplo do próprio Queiroz, que não compareceu a nenhum dos depoimentos para os quais foi convocado, mas concedeu uma confusa entrevista ao SBT.
Nathalia e Evelyn Queiroz e Marcia Aguiar seguiram o exemplo do próprio Queiroz, que não compareceu a nenhum dos depoimentos para os quais foi convocado, mas concedeu uma confusa entrevista ao SBT.
O Ministério Publico do Rio, por meio de sua assessoria, informou que
não foi notificado oficialmente da ausência.
O ex-funcionário foi apontado num relatório do Coaf com movimentações
atípicas na conta dele. O então assessor movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro
de 2016 e o mesmo mês de 2017. Da mesma conta, saíram R$ 24 mil depositados em
uma conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O relatório foi produzido na Operação Furna da Onça, conduzida pelo
Ministério Público Federal e pela Polícia Federal para investigar corrupção na
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A ação resultou na decretação da prisão
de dez deputados estaduais.
Também foram citadas movimentações entre o ex-assessor e suas filhas
Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz. As duas já foram lotadas nos gabinetes de Flávio
na Alerj. Nathalia, que é personal trainer, também já foi lotada no gabinete do
presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, onde estava até o mês de
novembro.
Nathalia é citada em dois trechos do relatório. O documento não deixa
claro os valores individuais das transferências entre ela e seu pai, mas junto
ao nome dela está o valor total de R$ 84 mil. A filha do PM foi nomeada em
dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de
Bolsonaro na Câmara.
No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu
pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo
gabinete de Jair, um salário de R$ 10.088,42.
Quebra de sigilo
Em nota divulgada no final da tarde de hoje, o Ministério Público
informou que poderá quebrar os sigilos de Fabrício Queiroz e de seus
familiares.
“O MPRJ tem informações que permitem o prosseguimento das investigações,
com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra
dos sigilos bancário e fiscal”, afirmou o MP no texto.
O MP já “sugeriu” o comparecimento de Flávio Bolsonaro ao órgão, nesta
quinta-feira (10). Por prerrogativa parlamentar, porém, ele pode indicar nova
data para seu depoimento.
Fonte:Pragmatismo Político
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