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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cuidado com números seletivos. Os votos são iguais, embora não pareçam à mídia

A esta altura, os votos de Marina Silva, independentemente do que ela declare ou venha a declarar, estão fluindo. Aliás, começaram a fluir nos últimos dias da campanha e no dia da eleição. Por mais que se saiba da incapacidade técnica e da suspeição ética dos institutos de pesquisa, é obvio que houve um fluxo antecipado dos votos marinistas mais carregados de ódio ao governo para Aécio Neves.
Uma candidata à qual as pesquisas atribuíam 24% dos votos totais e teve 19,4% deles perdeu um em cada cinco votos para quem, senão para Aécio Neves? Portanto, deve cessar todo tipo de interpretação de que os eleitores de Marina sejam, esmagadoramente, antigoverno.
Bem como não é definitiva (aliás, é mais propagandística) a tendência de que São Paulo esteja decidindo estas eleições em favor do PSDB.
A esta altura, os votos de Marina Silva, independentemente do que ela declare ou venha a declarar, estão fluindo.
Aliás, começaram a fluir nos últimos dias da campanha e no dia da eleição.
Por mais que se saiba da incapacidade técnica e da suspeição ética dos institutos de pesquisa, é obvio que houve um fluxo antecipado dos votos marinistas mais carregados de ódio ao governo para Aécio Neves.
Uma candidata à qual as pesquisas atribuíam 24% dos votos totais e teve 19,4% deles perdeu um em cada cinco votos para quem, senão para Aécio Neves?
Portanto, deve cessar todo tipo de interpretação de que os eleitores de Marina sejam, esmagadoramente, antigoverno.
Bem como não é definitiva (aliás, é mais propagandística) a tendência de que São Paulo esteja decidindo estas eleições em favor do PSDB.
Se Aécio teve um resultado surpreendentemente bom em São Paulo, o resultado de Dilma no Nordeste superou o desempenho já espetacular  de 2010.
No primeiro turno de 2010, ela teve 14,9 milhões de votos (60%) contra 10,3 milhões da soma Serra + Marina.
No primeiro turno de 2014, mesmo com as perdas importantíssimas em Pernambuco (as mais facilmente reversíveis, porém) ela teve 16,3 milhões de votos nordestinos (60,4%), contra 10,6 milhões da soma Marina + Aécio.
E com uma distribuição madrasta ao tucano: Marina teve 6,4 milhões e Aécio 4,2 milhões.
No segundo turno de 2010, Dilma teve 18,3 milhões de votos ( 70,5%) e Serra alcançou pouco menos de 7,7 milhões, ou 29,5%.
Agora, se Dilma obtiver 65% dos  2,3 milhões de votos de Marina em Pernambuco, o que é absolutamente possível), contra 30% indo para Aécio e 5% anulados, ela acrescenta 1,5 milhão de votos à sua soma, enquanto Aécio leva mais 700 mil, em números redondos.
Um improvável divisão “meio a meio” dos restantes 4,1 milhões daria  2 milhões de votos  para cada um.
Neste cálculo, que julgo pessimista para Dilma, o resultado final seria 19,8 milhões de votos para Dilma e 6,9 milhões para Aécio Neves.
Quase 13 milhões de votos a mais.
Pouco menos que o dobro da diferença de 7,1 milhões que livraria Aécio no Sudeste (24,3 milhões de votos contra 17,4 milhões) na hipótese de o tucano  ficar com 65% dos votos marinistas e Dilma com apenas 30%. Novamente, procuro ser pessimista para com o desempenho de Dilma, pois não creio que essa vá ser a proporção de transferência no Rio e em Minas, que formam 60% deste “bolo”
Evidentemente estes números não são cálculos com qualquer precisão ou referência senão a sensibilidade política.
Servem, apenas, para procurar desmontar a impressão construída pelos ideólogos da mídia de que São Paulo já decidiu a eleição em favor de Aécio.
E dão ideia de porque há tanto ódio ao voto nordestino e porque Dilma deve focar, como fará, os primeiros passos de sua campanha na região.
Tal como Aécio se lançará desesperadamente à cata de um progresso expressivo entre entre os eleitores  do Nordeste.
Fonte: O Tijolaço

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