O presidente do PSDB, senador Aécio Neves foi alvo de mais uma delação.
Marcelo Odebrecht e outros executivos da empresa dizem em ter dado junto com a Andrade Gutierrez R$ 50 milhões para ele após vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, em dezembro de 2007.
Marcelo Odebrecht e outros executivos da empresa dizem em ter dado junto com a Andrade Gutierrez R$ 50 milhões para ele após vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, em dezembro de 2007.
A informação consta em reportagem da Fólha de hoje produzida por Bela Megale e Mario Cesar Carvalho.
Executivos que complementaram o depoimento de Marcelo teriam ainda detalhado a operação e afirmado que a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 30 milhões, enquanto a Andrade Gutierrez os R$ 20 milhões restantes.
À época do leilão da usina Santo Antônio, no rio Madeira, em 2007, Aécio estava no seu segundo mandato como governador de Minas Gerais. Tinha sido reeleito sem fazer campanha para o candidato a presidente do seu partido, José Serra. Em Minas, o que se dizia é que ele estimulava o movimento Lulécio. O voto em Lula e nele.
Era um outro Aécio o daqueles tempos e havia quem cogitasse sua ida para o PMDB, por onde imaginava que poderia sair candidato a presidente ou vice já em 2010. Mas o PMDB lhe fechou as portas e foi necessário que esperasse até 2014 para concretizar sua candidatura. Ou seja, em 2007 Aécio já poderia estar fazendo caixa para a disputa que sonhava em 2010.
Como governador, Aécio tinha sob seu comando uma das empresas que integravam o consórcio que ganhou a disputa, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). Embora fora do governo federal, o tucano também mantinha influência sobre o principal investidor da usina, a empresa Furnas.
A lista de Furnas, um caso que foi tratado por tucanos como invenção, já rendeu até um documentário feito pelo DCM.
Ainda segundo a Folha, Marcelo e outros executivos da Odebrecht afirmaram aos procuradores da Operação Lava Jato que as empresas decidiram fazer o acerto com o tucano porque queriam ter uma boa relação com as duas sócias da usina sobre as quais Aécio tinha influência –ou seja, Furnas e Cemig.
Se houvesse problemas com essas empresas durante a construção da hidrelétrica, o tucano poderia ajudar a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, segundo o que disseram os delatores. Ainda segundo a apuração da Folha pesou o fato de que a Odebrecht via no tucano um político em ascensão.
Aécio alega que e “é absolutamente falsa a pretensa acusação”. Mas para que a delação seja aceita, a Odebrecht deve apresentar comprovantes de que pagou a propina a um operador de Aécio numa conta em Cingapura.
A se confirmar essa delação, Aécio, que não se conformou com a derrota de 2014 e foi um dos articuladores do golpe contra Dilma, terá que se dedicar apenas à sua defesa. Nada mais.
Fonte: Revista Forum
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