Os Estados Unidos lançaram na noite desta quinta-feira (6) aproximadamente 50 mísseis de cruzeiro contra um objetivo na Síria, pouco depois da notícia de que o presidente Donald Trump considerava uma ação militar contra a nação árabe.
O jornal The New York Times citou fontes militares segundo as quais dezenas de mísseis Tomahawk foram disparados contra uma base aérea na Síria, em represália a um alegado uso de armas químicas nesta semana na província de Idleb.
O jornal The New York Times citou fontes militares segundo as quais dezenas de mísseis Tomahawk foram disparados contra uma base aérea na Síria, em represália a um alegado uso de armas químicas nesta semana na província de Idleb.
Em que pese que haja investigações em curso sobre o ataque de 4 de abril e ainda não se tenha resultados deste inquérito, tanto Trump como seu secretário de Estado, Rex Tillerson, se apresaram em responsabilizar o mandatário sírio, Bashar al-Assad pelo acontecimento.
Os mísseis, lançados a partir de destroirs da Armada americana no Mediterrâneo Oriental, tinham como objetivo uma base aérea chamada Shayrat, na província de Homs.
Segundo The Washington Post, a decisão de lançar os ataques foi tomada depois de 48 horas de intensas deliberações de funcionários estadunidenses.
Tal ato, advertiu a publicação, representa uma ruptura significativa com a resistência da administração anterior a entrar militarmente na guerra síria, ao mesmo tempo em que desvia o foca da campanha contra o grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico.
De acordo com o jornal, o ataque agrega uma nova complexidade ao conflito prolongado que vive a Síria, onde existem muitos combatentes determinados a combater contra a agrupação extremista, a qual, sofrendo há mais de dois anos ataques, segue sendo uma força potente.
Na própria quinta-feira o senador republicano Rand Paul recordou que uma ação militar na Síria necessitava ser aprovada pelo Congresso.
De acordo com o legislador, para ir a guerra é preciso decidir se será melhor ou pior e se isso vai melhorar a segurança nacional: “Estamos ameaçados atualmente pela Síria?”, questionou.
Outro membro do partido, Thomas Massie, havia na quarta-feira expressado suas dúvidas sobre se al-Assad seria responsável pelo ataque com armas químicas e advertiu que a intervenção estadunidense agravaria a situação da nação árabe.
O ataque contra a base aérea da Síria ocorreu no momento em que o vice-primeiro ministro e chanceler da Síria, Walid al-Moallem, reiterou que seu governo rechaça categoricamente o uso de armamento químico em Idleb e denunciou que tais fatos formam parte de uma campanha manipulada e falsa.
O acontecimento em Khan Sheikhoun, no sul de Idleb, forma parte de uma vasta campanha internacional promovida por quem apadrinha os grupos terroristas, fato que a Síria tem denunciado de maneira reiterada, sustentou.
Fonte: Resistência
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