Imagine a seguinte situação: costumeiramente, um pai ou uma mãe chega do trabalho e vai conferir e ajudar na lição de casa d@ filh@.
Quando abre a mochila da criança, entre os materiais escolares, está uma pequena cartilha com dicas de Segurança Pública. Ideia legal não é?! Nesse caso não. Porque as ilustrações dos personagens que simbolizam criminosos são todos negros. Esse é o material de divulgação distribuído pela Polícia Militar do município de Diadema, região da Grande São Paulo. Movimentos sociais e juristas, representados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cobram providencias da PM.
Quando abre a mochila da criança, entre os materiais escolares, está uma pequena cartilha com dicas de Segurança Pública. Ideia legal não é?! Nesse caso não. Porque as ilustrações dos personagens que simbolizam criminosos são todos negros. Esse é o material de divulgação distribuído pela Polícia Militar do município de Diadema, região da Grande São Paulo. Movimentos sociais e juristas, representados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cobram providencias da PM.
“A etnia, a cor da pele, não podem significar algo que diferencie as pessoas perante a lei. Nós não podemos cair no erro de considerar que existe uma segunda classe de pessoas. A própria Constituição veda isso”, afirma Alfredo Ricardo da Silva Bezerra, do Comitê de Igualdade Racial da OAB–Diadema, que aguarda uma retratação pelas ilustrações preconceituosas.
Para o professor e coordenador da União de Núcleos de Educação Popular para Negros/as e Classe Trabalhadora (UNEAfro), Douglas Belchior, esse material, elaborado e distribuído pelo Centro de Comunicação Social da PM paulista, reforça o racismo institucional e o genocídio permanente da população negra orquestrado com a conivência do Estado. “A Polícia Militar é o braço armado do Estado e é evidente que ali é o grande marco da ação racista. É o próprio Estado, como instituição, reproduzindo lógicas racistas. Assim como a escola faz, ao negar o ensino de história da África, assim como os partidos políticos, e outro espaços de poder fazem, negando espaço aos negros”, desabafou Belchior.
Racismo embutido ou explicito já foram repercutidos em diversos exemplos pelo Portal Correio Nagô. Nesse caso, a mensagem no panfleto é direta e toca uma faixa etária em que o indivíduo está no início da sua formação como cidadão, como ser social, que é a primeira infância. Cabe agora ao órgão, no mínimo, fazer uma retratação pública e tirar uma lição disso tudo, aproveitando o material como objeto de debate sobre a formação da sociedade brasileira, o racismo e o combate a esse problema que marca negativamente a sociedade. #racistasnãopassarão.
Fonte: Correio Nagô
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