Um livro de gravuras representando dezesseis posições sexuais publicado em em 1524
O Brasil era apenas um menino quando, em 1524, foi publicado pelo gravador italiano Marcantonio Raimondi (conhecido na época como o primeiro mestre da gravura na Itália) o livro erótico I Modi, ou "os dezesseis prazeres", obra com gravuras de posições sexuais ilustradas de modo explícito.Raimondi baseou suas ilustrações sacanas sobre uma série de pinturas eróticas de propriedade particular do pintor Giulio Romano. Quando lançou, o livro foi amplamente disseminado e levou à tal acusação por pornografia.
Raimondi foi preso pelo papa Clemente VII e todas as cópias do livro foram destruídas.
Romano, que detinha as pinturas eróticas que inspiraram Raimondi não sofreu represália alguma por não ter criado as obras para consumo público. Na época, o poeta e satirista Pietro Aretino, sabendo dessa inspiração, ficou com vontade de conhecer as obras originais e decidiu escrever uma série de sonetos eróticos para acompanhar as pinturas.
Ambos fizeram campanhas para que Raimondi fosse libertado da prisão.
Em 1527, uma segunda edição de I Modi foi publicada com sonetos de Aretino e proibido novamente pelo Papa. Todas as cópias foram destruídas (alguns pequenos fragmentos estão hoje no Museu Britânico).
Somente em 1798, uma versão completamente nova de I Modi foi publicada na França sob o título L'Arétin d'Augustin Carrache ou Recueil de Postures Érotiques, d'Après les Gravures à l'Eau-Forte de cet Artiste Célèbre.
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